Jesus, Meu Modelo

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O arrependimento autêntico, 9 de Dezembro

Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Atos 2:37-38. JMM 350.1

Como pode alguém ser justo diante de Deus? Como pode o pecador ser justificado? É unicamente por meio de Cristo que podemos ser postos em harmonia com Deus, com a santidade; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos fazem hoje a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecostes, quando, convencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?” Atos 2:37. A primeira palavra da resposta de Pedro foi: “Arrependei-vos”. Atos 2:38. Pouco tempo depois, em uma outra ocasião, ele disse: “Arrependei-vos [...] e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados”. Atos 3:19. JMM 350.2

O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em nós uma mudança real da vida. JMM 350.3

Muitos há que não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Multidões de pessoas se entristecem pelos seus pecados, efetuando mesmo exteriormente uma reforma, porque receiam que seu mau procedimento lhes traga sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o sentido que lhe dá a Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio pecado. Tal foi a tristeza de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito da primogenitura. [...] JMM 350.4

Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: “Pequei, traindo sangue inocente”. Mateus 27:4. A confissão foi arrancada de sua alma culpada, por uma horrível consciência de condenação e temerosa expectação do juízo. As conseqüências que o aguardavam enchiam-no de terror; mas não houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. [...] Todos esses lamentaram as conseqüências do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado. JMM 350.5

Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. [...] O pecador [...] vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; [e] anseia por ser purificado e reintegrado na comunhão do Céu. — Caminho a Cristo, 23-24. JMM 350.6