Cristo em Seu Santuário

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A cena do juízo no céu

O mais profundo interesse manifestado entre os homens nas decisões dos tribunais terrestres não representa senão palidamente o interesse demonstrado nas cortes celestiais quando os nomes insertos nos livros da vida aparecerem perante o Juiz de toda a Terra. O Intercessor divino apresenta a petição para que sejam perdoadas as transgressões de todos os que venceram pela fé em Seu sangue, a fim de que sejam restabelecidos em seu lar edênico, e coroados com Ele como co-herdeiros do “primeiro domínio”. Miquéias 4:8. Satanás, em seus esforços para enganar e tentar a nossa raça, pensara frustrar o plano divino na criação do homem; mas Cristo pede agora que este plano seja levado a efeito, como se o homem nunca houvesse caído. Pede, para Seu povo, não somente perdão e justificação, amplos e completos, mas participação em Sua glória e assento sobre o Seu trono. CS 113.2

Enquanto Jesus faz a defesa dos súditos de Sua graça, Satanás acusa-os diante de Deus como transgressores. O grande enganador procurou levá-los ao ceticismo, fazendo-os perder a confiança em Deus, separar-se de Seu amor e violar Sua lei. Agora aponta para o relatório de sua vida, para os defeitos de caráter e dessemelhança com Cristo, que desonraram a seu Redentor, para todos os pecados que ele os tentou a cometer; e por causa disto os reclama como súditos seus. CS 113.3

Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento pela fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: “Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos. ‘Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!’” Salmos 51:17. E ao acusador de Seu povo, declara: “O Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda: não é este um tição tirado do fogo?” Zacarias 3:2. Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa apresentar a Seu Pai como “igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante.” Efésios 5:27. Seus nomes permanecem registrados no livro da vida, e está escrito com relação a eles: “Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso.” Apocalipse 3:4. CS 114.1

Assim se realizará o cumprimento total da promessa do novo concerto: “Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados.” “Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão.” Jeremias 31:34; 50:20. CS 114.2

“Naquele dia o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. E será que aquele que ficar em Sião e o que permanecer em Jerusalém, será chamado santo: todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém.” Isaías 4:2, 3. CS 114.3

A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado. Mas o apóstolo Pedro declara expressamente que os pecados dos crentes serão apagados quando vierem “os tempos do refrigério pela presença do Senhor”, e Ele enviar a Jesus Cristo. Atos dos Apóstolos 3:19, 20. Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com Ele para dar a cada um segundo for a sua obra. CS 114.4