Refletindo a Cristo

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Obediência às leis da natureza, 7 de Maio

Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se. Daniel 1:8. RC 133.1

Podemos não ter uma compreensão correta do assunto da temperança enquanto não a analisarmos do ponto de vista bíblico. E em nenhum lugar encontraremos uma ilustração mais compreensível e convincente da verdadeira temperança e suas conseqüentes bênçãos do que a que é propiciada pela história do profeta Daniel e seus companheiros na corte de Babilônia. ... RC 133.2

Não fora o seu orgulho ou ambição que trouxera estes jovens à corte do rei, à convivência com aqueles que não conheciam nem temiam o verdadeiro Deus. Eles eram cativos numa terra estranha, e a sabedoria divina é que os colocara no lugar em que estavam. Analisaram sua condição, com suas dificuldades e perigos; e então, no temor de Deus, tomaram sua decisão. Mesmo correndo o risco de desagradar o rei, eles seriam fiéis à religião de seus pais. Obedeciam à lei divina, tanto a natural como a moral, e a bênção de Deus lhes deu força e graça, bem como capacidade intelectual. RC 133.3

Estes jovens haviam recebido uma educação correta cedo na vida; e agora, separados das influências do lar e do companheirismo religioso, eles honraram os instrutores de sua infância. Seus hábitos de abnegação estavam aliados a seriedade de propósito, diligência e firmeza. Eles não tinham tempo a perder em prazeres, vaidades e extravagâncias. Não eram movidos por orgulho ou ambições indignas; mas procuravam portar-se com dignidade, a fim de honrar o seu povo oprimido e glorificar Aquele a quem serviam. RC 133.4

Deus sempre honra os justos. Os jovens mais promissores de cada terra subjugada pelo grande conquistador, haviam sido ajuntados em Babilônia; no entanto, em meio a todos eles, os cativos hebreus eram sem igual. A postura ereta, o passo firme e elegante, o semblante sereno, demonstrando ter o sangue livre de impurezas, os sentidos imperturbados, o hálito puro — eram todos atestados de bons hábitos, e insígnias da grandeza com a qual a natureza honra aqueles que são obedientes às suas leis. E quando suas aptidões e capacidade foram testadas pelo rei, ao final de três anos de preparo, “entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias”. Daniel 1:19. Sua aguda percepção, sua linguagem escolhida e precisa, seu conhecimento extenso e variado, testificaram do extraordinário vigor e força de suas faculdades mentais. RC 133.5

A história de Daniel e seus companheiros foi registrada nas páginas da Palavra inspirada para o bem de todos os jovens de todas as épocas posteriores. ... Os jovens de hoje podem dar um testemunho semelhante, mesmo sob circunstâncias igualmente desfavoráveis. — Signs of the Times, 11 de Fevereiro de 1886. RC 133.6