Minha História

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18. Posição e Obra Atuais

1. Os adventistas do sétimo dia não têm nada a ver com o tempo definido, eles servem apenas para mostrar que os períodos proféticos serviram ao desígnio do Autor da profecia na mensagem do primeiro anjo, e que estes se encerraram com o clamor da meia-noite em 1844. Não dispondo de um tempo definido para esperar pela vinda do Senhor, mas observando, com base nos sinais dos tempos e no cumprimento da profecia, ou seja, o grande movimento adventista, eles consideram que o tempo presente é de espera, um tempo para estar alerta. Sua posição desde o desapontamento de 1844 tem sido de provação, e manter-se firme ao movimento do advento do passado e enfrentar, com espírito cristão, a oposição à observância do sábado do Senhor, exige fé e paciência. Por isso é dito sobre esse tempo e esse povo: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. Caso nos cansássemos de vigiar e esperar que nosso Senhor retornasse das bodas, e, impacientes, abandonássemos nossa confiança no grande movimento do advento; caso deixássemos de guardar o sábado, retrocedêssemos, caíssemos, crucificando novamente o Senhor Deus, poderia ser dito de nós: Aqui está a impaciência dos santos, aqui estão os que quebrantam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. MH 265.1

2. Nós acreditamos solenemente que era propósito de Deus que o tempo definido fosse proclamado, e que os 2.300 dias se estendessem até o Juízo referido nas palavras do primeiro anjo: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu Juízo”. No grande juízo da humanidade, existem duas fases distintas: a primeira é a investigativa; a segunda, a executiva. MH 265.2

O juízo investigativo ocorre antes do segundo advento e da ressurreição dos justos, para que se possa definir quem é digno da primeira ressurreição. Os que têm parte nessa ressurreição são, em primeiro lugar, considerados “bem-aventurados e santos” (Apocalipse 20:6). O juízo executivo, tanto da recompensa dos justos como do castigo dos ímpios, ocorrerá no encerramento do grande dia do juízo. MH 265.3

A grandiosidade do posicionamento e reunião da grande corte celestial no juízo investigativo é descrita pelo profeta desta maneira: MH 265.4

Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um Ancião de dias Se assentou; a Sua veste era branca como a neve, e o cabelo da Sua cabeça, como a limpa lã; o Seu trono, chamas de fogo, e as rodas dele, fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante Dele; milhares de milhares O serviam, e milhões de milhões estavam diante Dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele. E foi-Lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino, o único que não será destruído (Daniel 7:9, 10, 13, 14).4 MH 266.1

A cena do Juízo aqui apresentada é aberta com: MH 266.2

1) O posicionamento dos tronos e o grande Deus Se assentando no Juízo, em meio ao fulgor de Sua glória, debilmente representada por chamas de fogo, acompanhado dos milhões que O servem. MH 266.3

2) A abertura dos registros da vida dos homens, a partir dos quais eles deverão ser julgados. MH 266.4

3) O Filho do homem Se aproximando do Ancião de dias, servido por multidões de anjos, aqui representados pelas nuvens dos céus, para receber domínio, glória e um reino. Isso não representa o segundo aparecimento de Cristo neste mundo, a menos que possa ser mostrado que o Ancião de dias está aqui. MH 266.5

3. Os adventistas do sétimo dia creem na perpetuidade dos dons espirituais. Eles acreditam que o espírito de profecia foi designado para estar presente entre o povo de Deus de todas as eras. Eles também acreditam que sonhos e visões são um meio através do qual Deus falou a Seu povo no passado, e através do qual Ele lhe falará até que a fé, “como convicção de fatos que se não veem”, se desvaneça diante da concretização das “coisas que se esperam” (Hebreus 11:1). “Se entre vós houver profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele Me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele” (Números 12:6). MH 267.1

Eles não encontram nenhuma profecia, no Antigo Testamento, que aponte para o começo da era cristã como o momento em que os dons espirituais do povo de Deus seriam removidos, nem qualquer declaração, no Novo Testamento, de que a igreja não precisaria deles e, portanto, de que eles estavam prestes a terminar. Não, nada parecido com isso aparece nas páginas sagradas. Mas ouvimos o profeta de Deus dizer: MH 267.2

E há de ser que, depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu e na Terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar” (Joel 2:28-32). MH 267.3

Note, primeiro, que o profeta aponta para os últimos dias, assim como Pedro em Atos 2:16-20. Não podem haver dias posteriores ao último – que será um período em que essas coisas serão removidas da igreja. Segundo, o profeta também aponta para sinais e maravilhas nos céus e na terra, no sol e na lua, os quais aparecem em ligação com a manifestação do espírito de profecia. Terceiro, ele menciona o livramento dos que invocam o nome do Senhor. Naturalmente, isso se aplica ao livramento do povo de Deus, que a Ele clamará dia e noite no tempo de angústia (Lucas 18; Daniel 12). Eles serão salvos, de acordo com a palavra do profeta. O “remanescente” mencionado aqui não seria o mesmo de que fala Apocalipse 12:17? “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto [remanescente; restantes, ARA] da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”. MH 267.4

A mulher é um símbolo da igreja, e o seu remanescente representa o grupo de cristãos da última geração de homens e mulheres, que ainda estará viva imediatamente antes do segundo advento. O dragão guerreia contra eles por guardarem os mandamentos de Deus – o sábado e os demais – e terem o testemunho de Jesus, que, de acordo com a definição inspirada do capítulo 19:10, “é o espírito de profecia”. Aqui, então, estão as causas da guerra do dragão contra o remanescente. Eles ensinam a observância dos dez mandamentos, o reavivamento dos dons e o reconhecimento do dom de profecia, presente entre eles. Quando o diabo colocou um pé sobre o quarto mandamento e o outro sobre os dons plantados na igreja cristã por Jesus Cristo, sua majestade satânica se encheu de vingativo deleite. Mas quando o remanescente, a quem Deus planeja habilitar para ser transladado ao Céu sem ver a morte, começa a “perguntar pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andar por ele”, então o dragão fica irado e passa a fazer guerra contra eles. MH 268.1

O verdadeiro espírito das hostes do dragão, que já está sendo, de alguma maneira, desenvolvido, é vividamente descrito em Isaías 30:8-13 como sendo manifestado exatamente antes da repentina destruição dos que odeiam o testemunho puro, e amam as coisas suaves e enganosas: MH 268.2

Vai, pois, agora, escreve isto em uma tábua perante eles e aponta-o em um livro; para que fique escrito para o tempo vindouro, para sempre e perpetuamente [margem da KJV, o “dia final”]. Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor; que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis e tende para nós enganadoras lisonjas; desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que deixe de estar o Santo de Israel perante nós. Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto que rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isso vos estribais, por isso, esta maldade vos será como a parede fendida, que já forma barriga desde o mais alto sítio, e cuja queda virá subitamente, em um momento”. MH 268.3

Observem isso: no “dia final”, os homens não darão ouvidos à lei do Senhor, aos mandamentos de Deus, e dirão aos videntes, os que têm o espírito de profecia: “Não vejais”. Eles não receberão nem um nem outro. Eles farão guerra contra ambos. Ver também Marcos 16:15-20; Mateus 28:18-20; Efésios 4:4-13; 1 Coríntios 12:1, 28; 13:8-12; 1:4-8; Apocalipse 19:10; 1 Tessalonicenses 5; Mateus 7:15-20; Isaías 8:19, 20; Jeremias 14:14; 23:16, 17; 8:10, 11; 5:30, 31. Para uma exposição completa do assunto da perpetuidade dos dons espirituais, tal como defendido pelos adventistas do sétimo dia, ver suas obras sobre o tema. MH 268.4

Argumenta-se, porém, que, uma vez que o volume da inspiração foi finalizado, os dons espirituais não são mais necessários. Quem pode saber se isso é verdade? Os discípulos de Jesus tinham a lei e os profetas e, mesmo assim, precisaram das manifestações do Espírito Santo. Nós temos os dois Testamentos, e quem pode saber se também precisaremos dos dons do Espírito de Deus? MH 269.1

O grande objetivo das Sagradas Escrituras foi dar ao homem uma regra perfeita de fé e de prática. O propósito de Deus era que Seu povo seguisse essa regra e, por meio dela, desenvolvesse caráter perfeito perante Ele. Paulo disse para Timóteo: “[...] desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação” (2 Timóteo 3:15). Não existe nenhuma falha nas Escrituras, que torne necessário que os dons do Espírito Santo sejam manifestados. As necessidades, na verdade, residem nas imperfeições do povo de Deus, no fato de que eles não seguem Sua regra perfeita. MH 269.2

Vemos agora os dons do Espírito ocupando seu lugar apropriado. Eles não são manifestos para estabelecer uma regra de fé e de prática. Nós já temos uma regra perfeita revelada nos Escritos Sagrados. Mas, em consequência dos erros do povo de Deus e de seus desvios da fé e da prática dessa regra perfeita, Deus, em Sua misericórdia, manifesta os dons para reprovar seus erros e para levá-los a uma compreensão correta das Santas Escrituras. Essa é a posição em que os dons devem ser colocados. Eles não foram designados para tomar o lugar das Escrituras. Tampouco eles são dados porque as Escrituras sejam uma regra imperfeita de fé e de prática. Mas, como consequência dos erros do professo povo de Deus ao se apartarem da perfeita regra que Ele lhes deu, os dons são manifestos para corrigir o erro e para indicar-lhes a Bíblia como sua lâmpada e seu guia. MH 269.3

Era desígnio de Deus que Seu povo fosse um. Foi esse o tema principal da oração de Jesus em João 17. Ouça-O a orar em agonia: “Que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu, em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste”. Em nome de Cristo, Paulo exortou os coríntios a estar perfeitamente unidos, “em um mesmo sentido e um mesmo parecer”. Ler 1 Coríntios 1:10; Romanos 15:5; Filipenses 2:1, 2; 1 Pedro 3:8; 5:5. Será que vemos, porém, essa unidade naqueles que professam considerar a Bíblia como sua regra, mas rejeitam os dons? Vemos divisões e, em muitos casos, confusões extremas. A falha, contudo, não está na Bíblia, e, sim, nos que não seguem os ensinamentos das Sagradas Escrituras. E Deus, em Sua misericórdia e condescendência infinitas, tem o propósito de ajudá-los através da manifestação dos dons. Mas muitos deles recusam ser ajudados dessa maneira, pois na Bíblia eles encontram uma regra perfeita. Se eles obedecessem às Sagradas Escrituras e andassem em unidade, tanto entre eles mesmos quanto com Deus, eles não precisariam dos dons. Mas, em sua confusão e distância de Cristo, não haverá ajuda para eles enquanto continuarem rejeitando os dons. MH 270.1

Outra vez pergunto: Quem pode saber se os dons do Espírito Santo não são mais necessários desde que o volume da inspiração foi finalizado? Admite-se que, ser finalizado, ele se tornou uma regra mais perfeita do que quando tínhamos apenas uma porção dele. Mas como dizer que, ao ser finalizado, ele toma o lugar dos dons? Se eles foram dados por causa das imperfeições do povo de Deus, sua remoção pressupõe perfeição da parte do povo de Deus. Encontramos perfeição na igreja desde os dias de Paulo, a ponto de não serem necessárias manifestações especiais do Espírito, reprovando o pecado e corrigindo desvios da perfeita regra de Deus? A história da igreja, com seu registro de terríveis apostasias e corrupções, seus intermináveis cismas, divisões e credos, e suas conflitantes exposições das mais claras verdades bíblicas fornece testemunho aberto de suas imperfeições. Sua triste história e atual pobreza mostram que ainda existe a necessidade – desde que o Livro de Deus foi finalizado – da manifestação dos dons do Espírito. MH 270.2

O dom de profecia está classificado pelo apóstolo como parte das vocações para as quais a igreja cristã foi chamada, em Efésios 4:11-13. Ele descreve nitidamente o objetivo delas: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Tudo isso foi concedido simultaneamente, para o mesmo propósito, e tudo deve cessar ao mesmo tempo. Reconhecemos evangelistas, pastores e mestres na igreja cristã? Por que não profetas? A igreja ainda precisa deles? Por que não do espírito de profecia? Os evangelistas, pastores e mestres existirão até que a igreja seja aperfeiçoada e esteja pronta para encontrar o Senhor nos ares? Da mesma maneira o espírito de profecia. MH 270.3

Em sua carta aos coríntios, Paulo falou de modo muito específico sobre o assunto dos dons espirituais. Em 1 Coríntios 12:1 ele diz: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. Ele considerava esse assunto como algo da mais alta consideração, e insta para que seja compreendido. Em tudo o que disse sobre o assunto, nenhuma vez sequer ele insinua que os dons deveriam cessar antes que chegasse o perfeito dia de glória. Mas, de maneira clara, ele indica o tempo em que os dons cessarão: MH 271.1

O amor (ágape) nunca falha [acaba, ARA]; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque, agora, vemos por espelho em enigma [obscuramente, ARA]; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido (1 Coríntios 13:8-12). MH 271.2

Aqui, o apóstolo contrasta o estado mortal com o imortal; o presente imperfeito com o futuro que será perfeito; o presente nebuloso, durante o qual caminhamos pela fé, com a glória plena da vida por vir. Aqui, conhecemos apenas em parte e profetizamos em parte; lá, aquilo que é em parte será eliminado. Aqui, vemos por espelho, obscuramente; lá, veremos face a face. Aqui, conhecemos em parte; lá, conheceremos como somos conhecidos. O amor nunca acabará. Aqui, ele é a mais sublime graça cristã; lá, ele será a glória que coroará os imortais para todo o sempre. Sim, o amor nunca irá se extinguir! Mas profecias serão aniquiladas, línguas cessarão e o conhecimento desaparecerá. A luz do Céu, que tem chegado a nós por esses meios e por outros dons do Espírito Santo, é representada como sendo apenas parcial (“em parte”), e é-nos dito que ela será substituída pelo perfeito dia de glória, quando falaremos face a face com Deus, Cristo e os anjos, assim como os nossos primeiros pais falaram com Deus no Éden, antes da entrada do pecado. Quando, todavia? Essa é a pergunta vital. Quando é que os dons deveriam desaparecer? Deixemos que Paulo responda: “Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado”. “E todo o povo diga: Amém” (Salmos 106:48). MH 271.3

4. A cada era, Deus tem uma verdade pela qual Ele testa Seu povo. Isso ocorreu nos dias de Noé e no primeiro advento de Cristo, e é especialmente verdade no tempo presente, ao Deus Se preparar para visitar os ímpios com juízos e os justos com a salvação. Toda verdade revelada e prática sempre foi e sempre será um teste da fidelidade do homem para com Deus. O homem terá que prestar contas ao Autor da verdade sobre como ele a trata. Se ele a obedece, poderá ser salvo; se ele a rejeita e viola suas reivindicações, poderá se perder. MH 272.1

Mas a lei de Deus, por excelência, é um teste para o homem. Ela é a maior autoridade em toda a Terra e no Céu. Se a lei de Deus não for um teste, não há nada que o seja. Os adventistas do sétimo dia acreditam solenemente que Deus está provando e testando as pessoas através de Sua santa lei. Em termos de santidade e importância, eles consideram o quarto mandamento igual a qualquer um dos outros nove, e o pecado de violá-lo, quando igualmente compreendido, igual ao de quebrar qualquer outro mandamento. Eles creem que o tempo presente, na providência de Deus, período da proclamação da mensagem do terceiro anjo, é o tempo determinado para a reforma do sábado, e que nessa última mensagem, o sábado de Jeová deverá ser o teste especial do povo no que diz respeito à lei de Deus. A grande questão a ser definida antes que a ira de Deus seja derramada sobre um mundo culpado e arruinado é: Quem será leal ao Deus do Céu? Estes, se tiverem seus pecados lavados pelo sangue de Cristo, tornam-se herdeiros da herança futura e recebem a coroa de imarcescível glória no segundo aparecimento de Jesus. Cristo diz: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”. MH 272.2

Os adventistas do sétimo dia são acusados de fazer do sábado um teste. Alguns alegam que nós denunciamos e rejeitamos todos os que não creem como nós cremos. É verdade que ensinamos que Deus está testando as pessoas mediante Sua lei. Mas negamos a acusação de que denunciamos e rejeitamos aqueles que diferem de nós. MH 273.1

Nossa atitude em relação aos que podemos alcançar com nossas publicações, sermões e apelos é uma prova de que essa acusação é falsa. Imploramos a todos, não importa que religião professem, nem sua cor, nem seu nível social, que abandonem seus pecados, guardem os mandamentos de Deus e vivam. Nós manifestamos um zelo e uma seriedade sobre esse assunto que são proporcionais, até certo grau, à importância da mensagem de prova que pregamos. E, uma vez que nosso testemunho é contundente e sério, e condena os que preferem se unir à corrente popular e violar a lei de Deus, alguns ficam perturbados e, com sentimentos de retaliação, acusam-nos falsamente. Não é nossa função testar, condenar e denunciar as pessoas. Não é nosso desejo magoar desnecessariamente qualquer pessoa. Mas, com base em nossas convicções atuais sobre a verdade e o dever, estaríamos violentando nossas próprias consciências e pecando contra Deus se parássemos de anunciar o propósito de Deus ao testar o mundo por Sua lei, exatamente antes do dia de Sua ira. MH 273.2

Deus tem abençoado ricamente tal testemunho. Faz pouquíssimo tempo que se ouviu falar dos adventistas do sétimo dia como um povo. Eles afirmam não terem mais do que vinte anos de existência. No entanto, em termos de números e eficiência, eles têm certa força. E por quê? Porque, quando dão um testemunho sério e contundente, Deus está com eles e os faz crescer em número e força. MH 273.3

Mas se o Sábado não for um teste, não vale a pena nos dar ao trabalho de ensiná-lo e observá-lo diante de decidida oposição. Se podemos ser bons cristãos tanto quebrando quanto guardando o quarto mandamento, não seria o caso de buscarmos, mais do que depressa, estar em harmonia com o resto do mundo cristão? Por que ser tão diferentes em obedecer ao mandamento de Deus, se, mesmo vivendo em violação a ele, podemos ser bons cristãos? Existem frequentes inconvenientes e sacrifícios financeiros a serem enfrentados por aqueles que são minuciosos na observância do quarto mandamento. Se o sábado tem tão pouca importância, a ponto de não ser um teste de comunhão cristã e de salvação eterna; se as pessoas que quebram o sábado devem ser aceitas em nossa comunidade como se o observassem; e se elas podem certamente chegar ao Céu quer violando-o quer guardando-o, por que, então, não abandoná-lo imediatamente, parando de perturbar a mente das pessoas com uma questão sem importância real, que é tão desagradável e incômoda? MH 273.4

Os adventistas do sétimo dia creem que, com a restauração do sábado bíblico, sob a última mensagem de misericórdia, Deus planeja fazer desse dia um teste para as pessoas. É por isso que muitos trabalham vigorosamente para ensiná-lo, e estão prontos a fazer qualquer sacrifício a fim de observá-lo e cumprir o dever de pregá-lo a outros. Convença-lhes de que ele não é um teste, e eles deixarão de incomodar as pessoas – e a si mesmos – com isso. Mas se eles passarem a impressão de que consideram o sábado algo de muito pouca importância para que seja um teste, a “espada do Espírito”, pelo menos nesse assunto, se tornará tão impotente em suas mãos quanto a palha. Eles não conseguiriam, dessa forma, convencer ninguém sobre esse assunto. Verdadeiramente, ao chamarem a atenção das pessoas para um assunto que, por ser de tão pouca importância, não constitui um teste do caráter cristão, e ao mesmo tempo as submete a uma cruz pesada, a muitos inconvenientes, sacrifícios e censuras, sua posição diante das pessoas seria quase como a de atores num palco, desempenhando um papel hilário. Com a nossa visão atual sobre a importância do assunto, no entanto, temos razões suficientes para insistir vigorosamente nos reclamos do quarto mandamento perante nossos companheiros. MH 274.1

As observações do pastor J. N. Andrews com referência aos sabatistas da Inglaterra no século 17 são tão importantes, que eu apresento a citação a seguir extraída de seu livro “História do Sábado”, p. 335, 336: MH 274.2

As leis da Inglaterra durante aquele século eram muito opressivas para todos os dissidentes da igreja estabelecida e um fardo muito pesado sobre os guardadores do sábado. No entanto, nem multas, nem aprisionamento, e nem mesmo a pena de morte teriam sido suficientes para suprimir o sábado. Foi na casa de seus próprios amigos que o sábado foi ferido. No século 17, onze igrejas de sabatistas surgiram na Inglaterra, embora muitos guardadores do sábado pudessem ser encontrados espalhados em várias partes desse reino. Hoje, existem apenas três dessas igrejas. Não foi a falta de homens capazes de defender a verdade entre os guardadores do sábado, nem de ferozes ataques de seus perseguidores que os reduziu a apenas um punhado. A falha é deles próprios, não por alguma conduta desonrada de sua parte, mas simplesmente porque eles tornaram o sábado sem importância prática e rebaixaram até o pó o padrão da verdade divina a esse respeito. Os ministros sabatistas assumiram o cuidado pastoral de igrejas dominicais, em alguns casos pastoreando apenas essas igrejas e, em outros, supervisionando também igrejas sabatistas. O resultado não é surpreendente para ninguém. Como tanto ministros quanto leigos diziam a todos, ao agirem dessa forma, que o quarto mandamento podia ser quebrado com impunidade, as pessoas os tomaram pela palavra. O Sr. Crosby, historiador defensor do primeiro dia, trata desse assunto com clareza: MH 274.3

“Se o sétimo dia deve ser observado como o sábado cristão, então todas as congregações que observam o primeiro dia como sendo o sábado devem ser transgressoras do sábado [...]. Devo deixar que esses cavalheiros do lado oposto lidem com seus próprios pontos de vista e procurem achar justificativas para o fato de se tornarem pastores de congregações que, em sua consciência, eles devem julgar ser transgressoras do sábado” (J. N. Andrews, History of the Sabbath, Ed. 1862, p. 335, 336). MH 275.1

Os batistas do sétimo dia da América têm feito um bom trabalho no ensino do sábado. Devemos respeitá-los e considerá-los de forma especial por esta razão. Mas se eles tivessem sido fiéis à verdade sagrada a eles confiada, seu número e sua força seriam cem vezes maiores do que o são agora. Eles sofreram a censura, a aflição e os inconvenientes do sábado sem o poder e a força que o ensino dele, como teste, proporciona. Por quase dois séculos, em sua debilidade, eles têm retido o sábado, enquanto que, se tivessem sido fiéis em ensiná-lo, observá-lo e anunciá-lo com insistência para despertar a consciência das pessoas, o sábado lhes teria sustentado, sendo a força desse povo. MH 275.2

Os adventistas do sétimo dia não têm do que se vangloriar. Frequentemente, Deus nos tem reprovado e castigado por nossa infidelidade. Quando nos voltamos para Ele e, humilde e fielmente, lutamos pela verdade em meio às censuras e perseguições, Ele nos abençoa ricamente. Nada deve ser tão temido quanto a calmaria que resulta de diluir as verdades impopulares e probantes, e ministrá-las aos ouvidos das pessoas de modo a não ofendê-las. É melhor deixar que venham as censuras e que ruja a tempestade, se esse for o resultado de falar a verdade de Deus com amor. MH 275.3

Como um povo, tivemos dificuldades para superar, provações para suportar e vitórias para conquistar. Somos oriundos dos metodistas, batistas regulares, batistas do livre-arbítrio, batistas do sétimo dia, presbiterianos, congregacionalistas, episcopais, reformistas holandeses, discípulos, cristãos, luteranos, irmãos unidos, católicos, universalistas, mundanos e incrédulos. Nosso povo é composto de americanos nativos, ingleses, galeses, escoceses, irlandeses, franceses, alemães, noruegueses, dinamarqueses, suecos, poloneses e outros. Reunir uma organização composta desses elementos, mais ou menos afetada pelos pontos de vista religiosos e pelas tradições de várias denominações, e com todas as suas peculiaridades nacionais, tem exigido muita paciência e perseverança. E é pela graça de Deus que somos o que somos. Que o Seu nome seja louvado, pois, em nossos momentos mais obscuros, quando nos humilhamos, Ele sempre correu para o nosso auxílio. MH 276.1

Com sua breve história passada, os adventistas do sétimo dia podem aprender muito quanto a seu trabalho atual e suas perspectivas futuras. Ao darem seu testemunho com humildade e temor a Deus, suas atividades são notavelmente abençoadas. Ao se disporem a suportar as aflições da verdade presente, sacrificando seu tempo, suas conveniências e seus recursos para o progresso da obra, eles obtêm o sorriso de aprovação do Céu. Eles perceberam que nada pode manter a organização funcionando de forma saudável a não ser o testemunho claro e preciso. Ele realizará a obra de purificação, seja por lavá-los de seus pecados, seja por retirar os não consagrados e rebeldes de seu meio. Seja qual for o resultado, tal testemunho precisa ser dado, ou esse povo fracassará, como outros têm fracassado. E, depois de terem uma luz tão clara quanto esta, e de haver-lhes sido confiada uma mensagem tão sagrada como a última mensagem de misericórdia para os pecadores, sua queda será terrível. MH 276.2

Podemos aprender, com base no passado, o que devemos esperar para o futuro em termos de perseguição. Satanás está irado porque esse povo busca as “veredas antigas” para nelas caminhar. De modo especial, ele está perturbado porque eles defendem a restauração do sábado e dos dons do Espírito Santo. Se as pessoas aprenderem que Deus as está testando quanto ao sábado, e que elas devem ouvir o testemunho de Jesus, que está no espírito de profecia, o qual reprova seus pecados e apela para que consagrem a si mesmas e o que possuem ao Senhor, podemos ter certeza de que a ira do dragão será despertada. Temos testemunhado esse fato na proporção de nossa fidelidade à obra. Ao darmos um testemunho contundente, somos objeto da ira do dragão. Mas, além disso, com tal testemunho também somos participantes, em grande medida, da benção de Deus. Quando somos infiéis, o dragão fica quieto, até certo ponto, mas experimentamos a pobreza de alma. E essa deverá ser nossa realidade nos tempos que virão. MH 276.3

A situação de suspense não é a mais confortável. Os que esperam pela volta do Senhor na incerteza quanto ao período definido de Seu segundo advento, correm o risco de ficar irrequietos. Daí a aplicação de certos textos a este tempo, e às pessoas que estão esperando pelo Senhor: MH 277.1

Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa (Hebreus 10:36). Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima (Tiago 5:8). Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus (Apocalipse 14:12). MH 277.2

Devido à incerteza, surge a indagação, repetida com frequência, que é mais do que natural: “Quanto tempo falta para que o Senhor venha?” Mas nenhuma resposta definitiva pode ser dada a essa indagação. E é melhor que essa pergunta não seja respondida de maneira conclusiva. O tempo definido já cumpriu o propósito de Deus. Ele trouxe o povo do advento até o tempo de espera, exigindo deles grande paciência. Por todo esse período da paciência dos santos, a única posição segura é manter a vinda de Cristo sempre diante de nós, e corrigir nossos atos tendo em vista as terríveis realidades do juízo. Protelar a vinda do Senhor e enxergar esse evento como algo distante, adotando o espírito do mundo, seria extremamente perigoso. É verdade que há profecias a serem cumpridas exatamente antes da vinda do Senhor. Mas a natureza do cumprimento delas possibilita que elas se cumpram num curto espaço de tempo. O espírito de incredulidade pode sugerir que, pelo fato de o tempo ter se extendido mais do que os expectantes imaginavam, ele ainda pode se prolongar por muitos anos. Mas a fé que salva assume a posição segura, e enxerga esse evento como estando às portas. Deveríamos ter sempre em mente, que, embora não nos seja possível mostrar que o Senhor virá em uma data específica e imediata, ninguém pode provar que Ele não virá em breve. E, ao mesmo tempo que não pode ser provado que o Senhor não virá em breve, eu chamo a atenção do leitor para os seguintes fatos, que mostram que o segundo advento não pode ser um evento longínquo. MH 277.3

1. As três mensagens constituem uma advertência solene para que o mundo se prepare para a vinda de Cristo. O trecho que encerra tal advertência é um teste para o mundo, e amadurece a seara da Terra. Os que recebem a advertência e se preparam para a vinda do Senhor, amadurecem, através dela, para a imortalidade. Os que a rejeitam amadurecem para o dia da mortandade. MH 278.1

2. A advertência dada por Noé, a maneira como sua mensagem foi recebida e a ira de Deus no dilúvio ilustram os eventos finais do tempo presente: “Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:37). Deus não chamou esse pregador da justiça para advertir a penúltima geração antes do dilúvio, mas a última. A mesma geração que bebeu das águas do dilúvio viu Noé construir a arca e ouviu suas advertências. Seria absurdo supor que Noé tenha construído a arca e dado sua mensagem de advertência no período da penúltima geração, de modo que os que ouviram sua mensagem e viram sua obra foram sepultados, a arca apodreceu e seus filhos chegaram ao cenário de ação para testemunhar, sem que fossem advertidos, os terrores do dilúvio. MH 278.2

3. A última grande advertência deve ser dada à última geração de seres humanos. Aqueles que a ouvirem, receberem-na e prestarem obediência a ela – e que estiverem esperando pelo Senhor – exclamarão, quando o Filho do homem voltar com Seus anjos pela ardente abóbada celeste: “Este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará”. E aqueles que rejeitaram a advertência e, com justiça, mereceram a ira de Deus, também testemunharão o flamejante segundo advento com terror e angústia. Essa advertência não é dada à penúltima geração, mas à última. Assim, tão certo quanto a grande advertência, ilustrada pelas três mensagens de Apocalipse 14, foi e está sendo dada em nossos dias, assim também a geração que tem ouvido a advertência certamente testemunhará o dia da ira e a revelação do Filho de Deus vindo nos Céus. Ou os adventistas do sétimo dia estão equivocados na aplicação das mensagens, ou Cristo está vindo muito em breve. Se eles estão corretos em sua aplicação da grande advertência, então os mesmos homens que a ouvem serão testemunhas de suas terríveis realidades. MH 278.3

“Em verdade vos digo”, diz o Senhor, “que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24:34, 35). Nós não acreditamos que a palavra “geração” marque algum número definido de anos. Era propósito do Senhor que, as pessoas que estivessem vivas no tempo do cumprimento do último sinal mencionado (a queda das estrelas em 1833) e ouvissem a proclamação da vinda de Cristo, baseada, parcialmente, nos sinais cumpridos, dessem testemunho das cenas relacionadas à Sua vinda. Deus levantou homens para darem a solene advertência ao mundo, no momento certo. Os sinais se cumpriram no tempo certo para dar força à advertência. E, a mesma geração de homens que está viva após o cumprimento dos três grandes sinais, e que ouve e rejeita a mensagem de advertência, beberá do cálice sem mistura da ira de Deus. Mas os homens dessa geração que recebem a mensagem, sofrem o desapontamento e passam pelas provações da espera, testemunharão a vinda de Cristo e exclamarão: “Este é o nosso Deus, a quem aguardávamos”. MH 279.1

Querido leitor, se estivermos alertas e formos fiéis ao dever, muito em breve entraremos no refúgio e descanso eternos. Mantenha-se vigilante. Não se deixe enganar e vencer pelo mundo, pela carne e pelo diabo. A fé verdadeira proíbe que se olhe para o futuro e que se façam planos para beneficiar a geração seguinte. Ela nos restringe ao tempo presente. Mas nós tememos que, aqueles que estão empregando sua força física e mental para acumular riquezas para seus filhos, enquanto negligenciam seu dever para com a causa da verdade presente e não separam tempo para que eles mesmos e suas famílias busquem servir a Deus, estejam cometendo um grave erro. Eles não apenas deixam de ajudar a causa, de andar com Deus, de exercer a melhor influência sobre suas próprias famílias, mas a influência deles é decididamente contrária à causa, pois professam uma posição solene e definida de que o tempo presente é o período em que a terceira e última solene advertência deve ser dada, contudo negam a fé por meio de suas obras. MH 279.2

O mundo mostra sua loucura ao se apegar às riquezas. Um espírito de extrema insensatez se apoderou dos homens quanto aos ganhos materiais desse mundo, e muitos dos que professam a verdade presente estão, em maior ou menor medida, contaminados por esse espírito. Daqueles que não temem a Deus nem guardam Seus mandamentos, e tampouco anelam pela breve vinda de Seu Filho, não se poderia esperar outra atitude. Mas não há desculpas para os adventistas do sétimo dia. No caso deles, isso é pura insensatez e loucura. Por que eles deveriam acumular riquezas para seus filhos? Se o Senhor ainda demorasse mais cem anos, a riqueza deixada para eles lhes traria ruína quase certa. Olhe para a história de homens grandes e verdadeiramente bons. Será que eles cresceram em meio à riqueza? Ou teriam eles vindo de famílias treinadas na escola da pobreza e necessidade? Leia as histórias de Martinho Lutero e Abraão Lincoln. Ambos foram meninos pobres. Mas ambos se tornaram grandes homens ao enfrentarem a privação, lutarem com a pobreza e vencerem os obstáculos que sempre estão presentes nas veredas da necessidade. Essas dificuldades, enfrentadas no período da juventude, deram-lhes maturidade e foram a salvaguarda de sua pureza. Enquanto os nomes desses bons homens estão preservados na memória e afeição das pessoas, os nomes de centenas dos que receberam riquezas de seus pais, apodreceram, pois o dinheiro lhes impediu de fazer aquilo que deveriam ter feito e de ser aquilo que deveriam ter sido. Ao colocarem de lado a vinda do Senhor, não há maior certeza de ruína para os filhos do que aspirar às riquezas dos pais e pôr nelas sua confiança. MH 280.1

Mas, o que pode ser dito sobre a influência de irmãos que, embora professem crer que a última grande advertência está sendo dada ao mundo, dedicam toda sua energia para acumular riquezas para seus filhos? Qual pode ser sua influência sobre seus herdeiros? Não seria a de fazê-los a amar este mundo, adiar a vinda do Senhor e negligenciar a preparação necessária? Não estariam eles tomando um rumo que certamente deixará seus filhos do lado de fora do reino dos Céus? Haveria alguma esperança de salvação para pais ou filhos que estejam incorrendo nessa atitude tão incoerente? Sem a fé na breve volta do Senhor, eles estão seguindo um caminho que os leva a negá-la com suas obras, um caminho que lhes assegurará a ruína. MH 280.2

O curto período de provação que nos resta deveria ser aproveitado com o acúmulo de tesouros no Céu, e com a busca da preparação necessária para desfrutá-los na vida por vir. Pais, eu lhes suplico que vivam a fé do advento perante seus filhos. Guiem-nos para Jesus e lhes ensinem, através de sua fé e obras, a alcançar a preparação para a volta de Cristo. Que sua influência em favor da verdade e da santidade seja estendida a todos os que estão ao redor de vocês, e que, de vocês, se possa dizer: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor”. MH 281.1