Estudos em Educação Cristã
2. A História da Reforma Educacional Antes de 1844
Vamos agora abordar o estudo da reforma educacional, antes de 1844, realizada entre as denominações protestantes em conexão com a mensagem do primeiro anjo. A declaração a seguir mostra que havia necessidade de uma reforma na educação naquela época. EEC 25.1
“Quando a verdade para estes últimos dias veio ao mundo por meio da proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, foi-nos mostrado que, mediante a educação de nossos filhos, uma diferente ordem de coisas deveria ser introduzida” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, p. 126). EEC 25.2
É impossível, por limitação de tempo, estudar detalhadamente todas as experiências do grupo de mais de sessenta escolas que defendiam reformas da educação antes de 1844. Sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto, o objetivo aqui será mostrar que a luz da educação cristã brilhou com suficiente clareza em várias escolas dos Estados Unidos, a fim de oferecer às denominações protestantes uma oportunidade de reunir esses princípios, que estavam se desenvolvendo nas diversas escolas, e incorporá-los em suas próprias escolas, de modo que pudessem “entrar na linha da verdadeira educação” e treinar um exército de missionários que disseminasse a mensagem ao mundo naquele momento. Por conveniência, as várias fases da educação cristã serão consideradas da seguinte forma: O Lugar da Bíblia na Educação; Os Clássicos Seculares Antigos e Modernos; Cursos Eletivos de Estudo e Conferição de Títulos Acadêmicos; Reformas na Alimentação; Localização Apropriada de Escolas e Edifícios Escolares; Treinamento de Missionários de Sustento Próprio e o Movimento Leigo. A atitude do estudante adventista do sétimo dia em relação a esses problemas vai determinar sua eficiência na proclamação da mensagem do terceiro anjo. EEC 25.3
Historiadores citados: — A história do movimento de reforma educacional antes de 1844, da qual faremos menção, foi escrita em sua maior parte por homens que não estavam em sintonia com as reformas feitas naquela época. Muitas dessas escolas, após renunciarem às suas reformas, desenvolveram o sistema popular de educação. Os educadores ligados a essas escolas, em sua história posterior, não demonstram nenhum orgulho pelo período que abrangeu aquelas experiências de reforma, da mesma forma que um homem que uma vez conheceu a Cristo, e O seguiu com simplicidade, deixa de se orgulhar de sua experiência passada ao voltar-se para o mundo. Tal homem é capaz de tratar com leviandade sua experiência religiosa e desculpar-se por sua atitude anterior em relação à reforma. EEC 25.4
Portanto, esses historiadores, escrevendo após o período da reforma, têm frequentemente retratado a reforma sob uma luz desfavorável e mesmo ridícula. Houvéssemos tido acesso aos próprios reformadores, e indubitavelmente o movimento apareceria sob uma luz ainda mais brilhante. No entanto, o suficiente nos é dado, mesmo pelos inimigos do movimento, para convencer o leitor de que o Espírito de Deus de fato moveu o coração de líderes educacionais e eclesiásticos acerca dessas grandes reformas e, sob Sua guia, eles tentaram praticá-las. EEC 26.1