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Apresentar o amor e a lei juntos

Ao apresentar as vigentes reivindicações da lei, muitos têm deixado de descrever o infinito amor de Cristo. Os que possuem tão grandes verdades, tão importantes reformas a apresentar ao povo, não têm reconhecido o valor do Sacrifício expiatório como expressão do grande amor de Deus ao homem. O amor a Jesus, e o amor de Jesus aos pecadores, têm sido deixados fora da experiência religiosa dos que foram comissionados a pregar o evangelho e o próprio eu tem sido exaltado, em vez do Redentor da humanidade. A lei deve ser apresentada aos seus transgressores, não como coisa à parte de Deus, mas antes um expoente de Seu pensamento e caráter. Como não pode a luz do Sol ser separada do Sol, assim não pode a lei de Deus ser apresentada corretamente ao homem à parte do Autor divino. O mensageiro deve estar habilitado a dizer: “Na lei de Deus está a vontade divina; vinde, vede por vós mesmos que a lei é o que Paulo a declarou ser — santa, justa e boa.” Ela reprova o pecado, condena o pecador, mas mostra-lhe sua necessidade de Cristo, com quem há abundância de misericórdia, e bondade e verdade. Conquanto a lei não possa remitir a pena do pecado, mas responsabiliza o pecador por toda a sua dívida. Cristo prometeu perdão abundante a todos os que se arrependem e crêem em Sua misericórdia. O amor de Deus estende-se, abundante, à alma arrependida e crente. O estigma do pecado na alma só se pode apagar com o sangue do Sacrifício expiatório. Nenhum sacrifício menor se requereu, do que o sacrifício dAquele que era igual ao Pai. A obra de Cristo — Sua vida, humilhação, morte e intercessão pelo homem caído — engrandece a lei e a torna gloriosa. ME1 371.1

Muitos sermões pregados sobre as reivindicações da lei têm-se feito sem apresentar a Cristo, e esta falta tem tornado a verdade ineficaz na conversão de almas. Sem a graça de Cristo é impossível dar um só passo na obediência à lei de Deus. Quão necessário, pois, é que o pecador ouça do amor e poder de seu Redentor e Amigo! Conquanto o embaixador de Cristo deva declarar positivamente as reivindicações da lei, deve ele tornar compreensível que ninguém pode ser justificado sem o sacrifício expiatório de Cristo. Sem Cristo só pode haver condenação e uma expectação horrível de juízo, e ardor de fogo (Hebreus 10:27), e final separação da presença de Deus. Mas aquele cujos olhos foram abertos para ver o amor de Cristo, contemplará o caráter de Deus como pleno de amor e compaixão. Deus não parecerá um ser tirânico, implacável, mas um pai ansioso por abraçar seu filho arrependido. O pecador exclamará com o salmista: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem.” Salmos 103:13. Todo o desespero é varrido da alma quando esta vê Cristo em Seu caráter verdadeiro. ME1 371.2

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