Conselhos para a Igreja

57/67

Capítulo 56 — Relações com pessoas que têm outros interesses

Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. CI 320.1

Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião [...] puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus”. Mateus 5:16. — Obreiros Evangélicos, 394. CI 320.2

A associação com os descrentes não nos causará dano se nos relacionarmos com eles no intuito de uni-los a Deus, e formos suficientemente fortes para evitar sua influência. CI 320.3

Cristo veio ao mundo para salvá-lo, para ligar o homem caído ao Deus Infinito. Os discípulos de Cristo devem ser canais de luz. Mantendo comunhão com Deus, devem transmitir àqueles que estão em trevas e erro especiais bênçãos celestes. Enoque não se contaminou com a iniqüidade prevalecente em seus dias. Por que ocorreria o contrário conosco hoje? Podemos, à semelhança de nosso Mestre, ter compaixão pela humanidade sofredora, piedade dos desafortunados e generosa consideração pelos sentimentos e necessidades dos indigentes, aflitos e desesperados. — Testimonies for the Church 5:113. CI 320.4

Oro para que os meus irmãos reconheçam que a terceira mensagem angélica tem muita significação para nós, e que a observância do verdadeiro sábado se destina a ser o sinal que distingue os que servem a Deus dos que O não servem. Acordem os que ficaram sonolentos e indiferentes. CI 320.5

Somos convidados para ser santos, e devemos cuidadosamente evitar dar a impressão de que pouco importará o retermos ou não os traços distintivos de nossa fé. Sobre nós recai a solene obrigação de assumir atitude mais firme em prol da verdade e da justiça, do que fizemos no passado. A fronteira de demarcação entre os que guardam os mandamentos de Deus e os que não guardam deve ser revelada com clareza inequívoca. Devemos conscienciosamente honrar a Deus, usando diligentemente todos os meios para manter a relação de concerto com Ele, a fim de recebermos as Suas bênçãos — bênçãos tão necessárias para quem irá ser provado com tamanha severidade. CI 320.6

Dar a impressão de que nossa fé, nossa religião, não é um poder dominante em nossa vida equivale a desonrar grandemente a Deus. Assim fazendo, desviamo-nos dos Seus mandamentos, que são a nossa vida, negando que Ele é o nosso Deus e nós o Seu povo. — Testimonies for the Church 7:108, 109. CI 321.1

Falar em outras igrejas — Talvez tenhais oportunidade de falar em outras igrejas. Aproveitando essas ocasiões, lembrai-vos das palavras do Salvador: “Portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”. Mateus 10:16. Não desperteis a malignidade do inimigo com denunciadores discursos. Fechareis assim as portas à verdade. Cumpre apresentar mensagens claras. Guardai-vos, no entanto, de suscitar antagonismo. Muitas almas há a salvar. Refreai toda expressão áspera. Na palavra como na ação, sede prudentes para a salvação, representando Cristo a todos com quem entrardes em contato. Fazei com que todos vejam que tendes os pés calçados com a preparação do evangelho da paz e da boa vontade para com os homens. Maravilhosos são os resultados que havemos de ver se entrarmos na obra imbuídos do Espírito de Cristo. Há de vir-nos auxilio em nossa necessidade, se levarmos avante a obra em justiça, misericórdia e amor. A verdade triunfará, e alcançará a vitória. — Evangelismo, 563, 564. CI 321.2

Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles sejam salvos. Como nós mesmos, eles só poderão obter a imortalidade mediante a fé e a obediência. Precisamos trabalhar diligentemente por eles, a fim de que a possam alcançar. Deus quer que eles tenham parte em Sua obra especial para este tempo. Quer que se achem entre os que estão dando o alimento a tempo a seu povo. Por que não se empenhariam eles nesta obra? Nossos pastores devem tentar se aproximar dos pastores de outras denominações. Orar por esses homens e com eles, por quem Cristo está fazendo intercessão. Pesa sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar profundo e fervoroso interesse nesses pastores do rebanho. — Testimonies for the Church 6:77, 78. CI 321.3

Nossos pastores devem fazer sua obra especial o trabalhar por pastores. Não devem entrar em polêmica com eles mas, com a Bíblia na mão, insistir com eles para que estudem a Palavra. Feito isto muitos pastores que agora pregam o erro hão de pregar a verdade para este tempo. — Evangelismo, 562. CI 321.4