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Enfrentando a tentação

Quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, levou-O o Espírito de Deus. Ele não convidou a tentação. Foi ao deserto para ficar a sós, para contemplar Sua missão e obra. Mediante jejum e oração devia Ele fortalecer-Se para a vereda manchada de sangue, que teria de palmilhar. Como deveria Ele começar Sua obra de libertar os cativos mantidos em tormentos pelo destruidor? No decorrer de Seu longo jejum foi-Lhe exposto todo o plano de Sua obra como libertador do homem. ME1 227.2

Quando Jesus penetrou no deserto, foi envolto pela glória do Pai. Absorto na comunhão com Deus, foi elevado acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e foi Ele deixado a lutar com a tentação. Esta o premia a todo momento. Sua natureza humana tremia ante o conflito que O aguardava. Por quarenta dias jejuou e orou. Enfraquecido pela fome, exausto e conturbado pela agonia mental, “Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens”. Isaías 52:14. Era agora a oportunidade de Satanás. Agora supunha ele poder vencer a Cristo. ME1 227.3

Veio ter com o Salvador, como em resposta a Suas orações, alguém disfarçado em anjo de luz, e eis a mensagem por ele trazida: “Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.” Mateus 4:3. ME1 228.1

Jesus resistiu a Satanás com as palavras: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” Mateus 4:4. Em toda tentação a arma de Sua milícia era a Palavra de Deus. Satanás exigiu de Cristo um milagre como sinal de Sua divindade. Mas isso que é maior que todos os milagres, a firme confiança em um “assim diz o Senhor” era um sinal que não podia ser controvertido. Enquanto Cristo Se ativesse a essa posição, o tentador não poderia alcançar vantagem alguma. ME1 228.2

A familiaridade com a Palavra de Deus é nossa única esperança. Os que observam diligentemente as Escrituras não aceitarão os enganos de Satanás como a verdade de Deus. Ninguém precisa ser vencido pelas especulações apresentadas pelo inimigo de Deus e de Cristo. Não devemos especular acerca de pontos sobre os quais silencia a Palavra de Deus. Tudo que é necessário para nossa salvação é dado na Palavra de Deus. Dia a dia, devemos tornar a Bíblia o nosso conselheiro. ME1 228.3

Por toda a eternidade, esteve Cristo unido ao Pai, e quando assumiu a natureza humana, era ainda um com Deus. É Ele o elo que une a Deus a humanidade. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas.” Hebreus 2:14. Por meio dEle, unicamente, podemos tornar-nos filhos de Deus. A todo que crê nEle, dá Ele poder para tornar-se filho de Deus. Assim o coração se torna o templo do Deus vivo. É porque Cristo tomou a natureza humana, que os homens e mulheres se tornam participantes da natureza divina. Ele traz à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho. ME1 228.4