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O significado do nascimento de Cristo

Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor. Antes que o mundo fosse feito, estava combinado que a divindade de Cristo fosse envolta na humanidade. “Corpo Me preparaste”, diz Cristo. Hebreus 10:5. Mas Ele não veio em forma humana antes que tivesse chegado a plenitude do tempo. Então veio ao nosso mundo, como Bebê em Belém. ME1 250.1

A ninguém nascido no mundo, nem mesmo ao mais prendado dos filhos de Deus, já foi concedida semelhante demonstração de regozijo como a que saudou o Infante nascido em Belém. Anjos de Deus entoaram Seus louvores sobre as colinas e planícies de Belém. “Glória a Deus nas alturas”, cantavam eles, “paz na Terra, boa vontade para com os homens.” Lucas 2:14. Oh! que hoje a família humana reconhecesse este cântico! A declaração então feita, a nota ferida então, o tom iniciado, hão de avolumar-se e estender-se até ao fim do tempo, e ressoar até aos confins da Terra. É glória a Deus, é paz na Terra, é boa vontade aos homens. Quando surgir o Sol da justiça, com salvação debaixo das asas, o hino então iniciado nas colinas de Belém ressoará pela voz de grande multidão, como a voz de muitas águas, dizendo: “Aleluia: pois já o Senhor Deus Todo-poderoso reina.” Apocalipse 19:6. ME1 250.2

Por Sua obediência a todos os mandamentos de Deus, Cristo operou a redenção do homem. Não fez isso transferindo-Se para outro, mas tomando em Si a humanidade. Assim Cristo deu à humanidade uma existência provinda dEle mesmo. Levar a humanidade a Cristo, levar a raça caída à unidade com a divindade, tal é a obra da redenção. Cristo tomou a natureza humana a fim de que pudessem os homens ser um com Ele, como Ele é um com o Pai, a fim de que Deus possa amar ao homem como ama Seu Filho unigênito, e os homens possam ser participantes da natureza divina, e ser completos nEle. ME1 250.3

O Espírito Santo, que procede do unigênito Filho de Deus, une o instrumento humano — corpo, alma e espírito — à perfeita natureza divino-humana de Cristo. Esta união é representada pela união da videira e seus ramos. O homem finito une-se à varonilidade de Cristo. Por meio da fé a natureza humana assimila a natureza de Cristo. Somos feitos um com Deus em Cristo. ME1 251.1