A Ciência Do Bom Viver, A

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O Poder do Exemplo

O médico que ministra nos lares do povo, velando ao pé do leito dos doentes, aliviando-lhes a aflição, tirando-os das portas da morte, dirigindo palavras de esperança ao moribundo, conquista-lhes na confiança e nas afeições um lugar que a poucos outros é dado ocupar. Nem mesmo ao ministro do evangelho são concedidas tão grandes possibilidades, ou uma influência de tão vasto alcance. CBV 132.1

O exemplo do médico, não menos que seu ensino, deve ser uma força positiva para o lado do direito. A causa da reforma exige homens e mulheres cuja maneira de viver seja uma ilustração do domínio de si mesmos. É nossa observância dos princípios que recomendamos que lhes dá peso. O mundo necessita de uma demonstração prática do que a graça de Deus pode fazer para restaurar aos homens sua perdida realeza, dando-lhes o governo de si mesmos. Não há nada de que o mundo tanto precise como do conhecimento do poder salvador do evangelho revelado em vidas semelhantes à de Cristo. CBV 132.2

O médico é continuamente posto em contato com os que necessitam da força e da ânimo de um bom exemplo. Muitos são fracos em poder moral. Carecem de domínio próprio, e são facilmente presa da tentação. O médico só pode auxiliar a essas pessoas na medida em que revela na própria vida uma firmeza de princípios que o habilita a triunfar sobre todo hábito nocivo e toda contaminadora concupiscência. Em sua vida, deve ser notada a operação de um poder de origem divina. Se ele falha nisso, por mais vigorosas e convincentes que sejam suas palavras, sua influência se demonstrará nociva. CBV 133.1

Muitos dos que procuram conselho e tratamento médico tornaram-se ruínas morais mediante seus próprios maus hábitos. Estão alquebrados e fracos, e feridos, sentindo a própria loucura e sua incapacidade para vencer. Esses nada deviam ter em seu ambiente que os incitasse a continuar nos pensamentos e sentimentos que os tornaram o que são. Necessitam respirar uma atmosfera de pureza, de nobres e elevados pensamentos. Quão terrível é a responsabilidade quando aqueles que lhes deviam dar um bom exemplo, são, eles próprios, escravos de maus hábitos, acrescentando, por sua influência, nova força à tentação! CBV 133.2