Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio

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Seção 1 — Casamento

Capítulo 1 — Fatos e princípios importantes

O desígnio original de Deus — Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. “Venerado... seja o matrimônio” (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão levou consigo para além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. — Patriarcas e Profetas, 46. TCS 13.1

Aprovado por Deus hoje* — Não existe pecado inerente ao comer e beber, casar-se ou dar-se em casamento. Era legal casar nos dias de Noé, assim como o é hoje, contanto que aquilo que é legal seja conduzido de modo adequado, e não levado a excessos pecaminosos. — The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. TCS 13.2

Em relação ao casamento, eu diria: Leiam a Palavra de Deus. Mesmo neste tempo, os últimos dias da história do mundo, o casamento ocorre entre os adventistas do sétimo dia. ... TCS 14.1

Como povo, jamais proibimos o casamento, exceto nos casos em que existiam razões óbvias para crer que ele levaria à infelicidade de ambas as partes. Mesmo assim, apenas orientamos e aconselhamos. — Carta 60, 1900. TCS 14.2

Preparação para o céu — Lembrem-se de que o lar da Terra deve ser o símbolo e o preparo para o do Céu. — A Ciência do Bom Viver, 363. TCS 14.3

Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam. — O Lar Adventista, 102. TCS 14.4

União vitalícia — O casamento, união vitalícia, é símbolo da união entre Cristo e Sua igreja. — Testemunhos para a Igreja 7:46. TCS 14.5

Na mente juvenil, o casamento se acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar. TCS 14.6

Cada compromisso matrimonial deve ser cuidadosamente considerado, pois o casamento é um passo que se dá por toda a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida enquanto ambos viverem. — O Lar Adventista, 340. TCS 14.7

De um elevado ponto de vista — Aqueles que professam ser cristãos não devem ingressar na relação matrimonial antes que o assunto tenha, com oração, sido cuidadosamente considerado de um elevado ponto de vista, para ver se Deus pode ser glorificado pela união. Devem então os pretendentes considerar devidamente os resultados de cada privilégio da relação matrimonial, e o princípio santificado deve ser a base de todas as ações. — The Review and Herald, 19 de Setembro de 1899. TCS 15.1

Estudem cuidadosamente para ver se sua vida matrimonial há de ser feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Façam as perguntas: Esta união me ajudará na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossigam, no temor de Deus. — Fundamentos da Educação Cristã, 104, 105. TCS 15.2

Tudo em nome do Senhor Jesus — Aquele que está a ponto de desposar uma moça, deve parar para considerar com franqueza por que está dando tal passo. Será a esposa a sua ajudadora, sua companheira, sua igual, ou a tratará ele de tal forma que ela não consiga fazer coisa alguma para a glória de Deus? Ele se aventurará a dar rédeas soltas a suas paixões, vendo até que ponto é capaz de sobrecarregar a esposa sem extinguir-lhe a vida, ou considerará ele o significado das palavras: “Tudo que fizerem, em palavras ou ações, façam-no em nome do Senhor Jesus”? — Manuscrito 152, 1899. TCS 15.3

Necessidade de cuidadoso preparo — Antes de assumir as responsabilidades que o casamento envolve, devem os jovens ter na vida prática uma experiência que os prepare para os deveres e encargos do mesmo. Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como seja a do casamento, e tão vasta em seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas. — A Ciência do Bom Viver, 358. TCS 15.4

Querida Emma,* não há pessoa que eu poderia abrigar tão ternamente em meu coração quanto você. Ainda assim eu a aconselho... a... agir cautelosamente, a ponderar cada passo. Você está tomando decisões que perdurarão. Portanto, não se precipite. Não se deixe envolver inteiramente por este único assunto, o casamento. — Carta 7, 1869. TCS 16.1

Consulta a Deus — As palavras de Cristo devem ser sempre mantidas na mente: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. ... Casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca... quando veio o dilúvio e os levou a todos.” Mateus 24:37-39. Hoje observamos a mesma obsessão no tocante ao casamento. Jovens, e mesmo homens e mulheres, que devem ser sábios e possuir discernimento, agem no tocante a esta questão como que enfeitiçados. Parece que um poder satânico se apodera deles. O assunto todo-absorvente é o namoro e o casamento. São constituídos casamentos os mais imprudentes. Deus não é consultado. Sentimentos, desejos e paixões humanos fazem desaparecer tudo o mais diante deles, até que a sorte esteja lançada. Indescritível miséria é o resultado de tal estado de coisas, e Deus é desonrado. O leito conjugal não é santificado ou santo. Porventura não ocorrerá uma decidida mudança no tocante a este importante assunto? — Carta 84, 1888. TCS 16.2

Unicamente com crentes — A esposa de Ló foi mulher egoísta, irreligiosa, e sua influência exerceu-se no sentido de separar de Abraão o seu marido. Se não fosse por causa dela, Ló não teria permanecido em Sodoma, privado do conselho do patriarca sábio e temente a Deus. A influência de sua esposa e as relações entretidas naquela ímpia cidade, tê-lo-iam levado a apostatar de Deus, não fora a instrução fiel que cedo recebera de Abraão. O casamento de Ló e sua escolha de Sodoma como residência foram os primeiros elos em uma cadeia de acontecimentos repletos de males para o mundo durante muitas gerações. TCS 17.1

Pessoa alguma que tema a Deus, pode, sem perigo, ligar-se a outra que O não tema. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Amós 3:3. A felicidade e prosperidade da relação matrimonial dependem da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir dois senhores, entre os quais não pode haver acordo. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um companheiro ou companheira incrédula terá uma tendência para afastar de Deus. ... Mas o casamento de cristãos com ímpios é proibido na Bíblia. A instrução do Senhor é: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis.” 2 Coríntios 6:14. — Patriarcas e Profetas, 174, 175. TCS 17.2

Que não sejam formados laços não santificados entre os filhos de Deus e os amigos do mundo. Que não haja casamentos entre crentes e descrentes. Tome o povo de Deus uma firme posição em favor da verdade e da justiça. — The Review and Herald, 31 de Julho de 1894. TCS 17.3

Grande cuidado deve ser tomado pelos jovens cristãos na formação de amizades e na escolha de companheiros. Estejam atentos, para não ocorrer que aquilo que agora vocês pensam ser ouro puro venha a revelar-se metal barato. Associações mundanas tendem a colocar obstruções no caminho do serviço a Deus, e muitos são prejudicados por causa de uniões infelizes, tanto comerciais quanto conjugais, com aqueles que jamais serão capazes de elevar ou enobrecer alguém. O povo de Deus jamais deve aventurar-se em terreno proibido. O casamento entre crentes e descrentes é proibido por Deus. Com muita freqüência, entretanto, os corações não convertidos seguem os próprios desejos, formando-se casamentos não sancionados por Deus. Em virtude disto, muitos homens e mulheres se encontram sem “esperança e sem Deus no mundo”. Efésios 2:12. Suas nobres aspirações estão mortas; por meio de uma cadeia de circunstâncias, encontram-se presos na rede de Satanás. — The Review and Herald, 1° de Fevereiro de 1906. TCS 17.4

Os reclamos de Deus em primeiro lugar — Mesmo que o companheiro de sua escolha fosse em todos os outros aspectos digno (o que, porém, ele não é), no entanto, ele não aceitou a verdade para este tempo; é um descrente, e você está proibida pelo Céu de unir-se a ele. Você não pode, sem perigo para sua alma, desconsiderar esta ordem divina. ... Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Será capaz de suportar tão terríveis desvantagens ao travar a luta pela vida eterna? TCS 18.1

Talvez você diga: “Mas dei minha palavra, deverei agora voltar atrás?” Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrate-se sem demora, e em humildade perante Deus arrependa-se da imprudência que a levou a assumir tão precipitadamente um compromisso. É muito melhor desistir de tal promessa, no temor de Deus, do que mantê-la e deste modo desonrar a seu Criador. — Testemunhos para a Igreja 5:364, 365. TCS 18.2

Em Sua Palavra o Senhor instruiu claramente Seu povo a não se unir com aqueles que não andam em Seu amor e temor. Tais companhias dificilmente se sentirão satisfeitas com o amor e respeito que seriam seu direito. Estarão constantemente procurando obter do marido ou da esposa temente a Deus, algum favor que envolverá desconsideração pelos requisitos divinos. Para um homem cristão, e para a igreja à qual ele pertence, uma esposa ou amiga mundana assemelha-se a um espia no acampamento, que estará espreitando toda e qualquer oportunidade para trair o servo de Cristo e expô-lo aos ataques do inimigo. TCS 18.3

Satanás está procurando constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, ao induzi-lo a entrar em aliança com aqueles que pertencem ao exército das trevas. — Signs of the Times, 6 de Outubro de 1881. TCS 19.1