Refletindo a Cristo

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A relação íntima entre a carne e o espírito, 10 de Maio

Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. Gálatas 6:8. RC 136.1

As mais baixas paixões têm sua sede no corpo e por seu intermédio operam. As palavras “carne” ou “carnal” ou ainda “concupiscência da carne” envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. — O Lar Adventista, 127-128. RC 136.2

A estrita submissão aos requisitos divinos é benéfica à saúde do corpo e da mente. Para alcançar o mais elevado padrão de moral e realizações intelectuais, é preciso buscar sabedoria e força de Deus, bem como observar estrita temperança em todos os hábitos de vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros temos um exemplo de triunfo dos princípios sobre as tentações em condescender com o apetite. Ela nos mostra que através dos princípios religiosos os jovens podem triunfar sobre as paixões da carne e permanecer fiéis aos mandamentos divinos, ainda que isto lhes custe muito sacrifício. ... RC 136.3

Devemos tomar em consideração as palavras do apóstolo, nas quais ele apela aos seus irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresentem seu corpo “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Romanos 12:1. Isto é verdadeira santificação. Não é meramente uma teoria, uma emoção, ou uma forma de palavras, mas um princípio vivo e ativo que faz parte da vida diária. Ele requer que nossos hábitos de comer, de beber, e de vestir sejam de modo a assegurar a preservação da saúde física, mental e moral, a fim de que possamos apresentar ao Senhor nosso corpo... como um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. ... RC 136.4

Existe uma afinidade íntima entre a natureza física e moral. ... Onde quer que estejam, os que são realmente santificados elevarão o padrão moral através da preservação de hábitos físicos corretos, e como Daniel, apresentarão aos outros um exemplo de temperança e abnegação. Todo apetite depravado se torna uma paixão guerreira. Tudo que se opõe à lei natural cria uma condição doentia para a pessoa. ... RC 136.5

Com que cuidado não deveriam os cristãos ordenar seus hábitos, a fim de poderem preservar o pleno vigor de cada faculdade a ser utilizada para o serviço de Cristo. — The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. RC 136.6