Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio
Capítulo 30 — Assistentes de Ellen White
A W. F. C., em 6 de setembro de 1895* — Esta manhã, quando voltei do terreno da escola, vi o seu cavalo amarrado à árvore em frente à barraca de Fannie Y. Depois de alguns momentos fui à barraca. Uma mulher de Newcastle e Jessie Israel estavam visitando Fannie. Você estava sentado, datilografando. Por que você não levou a máquina à barraca-refeitório? Que impressão pode uma tal atitude causar sobre a mente da jovem que visitava a escola? A impressão causada não deve ter sido favorável. TCS 206.2
Sua liberdade com mulheres jovens é inadequada, mas tudo lhe parece tão natural e comum, que você nada vê de errado nisso. A Palavra de Deus lhe tem mostrado que é necessário que se abstenha da própria aparência do mal; mas qual a sua atitude? Você é um homem casado, com esposa e dois filhos, os quais deixou na América, e este fato deveria ser suficiente, sem necessidade de qualquer outra lembrança, para levar você ao cultivo da sobriedade e cuidado no relacionamento com outras pessoas. ... Escrevo-lhe isto porque você está enganando Fannie, e evidentemente ela se encontra completamente cega e envaidecida. ... TCS 207.1
Ao estar em companhia de Fannie com tanta freqüência como você o fez em Melbourne, não apenas foi aparência do mal, mas o próprio mal. Você apreciou isso, mas devia ter possuído discernimento para entender que, mediante sua conduta, estava encorajando outros a seguirem o mesmo caminho. TCS 207.2
Estou indo agora para a Tasmânia, mas você e Fannie permanecerão em Avondale. Durante minha ausência, vocês se sentirão inclinados a permanecerem juntos com mais liberdade, pois não estarei presente para inibi-los. Temo que você venha a desonrar a verdade devido a suas familiaridades. Protesto decididamente contra isto. Mantenha-se longe da barraca de Fannie, pois de outra forma criar-se-á um escândalo. — Carta 17, 1895. TCS 207.3
A W. F. C., por volta de setembro de 1895 — Tenho recebido pouquíssimo auxílio de Fannie por muitos meses, não porque ela seja incapaz de trabalhar, mas porque ao associar-se com você, ela tem tido uma experiência que a incapacitou a realizar qualquer coisa em meu trabalho. ... TCS 207.4
Sinto-me muito aborrecida com outro assunto, que é o fato de você visitar Fannie em sua barraca. Já decidi que vocês dois não podem trabalhar juntos. Você é casado, pai de duas crianças. Se sua esposa tivesse se divorciado de você, nem isso o deixaria livre para casar-se outra vez, segundo leio em minha Bíblia. ... TCS 207.5
Antes de partir, preciso estabelecer algumas regras. Não existe motivo para W. F. C. ir à barraca de Fannie. Ela não tem estado em condições de trabalhar por algum tempo. Sua ligação a você é em boa medida a causa disto. Sei que as coisas são assim, pelo que lhe digo: Mantenha-se longe da barraca de Fannie. Quando eu estiver ausente, vocês talvez sintam que terão uma ótima oportunidade de se manterem em contato sempre que possível; deste modo, não posso partir sem adverti-lo e incumbi-lo de cuidar de si mesmo. Não quero que qualquer desonra sobrevenha a mim ou a esta comunidade em virtude de práticas ou hábitos descuidados, imprudentes. — Carta 19, 1896. TCS 208.1
A Fannie Y, 23 de novembro de 1895 — Tenho estado a considerar o seu caso em conexão com W. F. C., e não tenho outro conselho senão aquele que já apresentei. Considero que você não tem o direito moral de casar-se com W. F. C., assim como ele não tem o direito moral de casar-se com você. Ele deixou a esposa depois de provocá-la grandemente. Deixou aquela a quem prometeu, diante de Deus, amar e proteger enquanto ambos vivessem. Antes mesmo de ela obter o divórcio, quando ainda era sua esposa legal, ele a deixou por três anos, e então a abandonou no coração, declarando amor a você. O assunto foi discutido amplamente entre você e um homem casado, enquanto ele se achava legalmente vinculado à mulher com quem se casara, e que dele tivera dois filhos. TCS 208.2
Não vejo a menor partícula de tolerância nas Escrituras em conceder a qualquer de vocês dois o direito de casarem, embora a esposa dele esteja divorciada. A partir da provocação dele para com ela, foi em grande medida a atitude dele que ocasionou tal resultado, e não consigo ver sob qualquer luz favorável a idéia de ter ele o direito legal de unir os interesses dele com os seus, ou de você ligar os seus aos dele. Uma coisa é certa: Não poderei associar-me a nenhum de vocês se este passo for tomado, pois da maneira como vejo o assunto, as Escrituras condenariam sua união. Portanto, desejo que vocês dois compreendam que, conforme a luz que Deus me tem concedida a respeito do passado e do presente, não poderia eu pensar em empregar qualquer um de vocês se este passo for tomado. TCS 208.3
Sinto-me perplexa de que por um momento você tenha pensado em tal coisa, depositando suas afeições num homem casado, que deixou a esposa e filhos sob as circunstâncias em que o fez. Aconselho-a a colocar seus pensamentos e planos relativos a este assunto, exatamente como são, nas mãos de nossos irmãos de responsabilidade, para obter deles conselho e permitir que lhe mostrem pela lei de Deus o erro que você cometeu. Vocês dois quebraram a lei com o simples pensamento de que poderiam unir-se em casamento. Você deveria haver repelido tal idéia diante da primeira sugestão. — Carta 14, 1895. TCS 209.1
A James Edson White, 9 de dezembro de 1895 — ... Mas, ai, que dor de coração, pois outras coisas estavam se desenvolvendo e se tornando manifestas, as quais se constituíram um pesado fardo para mim. Foi a intimidade entre W. F. C. e [Fannie]. Apresentei a ambos todos os perigos, mas eles os rejeitaram. Contudo, na reunião de Melbourne, Fannie reconheceu que amava W. F. C., e que ele a amava. Tentei apresentar o assunto a ambos sob sua verdadeira luz. W. F. C. tinha uma esposa viva. Recentemente ela obteve o divórcio. Ele a havia deixado e se afastado por três anos. Mas Fannie me disse que estivera a orar para que, se fosse correto eles se casarem, que a esposa de W. F. C. obtivesse o divórcio. Quanta cegueira pode ocorrer aos que começam se desviando da conduta correta! Estes dois pensaram que poderiam unir-se em casamento e permanecer unidos trabalhando para mim. A administração de todo o meu trabalho ficaria sob responsabilidade dele. De modo nenhum, eu lhes disse. Tal passo os separaria de mim para sempre — a ambos — pois W. F. C. não tinha o direito moral [de casar-se]. — Carta 123a, 1895. TCS 209.2
A W. F. C., 9 de abril de 1896 — Sinto-me grandemente perturbada quando revejo o passado, à medida que os assuntos são colocados diante de mim pelo Espírito de Deus. Tenho uma decisiva mensagem a lhe apresentar, irmão C. Nenhuma luz especial a respeito de você e sua família me fora concedida até dois anos atrás. Foi-me então mostrado que a atitude por você demonstrada no seu lar não era cristã. Iniciou sua vida de casado aceitando um falso sábado, e navegando sob cores falsas. Contudo, uma esposa obtida ao você vender os princípios da verdade, não lhe poderia trazer paz ou felicidade. Deus foi desonrado por sua conduta neste assunto, e a Sua verdade lançada ao pó. TCS 210.1
Quando você abdicou do sábado em favor de sua esposa, ela regozijou-se de que obtivera a vitória, e também Satanás se regozijou. Entretanto, ao aceitar ela um homem disposto a vender seu Senhor em favor dela, não era capaz de contemplá-lo e honrá-lo como uma esposa devia fazer com o marido. Ao casar-se com você sob tais circunstâncias, não foi capaz de distinguir entre o amor de origem celestial e o amor mundano, não de origem divina. Um homem capaz de sacrificar o amor ao Pai celestial em favor de uma esposa, também é capaz de vender a esposa em favor de outra mulher. Esse tipo de amor é egoísta; é terreno, e jamais será capaz de suportar o teste da provação. TCS 210.2
O Senhor não emenda as leis de Seu governo, as leis que controlam Seus súditos, tanto neste mundo quanto no universo celestial. As leis naturais precisam ser obedecidas. Você, porém, estava tão determinado a obter a esposa, que derrubou todas as barreiras e transgrediu a lei de Deus, abrindo mão do sábado; você tem estado a colher tão-somente aquilo que plantou. TCS 210.3
Depois de casar-se, você tornou a aceitar o sábado. Este teria sido o passo correto se você o tivesse tomado com sinceridade e no temor de Deus. Disse Cristo [João 14:21 e 23 foi citado]. TCS 211.1
Ocorre que você conseguiu sua esposa sob uma promessa que mais tarde quebrou. Pagou um preço muito elevado por ela, e ao quebrar a sua palavra ofereceu a ela toda razão para ser tentada. Foi assim que Satanás obteve toda oportunidade para enganá-la, apresentando a ela este assunto na própria luz dele. Você sacrificou a verdade e vendeu sua lealdade a Deus a fim de obter uma esposa, e depois que você voltou a observar o sábado, sua conduta em relação a ela foi muito diferente do que havia sido. Deveria ter-lhe demonstrado toda a ternura, longanimidade e amor manifestados antes do casamento. Tal, porém, não ocorreu. Você não seguiu um procedimento capaz de manter o amor dela. Não consigo depositar minha confiança em você como cristão e, diante da atual situação, eu não seria capaz de dar meu consentimento para que você se tornasse membro de qualquer igreja. TCS 211.2
Você imaginou que, uma vez casado, poderia proceder como bem lhe parecesse. Isto amargurou sua vida de casado, e sua esposa teve todas as razões do mundo para recusar-se a deixar o seu lar e acompanhá-lo a este país. Sua aceitação de pontos de vista fanáticos em nada o favoreceu, antes deu a sua esposa a oportunidade de fortalecer-se contra os princípios da verdade. TCS 211.3
Por anos você tem estado distante de seu lar. Abandoná-lo da forma como o fez, causou dano a sua família. Você me disse que jamais se humilharia a ponto de retornar, jamais. Ocorre que o Senhor apresentou este assunto diante de mim. Sei que você não estará limpo à vista de Deus até que empreenda todo esforço a seu alcance no sentido de reconciliar-se com sua esposa. Você tem uma obra a realizar em favor de sua família, a qual não pode ficar sem ser feita. Isso eu lhe disse em Setembro último. Qualquer que tenha sido a posição assumida por sua esposa, qualquer que tenha sido o grau de leviandade e descuido por ela adotado, isso não o isenta de agir como pai em relação a seus filhos. Você deveria regressar a sua casa e empreender tudo a seu alcance a fim de reparar a brecha que você, um professo crente na verdade, provocou muito mais do que sua esposa. TCS 211.4
Ao entregar o seu amor a outra mulher, mesmo após sua esposa obter o divórcio, você transgrediu o sétimo mandamento. Mas você fez pior do que isto. Amou outra mulher antes de obter o divórcio da esposa, e disse a alguém: “Quão duro é estar vinculado a uma mulher à qual não amo, quando existe outra que amo, sim, até mesmo a terra sobre a qual ela pisa.” TCS 212.1
Seu procedimento, enquanto em minha família, não foi aberto e franco. O relacionamento entre você e a pessoa a quem entregou as suas afeições foi conduzido sob falsidade e engano. Sob falsas pretensões, planos secretos foram levados avante. O Senhor expôs estes assuntos perante mim e eu tentei modificar a ordem das coisas, mas minha opressão de alma foi considerada por você e outros como nada. Naquela oportunidade você estava administrando estudos bíblicos e desempenhando parte importante no trabalho da igreja. Minha opinião e conselho não foram solicitados no tocante a essa importante decisão. Se tivessem sido, teriam poupado muita dor que se seguiu. TCS 212.2
Quando lhe falei acerca da liberdade que você sentia em companhia de moças, e lhe disse que não poderia tê-lo fazendo parte de minha família quando fosse para a Tasmânia, sua resposta foi que sempre havia sido sociável com as moças, e que jamais pensara que isso pudesse representar qualquer mal. Eu lhe disse que sabia existir mal nessa atitude de liberdade, e que não me sentiria justificada ao deixá-lo junto com minha família enquanto estivesse ausente. TCS 212.3
Quando lhe disse que você não poderia permanecer junto com os meus, sua resposta foi que, após haver acertado suas contas, o que demandaria cerca de uma semana, você poderia ir embora. Mas este assunto se arrastou, ou foi negligenciado, até cerca de duas semanas antes de nosso retorno da Tasmânia; e depois, em julho, fomos para Cooranbong. TCS 213.1
Este assunto não pode continuar assim. Não devo prosseguir sendo vista como alguém que está privando você de seu lar e sua família. Foi um erro, penso, haver alguma vez acolhido você no seio de minha família. Pensei que isso o ajudaria, mas não posso permitir que outros imaginem que o considero um homem digno de empenhar-se na sagrada obra que o Senhor me confiou. Não posso permitir que o assunto fique assim, pois isso me coloca em situação difícil. TCS 213.2
Não posso dar a idéia de estar justificando sua conduta na vida matrimonial. O fato de haver você deixado a esposa e filhos constitui uma ofensa a Deus, e preciso apresentar este assunto tal qual é, diante do presidente de sua Associação, o irmão Williams. Sempre tive a esperança de que ao você se dar conta de seus enganos, sentiria aquele arrependimento do qual não é necessário arrepender-se. Entretanto, minha experiência em Armadale, e a responsabilidade que foi colocada sobre mim ali, muito me fizeram sofrer; os assuntos relativos à sua vida passada foram mais amplamente expostos diante de mim. ... Você imaginou que receberia as credenciais de ministro do evangelho; mas, houvessem estas lhe sido concedidas, teria sido lançada desonra sobre a causa de Deus. Você tem apresentado a si mesmo como vítima, mas foi sua esposa a maior vítima. Ela jamais deveria ter sido tratada do modo como você a tratou. Você lidou de tal forma com os seus pequeninos, que sua esposa não poderia fazer outra coisa senão separar-se de você. Ela teve o coração quebrantado, esmagado, e quase chegou à loucura em virtude de sua forma opressiva e dominadora de disciplinar os filhos. TCS 213.3
Depois de desistir de Fannie, você dedicou suas afeições a outra mulher. Isso demonstra exatamente o que você faria se as oportunidades lhe aparecessem. Deu atenção a garotas, conquistando assim o amor das mesmas, pois quando você assim o deseja, suas maneiras são muito bondosas e atraentes. Enquanto tais fatos passaram diante de mim, senti indignação. Não posso guardar silêncio acerca destas coisas, e não o guardarei. Decidi que você deverá ser exposto como um homem sem princípios. Suas idéias acerca do que deve ser um cristão encontram-se em tal desarmonia com os princípios expostos na Palavra de Deus, que nenhuma responsabilidade relacionada com a causa de Deus deve ser-lhe atribuída. — Carta 18, 1896. TCS 213.4
Ao pastor I. N. Williams, presidente da Associação da Pensilvânia (a Associação de origem de W. F. C.), 12 de abril de 1896 — Temos sofrido grande preocupação mental em relação ao irmão W. F. C., que espera retornar à América com o navio deste mês. Ele tem demonstrado grande predileção pela companhia de garotas, e manifestado grande alegria, comportando-se como um garoto. Há cerca de um ano, por sugestão de meu filho, W. C. White, empreguei-o para operar a máquina de escrever enquanto Fannie Y lhe ditava os manuscritos. Logo, porém, senti-me preocupada. Advertências me foram dadas vez após outra. Falei-lhe acerca de sua frívola conduta e da liberdade e satisfação que ele sentia na companhia de moças, mas ele respondeu que sempre havia sido sociável com as garotas e que não via mal nisso. TCS 214.1
Quisemos ajudá-lo, pois não possuía dinheiro e suas roupas eram muito pobres. Possui boas habilidades, e poderia haver-se tornado um competente auxiliar para W. C. [White] ou um de meus auxiliares. Mas não arrisquei conservá-lo como membro de minha família. TCS 214.2
Ele se vinculou a Fannie Y e o assunto foi conduzido de maneira enganosa, antes que ele soubesse que sua esposa havia obtido o divórcio. Quando recebeu esta notícia, pareceu sentir-se grandemente aliviado, já que seu coração se encontrava totalmente afastado dela. Entretanto, o Senhor me concedeu luz quanto a este assunto. Considero que ele deve ser responsabilizado muito mais que a esposa, em vista do fato de que alega crer na verdade sagrada, e ela não faz tal profissão. Ele não foi um esposo bondoso e amável; não foi paciente e tolerante, mas muito crítico e arrogante sempre que a esposa o desagradava em qualquer aspecto. Não consigo ver como a esposa, em contato com o temperamento e disposição dele, poderia de alguma forma sentir-se atraída à verdade. Ela se opôs a ele e lhe tornou difíceis as coisas, mas não mais difíceis do que ele as tornou para ela, mediante sua conduta. Não enfrentou serenamente a oposição, como deveria fazê-lo um cristão. Agiu mal quando abandonou o lar, a esposa e os filhos. Poucos meses atrás, fui informada de que ele nada fez para mantê-los. TCS 214.3
Segundo as coisas me foram apresentadas, foi uma questão muito séria o haver ele centralizado suas afeições em outra mulher quando a esposa estava viva — aquela a quem prometera amar e cuidar enquanto ambos vivessem. Por que abandonou ele o lar por tanto tempo, representava um mistério para todos nós, até que recentemente recebi iluminação divina a tal respeito. TCS 215.1
Ele é capaz de apresentar-se muito atraente, ganhando a confiança e favor das garotas, mas quando zangado, revela tal temperamento e disposição que, a menos que chegue a modificá-los, nenhuma mulher, crente ou incrédula, será capaz de viver pacificamente com ele. É capaz de seguir uma conduta que torna miserável a vida de qualquer mulher. Ele é um comilão intemperante, e por isso tem tão pouca paciência. TCS 215.2
Senti que chegara o tempo em que eu não mais poderia empregá-lo para cuidar de meus trabalhos, pois continuei recebendo advertências do Senhor a respeito de sua conduta. TCS 215.3
Escreverei mais a respeito disso, se necessário. Por bondade, escreva-me, apresentando os fatos relativos à família [dele] aí, tanto quanto sejam de seu conhecimento. Ajude W. C. White, se lhe for possível, a consertar as coisas e a remover a desonra da causa de Deus. Mesmo que a esposa já se encontre casada, talvez ele possa fazer algo em favor dos filhos. — Carta 104, 1896. TCS 216.1
Ao irmão e irmã G. C. Tenney, 1 de julho de 1897 — A questão entre Fannie Y e o irmão W. F. C. começou na reunião campal de Melbourne [janeiro de 1894]. Ali ela se enamorou de um homem casado, com dois filhos. Negava terminantemente que existisse qualquer afeição entre ela e o irmão C. Ela esteve diante de mim na minha barraca e declarou nada haver referente aos rumores. Durante o ano que se seguiu, ela não me foi de utilidade alguma, apenas uma carga morta, pesada. ... TCS 216.2
Tivemos este namoro entre Fannie e W. F. C. durante toda a reunião campal de Armadale. Conversei separadamente com ambos, e lhes disse que o Senhor tinha uma contenda com eles. Ambos negaram que houvesse qualquer coisa especial entre eles. Mas eu sabia das coisas; ainda assim, o Senhor me ajudou a trabalhar durante a reunião campal. Imediatamente antes do encerramento da reunião, Fannie veio a mim, dizendo: “Ó, irmã White, venho a você como se fosse minha mãe. Certamente eu amo o irmão C de todo o meu coração, e meu coração se encontra partido. Três vezes este copo de amargura me foi apresentado, e então afastado.” A moça prosseguiu: “Orei para que, se fosse correto casarmos, sua esposa conseguisse divorciar-se dele, e não se passaram muitas semanas até que ela conseguisse o divórcio. Não lhe parece que o Senhor atendeu minha oração?” Não ousei falar-lhe naquele momento, pois no mesmo dia deveria apresentar-me diante de uma grande congregação. Se a irmã Prescott estiver em Battle Creek, será capaz de prover-lhes os detalhes. TCS 216.3
Bem, desde esse tempo me separei de Fannie, pensando jamais voltar a ter contato com ela. Entretanto, pouco depois, Fannie se encontrava em Sydney e me escreveu outra confissão. Era meu pensamento que não deveria trazê-la de volta, mas o Espírito do Senhor repousou sobre mim e me disse: “Dê-lhe uma nova oportunidade.” Decidi então que veria Fannie e lhe diria que estava disposta a readmiti-la. Foi o que fiz, e ela permaneceu comigo várias semanas, embora incapaz de trabalhar; ela decidiu então que voltaria ao lar de sua mãe, ao que eu lhe disse que ela poderia sentir-se livre em fazê-lo. — Carta 114, 1897. TCS 217.1