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Seção 5 — Cristo e as doutrinas

Capítulo 26 — A lei perfeita

A lei de Deus, como é apresentada nas Escrituras, é ampla em suas reivindicações. Cada um de seus princípios é santo, justo e bom. A lei coloca os homens sob obrigação a Deus; alcança os pensamentos e a sensibilidade; e produzirá convicção de pecado em todo aquele que tenha ciência de ter transgredido suas reivindicações. Se a lei alcançasse apenas a conduta exterior, os homens não seriam culpados em seus maus pensamentos, desejos e desígnios. Mas a lei requer que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e a sensibilidade estejam de acordo com a norma de amor e justiça. ME1 211.1

Em Seus ensinos, Cristo mostrou de quão vasto alcance são os princípios da lei pronunciada do Sinai. Fez Ele uma aplicação viva dessa lei cujos princípios permanecem para sempre a grande norma de justiça — norma pela qual todos serão julgados naquele grande dia em que se assentar o juízo e os livros forem abertos. Veio Ele para cumprir toda a justiça e, como cabeça da humanidade, mostrar ao homem que ele pode fazer a mesma obra, satisfazendo a todas as especificações dos reclamos de Deus. Pela medida da graça que Ele concede ao instrumento humano, ninguém precisa perder o Céu. A perfeição de caráter é alcançável por todo aquele que nela se empenha. Isto é a própria base do novo concerto evangélico. A lei de Jeová é a árvore; o evangelho são as perfumosas flores e os frutos que ela produz. ME1 211.2

Quando o Espírito de Deus revela ao homem o pleno sentido da lei, realiza-se em seu coração uma mudança. O fiel quadro de seu verdadeiro estado, pelo profeta Natã, revelou a Davi os seus pecados, ajudando-o a removê-los. Aceitou humildemente o conselho e humilhou-se perante Deus. “A lei do Senhor”, disse ele, “é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o Teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o Teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível, e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” Salmos 19:7-14. ME1 212.1