Estudos em Educação Cristã

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Os Clássicos Seculares Antigos e Modernos

Os alunos de um sistema mundano de educação são inspirados pelas ideias dos clássicos pagãos e de outros autores seculares, assim como alunos sob a educação cristã são inspirados pela Bíblia. Os clássicos, ou ciências humanas, nem sempre aparecem pelo nome no currículo de algumas escolas supostamente cristãs; todavia, se o sistema não for impulsionado pelo espírito da Bíblia, o resultado da educação será visto no caráter mundano dos estudantes. EEC 29.5

“Livros de autores não inspirados são postos nas mãos de crianças e jovens em nossas escolas como livros de estudo — como livros pelos quais hão de ser educados. Eles são mantidos diante dos jovens, e seu precioso tempo é ocupado no estudo de coisas que nunca poderão usar” (Ibid., p. 232). EEC 29.6

“Todas as matérias desnecessárias precisam ser extirpadas do programa de estudo, e que sejam colocados diante do aluno apenas os estudos que serão de real valor para ele” (Ibid., p. 151). EEC 30.1

Os Clássicos em Oberlin: — Os reformadores educacionais anteriores a 1844 se esforçaram em seguir a verdade nas disciplinas que ensinavam. Oberlin, entre outras instituições, teve essa experiência: EEC 30.2

Os clássicos pagãos: — estas duas palavras representam outra das acaloradas questões de 60 anos atrás ... O assunto estava sob debate em todos os lugares no exterior” (The Story of Oberlin, p. 231). EEC 30.3

O presidente Mahan, em 1835, EEC 30.4

“opôs-se ao presente plano em relação ao grego e latim, especialmente o último. Disse ele que o projeto estava mais adaptado para educar pagãos do que cristãos. Podemos disciplinar a mente com as Escrituras grega e hebraica, e são elas que podem purificar a mente. Essa é a opinião dos melhores homens e dos melhores eruditos. Tenhamos menos clássicos e mais ciência natural; mais direito americano, mais história, mais acerca de homens e fatos. Deem-se-nos a verdade, os fatos e o conhecimento prático e disponível” (Ibid., p. 232). EEC 30.5

O anúncio anual de Oberlin, publicado em 1834, contém esta afirmação: EEC 30.6

“O departamento acadêmico irá proporcionar instrução tão extensa como a de outras faculdades, diferenciando-se de algumas por substituir os mais objetáveis autores pagãos pelo hebraico e os clássicos sagrados”. EEC 30.7

A razão atribuída para substituir os autores pagãos pelas Escrituras nas línguas originais foi “que certos autores clássicos eram tão abominavelmente impuros que seria nada menos que um crime colocá-los nas mãos de nossos jovens” (Idem). EEC 30.8

Sessenta anos após isso, nós, os adventistas do sétimo dia, recebemos a seguinte instrução sobre esse assunto, porque nossas escolas não haviam adotado a mesma postura firme quanto aos clássicos e aos autores mundanos que esses reformadores educacionais adotaram antes do clamor da meia-noite: EEC 30.9

“Deverão sentimentos pagãos e infiéis ser apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a seu cabedal de conhecimentos?” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 25). EEC 30.10

O Conselho Administrativo pediu ao corpo docente de Oberlin EEC 30.11

“que considerassem com muita oração e deliberação se o tempo dedicado a clássicos pagãos não deveria ser melhor aproveitado pelo estudo das Escrituras hebraicas e da ciência natural” (The Story of Oberlin, p. 233). EEC 30.12

Três anos depois, os mesmos administradores perguntaram: EEC 31.1

“Os estudantes de teologia não deveriam ler toda a Bíblia em hebraico e grego?” (Idem). EEC 31.2

Dois anos depois, eles votaram: EEC 31.3

“Que a nenhum estudante fosse negada a aprovação ao final de sua faculdade por causa de qualquer falta de conhecimento dos clássicos pagãos, desde que ele tenha bom desempenho no exame de outros ramos necessários em seu preparo para pregar a Cristo” (Idem). EEC 31.4

O movimento para substituir os clássicos pagãos pelas Escrituras encontrou receptividade em muitas escolas. Em 1830, um advogado de grande eminência, formado em Yale, fez um apelo em favor dos “Clássicos Sacros versus Clássicos Pagãos”. O presidente da Amhurst, o presidente da Cooper Union e o Prof. Stowe, do Dartmouth College, EEC 31.5

“estavam de pleno acordo com ele em seu desejo de ver relativamente menos honra concedida à literatura da Grécia e Roma antigas, e relativamente mais honra à literatura da antiga Palestina” (Ibid., p. 235). EEC 31.6

Essas citações mostram que muitas instituições de ensino que hoje defendem os clássicos, pelo menos em algum momento em sua história passada, favoreceram a substituição dos clássicos pelas Escrituras. EEC 31.7