Cristo em Seu Santuário

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A verdade do santuário sob fogo

Conquanto os que estavam ali vissem claramente os inegáveis reclamos da lei de Deus e começassem a observar o sábado do sétimo dia como indicado na lei de Deus, encontraram forte oposição. Sobre isto, e as razões para tanto, Ellen White explica: CS 13.1

“Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial.” — O Grande Conflito, 434. CS 13.2

Não é muito de admirar que nos anos subseqüentes, pessoas que se haviam separado da Igreja Adventista do Sétimo Dia tenham feito da verdade do santuário um ponto de oposição. Foi assim com os Pastores Snook e Brinkerhof, funcionários do escritório do campo em Iowa, e com D. M. Canright, influente ministro, que deixou a Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1887 para se tornar amargo inimigo e crítico. Nem é de estranhar que idéias panteísticas por volta do século, esposadas e advogadas por médicos e obreiros ministeriais, ferissem diretamente esta doutrina fundamental. Foi neste quadro que Ellen White, em palavras de advertência, escreveu em 20 de Novembro de 1905: CS 13.3

“Aos médicos missionários e ministros que têm estado a beber nos sofismas científicos e enfeitiçantes fábulas contra os quais tendes sido advertidos, eu gostaria de dizer: Vossa alma está em perigo. O mundo precisa saber qual a vossa posição e qual a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deus chama os que aceitaram estes enganos destruidores da alma a que não mais mantenham duas posições. Se o Senhor é Deus, segui-O. CS 13.4

“Satanás, com toda a sua hoste, está no campo de batalha. Os soldados de Cristo devem agora se reunir em torno da bandeira ensanguentada de Emanuel. Em nome do Senhor, deixai a bandeira negra do príncipe das trevas, e assumi vossa posição com o Príncipe do Céu. CS 13.5

“‘O que tem ouvidos para ouvir, ouça. Lede vossa Bíblia. De um terreno mais alto, sob a instrução que Deus me deu, apresento estas coisas diante de vós. Está próximo o tempo em que os poderes enganadores de instrumentalidades satânicas serão amplamente desenvolvidos. De um lado está Cristo, a quem foi dado todo o poder no Céu e na Terra. Do outro está Satanás, exercendo continuamente seu poder para iludir, para enganar com fortes sofismas espiritualísticos, para remover o povo de Deus do lugar que deve ocupar na mente dos homens. CS 13.6

“Satanás está continuamente se esforçando no sentido de introduzir fantasiosas suposições com relação ao santuário, rebaixando as maravilhosas representações de Deus e do ministério de Cristo para nossa salvação e coisas que satisfaçam a mente carnal. Ele remove do coração dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com teorias fantásticas inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas desde que foi dada a mensagem do terceiro anjo. Assim ele nos rouba em nossa fé na própria mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e poder a nossa obra.” — Special Testimonies, Série B, 7:16, 17. CS 14.1

Foi na moldura desta crise panteística que Ellen White, presente à reunião da Associação Geral em 1905, declarou em palavras significativas para nós hoje: CS 14.2

“No futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés. Queremos colunas sólidas para a edificação. Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor estabeleceu. O inimigo introduzirá falsas teorias, tais como a doutrina de que não existe santuário. Este é um dos pontos em relação ao qual haverá um desviamento da fé. Onde encontraremos segurança senão nas verdades que o Senhor nos deu nos últimos cinqüenta anos?” — Counsels to Writers and Editors, 53. CS 14.3

Os pontos de vista panteísticos, tão ardorosamente advogados por alguns, declarou Ellen White, “poriam a Deus fora” (Special Testimonies, Série B, 7:16), e invalidariam a verdade do santuário. CS 14.4

Cerca do mesmo tempo um de nossos ministros, a quem identificaremos como o “Pastor G”, abraçou a idéia de que quando Cristo voltou para o Céu após Seu ministério na Terra, entrou à presença de Deus, e que onde Deus está, deve estar o lugar santíssimo, de modo que em 22 de Outubro de 1844, não houve a entrada no lugar santíssimo do santuário celestial, como cremos e ensinamos. Estes dois conceitos, ambos os quais feriam a doutrina do santuário como a mantemos, levaram Ellen White a se referir várias vezes à solidez e integridade deste ponto de nossa fé. Em 1904 ela escreveu: CS 14.5

“Eles [os filhos de Deus], quer por palavras quer por atos, não levarão ninguém a duvidar em relação à distinta personalidade de Deus, ou em relação ao santuário e seu ministério. CS 15.1

“Todos precisamos conservar em mente o assunto do santuário. Deus nos livre de que o estardalhaço de palavras vindas de lábios humanos debilitem a crença de nosso povo na verdade de que existe um santuário no Céu, e que um santuário segundo este modelo foi uma vez construído na Terra. Deus deseja que Seu povo se familiarize com este modelo, tendo sempre em sua mente o santuário celestial, onde Deus é tudo em todos. Devemos ter nossa mente ancorada pela oração e o estudo da Palavra de Deus, para que possamos agarrar estas verdades.” — Carta 233, 1904. CS 15.2