Conselhos para a Igreja

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Capítulo 21 — Sucesso e felicidade ao educar os filhos

Deus ordenou que haja perfeito amor e harmonia entre os que se casam. Que os noivos, na presença do universo celestial, se comprometam a amar um ao outro como Deus ordenou que façam. [...] A esposa deve respeitar e acatar o marido, e este deve amar sua esposa e tratá-la com carinho. CI 132.1

Homens e mulheres no início da vida matrimonial, devem-se reconsagrar a Deus. [...] CI 132.2

Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no casamento, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em casamento é obra dos anos subseqüentes. CI 132.3

Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados: mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. [...] CI 132.4

Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. [...] CI 132.5

Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula propósitos mais nobres. — O Lar Adventista, 103, 105, 107. CI 132.6

A união de duas vidas — Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. CI 133.1

Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará. CI 133.2

Satanás está sempre pronto para tirar vantagem quando surge qualquer ponto controvertido, e pondo em movimento os objetáveis traços hereditários de caráter no marido e na mulher, procurará levar à separação os que uniram seus interesses em solene concerto diante de Deus. No voto matrimonial prometeram ser um, comprometendo-se a esposa a amar e obedecer ao marido, este prometendo amar sua esposa e tratá-la com carinho. Se a lei de Deus é obedecida, o demônio da contenda será conservado fora do lar, e não ocorrerá separação de interesses, nem será permitida alienação das afeições. — O Lar Adventista, 106. CI 133.3

Este é um importante momento na história daqueles que estão diante de vós para unir seus interesses, suas simpatias, seu amor, seu trabalho no ministério de salvar almas. Na relação matrimonial é dado um passo muito importante: a união de duas vidas numa só. [...] Está em harmonia com a vontade de Deus que o marido e a esposa se unam em Seu trabalho, a fim de promovê-lo em inteireza e santidade. Eles podem fazer isto. CI 133.4

A bênção de Deus no lar onde esta união existe é como a luz do Céu. porque é uma ordenação de Deus que o homem e a mulher se unam em santo laço, sob Jesus Cristo, sob Seu controle e a guia do Seu Espírito. [...] CI 133.5

Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam. [...] CI 133.6

Quando as diferenças interferem — É um problema difícil ajustar dificuldades de família, mesmo quando marido e mulher procuram razoável e justa solução para suas várias obrigações, se deixaram de submeter o coração a Deus. Como podem marido e mulher dividir os interesses da vida do lar e ainda manter uma firme e amorável união? Deviam ter o interesse unificado em tudo que diga respeito à estruturação do lar, e a esposa, se cristã, terá seu interesse com o do esposo, como seu companheiro; pois o marido deve permanecer como cabeça do lar. CI 133.7

Tens espírito dominador. Quando tomas uma posição, não pesas bem a questão nem consideras qual pode ser o efeito de manter tua opinião de maneira independente, incluindo-a em tuas orações e conversação, quando sabes que tua esposa não tem a mesma opinião. Em vez de respeitar os sentimentos de tua esposa, evitando bondosamente, como faria um homem cortês, os assuntos que sabes serem controvertidos, persistes em te demorares em pontos objetáveis, e tens manifestado persistência em expressar tua opinião sem considerar as pessoas ao teu redor. Tens admitido que outros não têm o direito de ver as coisas diferentemente. Estes frutos não são produzidos pela árvore cristã. CI 134.1

Meu irmão, minha irmã, abri o coração para receberdes a Jesus. Convidai-O a entrar no templo da alma. Ajudai-vos mutuamente a vencer os obstáculos que existem na vida matrimonial de todos. Tereis um feroz conflito para vencer vosso adversário, o diabo, e se esperais que Deus vos ajude nesta batalha, deveis ambos unir-vos na decisão de vencer, em selar vossos lábios contra o falar qualquer palavra inoportuna, mesmo que tenhais de cair sobre vossos joelhos, e clamar: “Senhor, repreende o adversário de minha alma!” CI 134.2

Se a vontade de Deus é cumprida, marido e mulher respeitarão um ao outro e cultivarão amor e confiança. Tudo que perturbe a paz e união da família deve ser firmemente reprimido, cultivando-se a bondade e o amor. Aquele que manifesta o espírito de compaixão, de longanimidade e amor encontrará o mesmo espírito refletido sobre si. Onde reina o Espírito de Deus, não haverá o falar impropriedades com respeito à relação matrimonial. Se Cristo verdadeiramente estiver formado no interior a esperança da glória, haverá união e amor no lar. Cristo habitando no coração da esposa estará em harmonia com Cristo habitando no coração do marido. Juntos lutarão para alcançar as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. CI 134.3

Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada pelo Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. — O Lar Adventista, 101, 102, 119-121. CI 134.4

No casamento os homens e mulheres algumas vezes se comportam como crianças indisciplinadas e perversas. O marido quer ter razão, a mulher por sua vez quer tê-la, e nenhum dos dois deseja ceder. Tal situação só pode levar a maior infelicidade. Tanto o marido como a mulher devem estar dispostos a abrir mão da opinião. Não há possibilidade de felicidade enquanto ambos persistirem em fazer como lhes apraz. — O Lar Adventista, 118. CI 134.5

Sem mútuo amor e tolerância mútua nenhum poder terreno pode manter-te a ti e a tua esposa nos laços da unidade cristã. Vosso companheirismo na relação matrimonial deve ser íntimo e terno, santo e elevado, insuflando poder espiritual em vossas vidas, para que possais ser um para o outro tudo que a Palavra de Deus requer. Quando alcançardes a condição que o Senhor deseja alcanceis, encontrareis o Céu cá embaixo e Deus em vossa vida. CI 134.6

Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. — O Lar Adventista, 112. CI 135.1

Pela graça de Cristo pode-se alcançar a vitória sobre o próprio eu e o egoísmo. À medida que for vivendo Sua vida, manifestando a cada passo sacrifício, revelando constante e crescente simpatia pelos que necessitam de auxílio, virá vitória sobre vitória. Dia a dia, vocês aprenderão a conquistar o próprio eu e a fortalecer os pontos fracos de caráter. Ao submeter a vontade ao Senhor Jesus, Ele será sua luz, sua força, sua coroa de glória. — Testimonies for the Church 7:49. CI 135.2