Refletindo a Cristo

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A lei divina de amor perdoador, 27 de Fevereiro

Amai a vossos inimigos. Mateus 5:44. RC 64.1

A lição do Salvador: “Não resistais ao mal” (Mateus 5:39), era dura de ouvir para os vingativos judeus. ... Jesus fez então uma declaração ainda mais forte: ... RC 64.2

“Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos Céus.” Mateus 5:44-45. RC 64.3

Tal era o espírito da lei que os rabis tão mal haviam interpretado como um frio e rígido código de cobranças. Consideravam-se melhores que os outros homens, e como com direito ao especial favor de Deus em virtude de seu nascimento israelita; mas Jesus indicou o espírito de amor perdoador como aquele que evidenciaria serem atuados por motivos mais elevados do que os mesmos publicanos e pecadores a quem eles desprezavam. RC 64.4

Ele encaminhou Seus ouvintes ao Governador do Universo, sob a nova designação: Pai Nosso. Queria que compreendessem quão ternamente o coração de Deus por eles anelava. Ensinou... “como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem”. Salmos 103:13. Tal concepção de Deus não foi jamais dada ao mundo por qualquer religião senão a da Bíblia. O paganismo ensina os homens a olharem para o Ser Supremo como objeto de temor em vez de amor — uma divindade maligna a ser apaziguada por sacrifícios, e não um Pai derramando sobre Seus filhos o dom do Seu amor. Mesmo o povo de Israel se tornara tão cego ao precioso ensino dos profetas acerca de Deus, que esta revelação de Seu paternal amor era coisa original, uma nova dádiva ao mundo. ... RC 64.5

Todas as boas coisas que possuímos, todo raio de Sol e toda chuva, todo bocado de pão, todo momento de vida, é um dom de amor. RC 64.6

Enquanto éramos ainda destituídos de amor e do que nos fizesse amáveis no caráter, “odiosos, odiando-nos uns aos outros” (Tito 3:3), nosso Pai celestial teve misericórdia de nós. ... RC 64.7

Os filhos de Deus são os que partilham de Sua natureza. Não é a posição terrena, nem o nascimento, nem a nacionalidade, nem os privilégios religiosos, o que prova ser membro da família de Deus; é o amor, um amor que envolve toda a humanidade. Mesmo os pecadores cujo coração não se ache inteiramente cerrado ao Espírito de Deus, corresponderão à bondade; conquanto devolvam ódio por ódio, darão também amor por amor. É, porém, unicamente o Espírito de Deus que dá amor em troca de ódio. Ser bondoso para o ingrato e o mau, fazer o bem sem esperar retribuição, é a insígnia da realeza celeste, o sinal certo pelo qual os filhos do Altíssimo revelam sua elevada condição. — O Maior Discurso de Cristo, 73-75. RC 64.8