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Satanás derrotado pela morte de Cristo

Nesta preferência os princípios de Satanás tornaram-se manifestos; e os exércitos do Céu, e todos os mundos que Deus criara, julgaram que Satanás era acusador dos irmãos, mentiroso e homicida. No Céu e entre os mundos não caídos, liquidou-se a questão quanto ao poder enganador de Satanás e seus princípios malignos, e provou-se de uma vez para sempre a perfeita pureza e santidade de Cristo, que sofria a prova e aflição em favor do homem caído. Mediante o desdobramento do caráter e princípios de Satanás, foi ele para sempre desarraigado das afeições dos mundos não caídos, e a controvérsia acerca de suas pretensões e das reivindicações de Cristo ficou para sempre assentada no Céu. A justiça manifestada no caráter de Cristo seria para sempre a âncora, a salvadora esperança do mundo. Toda alma que prefere a Cristo pode, com fé, dizer: “O Senhor justiça minha.” ME1 348.1

Cristo foi “desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dEle caso algum. Verdadeiramente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53:3-5. ME1 349.1

A graça de Cristo e a lei de Deus são inseparáveis. Em Jesus a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. Em Sua vida e caráter Ele não só revela o caráter de Deus, mas a possibilidade do homem. Era Ele o representante de Deus e o exemplo da humanidade. Apresentou ao mundo o que a humanidade poderia tornar-se quando, pela fé, unida à divindade. O Filho unigênito de Deus tomou sobre Si a natureza do homem, plantando Sua cruz entre a Terra e o Céu. Pela cruz o homem foi atraído para Deus, e Deus para o homem. A justiça transferiu-se de sua elevada e respeitável posição, e as cortes celestiais, os exércitos da santidade, achegaram-se à cruz, prostrando-se com reverência; pois junto da cruz foi satisfeita a justiça. Pela cruz o pecador foi atraído para fora da fortaleza do pecado, da confederação do mal, e a cada nova aproximação da cruz seu coração se abranda e em penitência ele brada: “Foram meus pecados que crucificaram o Filho de Deus.” Junto da cruz abandona ele seus pecados, e pela graça de Cristo transforma-se o seu caráter. O Redentor ergue do pó o transgressor e coloca-o sob a guia do Espírito Santo. Ao contemplar o Redentor, encontra o pecador esperança, certeza e alegria. A fé apega-se amorosamente a Cristo. A fé opera pelo amor e purifica a alma. ME1 349.2