Testemunhos para a Igreja 4
Capítulo 28 — Simpatia pelos que erram
Estimado irmão A:
Levantei-me cedo para escrever-lhe. Luz adicional me foi dada ultimamente, pela qual sou responsável. Duas vezes enquanto nesse Estado o Senhor Se revelou a mim. Enquanto pleiteava com Ele à noite, foram-me mostradas em visão muitas coisas relacionadas à causa de Deus. Foi-me apresentado o estado de coisas na igreja, no colégio, no hospital e nas casas publicadoras localizadas em Battle Creek, e a obra de Deus na Europa, na Inglaterra, em Oregon e Texas, e em outros novos campos. Há premente necessidade de que o trabalho em novos campos comece da maneira correta e traga o cunho divino. Muitos nesses novos campos estarão em perigo de aceitar a verdade ou com ela concordar, que não têm uma genuína conversão de coração. Quando provados pela tormenta e tempestade, descobrir-se-á que sua casa não foi edificada sobre a rocha, mas sobre areia movediça. O pastor deve possuir religião prática e desenvolvê-la em sua vida diária e caráter. Seus sermões não devem ser exclusivamente teóricos. T4 321.1
Foram-me mostradas algumas coisas desfavoráveis à prosperidade da causa da verdade no Texas. O irmão B e seus familiares ainda não têm sido uma bênção ou ajuda para a causa de Deus em lugar algum. Foi-me mostrado anteriormente que a influência deles não tem sido um aroma suave. Não podem edificar a causa de Deus, por que não possuem em si os elementos que os tornem capazes de exercer uma influência salutar do lado de Deus e da verdade. Se vocês tivessem tido a mente de Deus, não teriam sido tão destituídos de discernimento, especialmente após terem sido fielmente advertidos por aqueles em quem deviam ter tido confiança. Palavras suaves e discursos bonitos os enganaram. Esses irmãos não são todos iguais, mas todos têm caráter imperfeito. Pela constante vigilância sobre si mesmos, e zelosa oração a Deus em fé, podem ter êxito em manter o eu em seu lugar correto. Através de Jesus Cristo podem ser transformados em caráter, e obter aptidão moral para encontrar o Senhor quando vier; mas Deus não colocará qualquer responsabilidade importante sobre eles, pois assim as almas estariam expostas ao perigo. Esses homens não estão aptos a conduzir o rebanho de Deus. Exatamente quando suas palavras deviam ser poucas e bem escolhidas, modestas e despretensiosas, seus traços naturais de caráter são entremeados em tudo quanto fazem e dizem, e a obra de Deus é maculada. T4 321.2
Você e o irmão C não têm tido verdadeiro discernimento. Tiveram demasiada confiança na habilidade desses homens. Um navio pode parecer ótimo em quase todo aspecto; mas se há um defeito — um pedaço de madeira carcomida por vermes — a vida de todos a bordo estará em perigo. Quase todos os elos de uma corrente podem ser bons; mas um elo defeituoso destruirá o seu valor. Indivíduos que possuem excelentes qualidades podem ter assinalados traços de caráter que os desqualificam para ser encarregados da solene e sagrada obra de Deus. Mas esses homens são deficientes em quase tudo que se refere ao caráter cristão. Seu exemplo não é digno de imitação. T4 322.1
Você precisa que muito seja feito em seu favor, meu irmão, antes que seus esforços sejam o que deveriam e poderiam ser. Seu entendimento tem sido obscurecido. Simpatia e união com aqueles cujo caráter foi lançado num molde inferior, não o elevarão nem o enobrecerão, mas enferrujarão e corroerão a sua mente e prejudicarão a sua utilidade e o afastarão de Deus. Você é de natureza impulsiva. Encargos da vida doméstica e da causa não recaem pesadamente sobre você; e a menos que esteja constantemente sobre a influência refinadora do Espírito de Deus, estará em perigo de tornar-se rude em suas maneiras. A fim de corretamente representar o caráter de Cristo na grande obra em que está empenhado, você precisa ser mais espiritual e manter mais íntima comunhão com Deus. Os seus próprios pensamentos devem ser elevados, seu coração santificado, a fim de que sejam coobreiro com Jesus Cristo. “Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor.” Isaías 52:11. T4 322.2
A obra de Deus no Texas estaria em mais elevada posição hoje se os irmãos B não tivessem ligação com ela. Eu poderia citar razões mais particulares por que isto se dá, mas não o farei nesta ocasião. É suficiente dizer que esses homens não são corretos para com Deus. Sentindo-se auto-suficientes e competentes para quase qualquer chamado, eles não empreenderam esforços para corrigir os traços objetáveis de caráter que lhes foram transmitidos como herança, mas que por meio de educação, cultura e treinamento, poderiam ter sido vencidos. Fizeram algumas melhorias nesse sentido; mas se forem pesados na balança, seriam ainda achados em falta. T4 323.1
A Palavra de Deus tem abundância de princípios gerais para a formação de corretos hábitos de vida, e os testemunhos, gerais e pessoais, têm sido planejados para chamar sua atenção de modo mais especial para esses princípios; tudo isso, porém, não tem causado impressão suficiente sobre seu coração e mente para levá-los a perceber a necessidade de decidida reforma. Se tivessem corretas opiniões a respeito de si mesmos em contraste com o Modelo perfeito, cultivariam aquela fé que atua por amor e purifica a alma. Esses irmãos, exceto AB, são naturalmente arbitrários, ditatoriais e auto-suficientes. Não consideram os outros melhores do que eles próprios. São invejosos e ciumentos de qualquer membro da igreja, que, julgam, será mais estimado do que eles. Professam ser conscienciosos; mas coam um mosquito e engolem um camelo em seu trato com seus irmãos, que, temem, serão considerados superiores a eles. Apegam-se a coisas pequenas e falam sobre particularidades, dando sua própria interpretação a palavras e atos. Isto é particularmente verdade acerca de dois desses irmãos. T4 323.2
Esses homens, especialmente AB, são oradores desembaraçados e fluentes. Sua maneira suave de relatar as coisas tem tal aparência de honestidade e genuíno interesse pela causa de Deus, que tendem a enganar e obscurecer a mente de quem os ouve. Meu coração dói de tristeza enquanto escrevo, porque sei da influência dessa família onde quer que seja sentida. Não planejei falar com respeito a essas pessoas novamente; mas a solene exposição desses assuntos perante mim me compele a escrever uma vez mais. Se os ministros da Palavra que professam estar relacionados com Deus não podem discernir a influência de tais homens, são desqualificados para se apresentarem como instrutores da verdade de Deus. Se essas pessoas somente mantivessem sua apropriada posição, e nunca tentassem ensinar ou liderar, eu ficaria em silêncio; mas quando vejo que a causa de Deus está em perigo de sofrer, não posso mais ficar quieta. T4 323.3
Não deve ser permitido que esses irmãos se fixem todos num lugar e formem a liderança na igreja. Eles têm falta de afeição natural. Não manifestam simpatia, amor e sentimento refinado uns para com os outros, mas se envolvem em inveja, ciúmes, queixas e contendas entre si. Sua consciência não é sensível. O amor, gentileza e mansidão de Cristo não ajudam a compor a experiência deles. Não permita Deus que tal elemento exista na igreja. A menos que essas pessoas sejam convertidas, não podem ver o reino do Céu. É muito mais compatível ao seus sentimentos estarem destruindo, apanhando faltas e procurando falhas e defeitos em outros, do que em lavar as próprias vestes de caráter da contaminação do pecado, tornando-as brancas no sangue do Cordeiro. T4 324.1
Chego agora à parte mais penosa desta história, a que se refere ao irmão D. O Senhor levou-me a analisar uma investigação em que você e o irmão C participavam em grande medida. Deus foi ofendido por ambos. Vi e ouvi o que me causou grande dor e desapontamento. Tal conduta irracional e ímpia como foi seguida nessa investigação era exatamente o que se poderia esperar do irmão B; mas minha maior surpresa e dor foi que homens tais como o irmão C e você tivessem parte ativa nessa vergonhosa investigação unilateral. T4 324.2
Ao irmão C, que atuou como advogado para questionar e trazer à mais forte luz as minúcias, eu diria: Eu não aceitaria tal trabalho como minha responsabilidade nem por toda a riqueza do mundo. Você foi simplesmente enganado e iludido por um estranho espírito que não devia ter qualquer valor, nem receber respeito algum. Inveja, ciúmes, vãs suspeitas e disputas duvidosas fizeram um carnaval nessa ocasião. T4 324.3
Você pode me julgar demasiado severa, mas não posso ser mais severa do que o caso merece. Pensaram todos vocês, quando condenaram os inocentes, que Deus estava inteiramente de acordo com isso? A condição posterior do irmão D foi o resultado da posição tomada por você naquela ocasião. Se você tivesse revelado justiça e simpatia, ele estaria hoje onde sua influência se identificaria ao lado da verdade sob o poder que um espírito manso e tranqüilo exerce. O irmão D não era um orador fluente, e as palavras suaves e discursos bonitos de AB, proferidos com aparente vivacidade e pureza, exerceram efeito. O pobre homem sem visão devia ter sido considerado com piedade e ternura; mas, em vez disso, foi colocado sob a pior luz possível. Deus viu, e não considerará nenhum de vocês inocente por terem parte na injusta investigação. Irmão A, não lhe parecerá então tão divertido como quando esteve sentado em julgamento contra um irmão cego. Você deve aprender uma lição dessa experiência; ou seja, fechar os ouvidos àqueles que o convenceram contra aqueles a quem Deus gostaria que você apoiasse e fortalecesse, e de quem se compadecesse. T4 325.1
Você e o irmão C não puderam ver os defeitos do irmão B, nem discernir os traços opostos de caráter do irmão D. Mas a sua influência, santificada pelo Espírito de Deus falaria sobre a causa de Deus com poder dez vezes maior do que o do irmão B. Você, irmão D, causou muito prejuízo; e aconselho que se arrependa de seu erro tão prontamente quanto o cometeu. Em nome do Mestre, apelo-lhe a que se desvincule de influências humanas e feche os ouvidos a boatos e astuciosos. Que nenhuma pessoa coloque um testemunho em sua boca; mas permita que Deus, em vez de seres humanos não consagrados no lar e fora dele, lhe dê uma responsabilidade em Sua causa. T4 325.2
O irmão C precisa do suavizante e refinador Espírito de Deus no coração. Precisa exercitá-lo em seu lar. “O amor seja não fingido.” Romanos 12:9. Que o espírito arbitrário, ditatorial e censurador, juntamente com toda a maldade, sejam removidos de seu lar. O mesmo espírito arrogante, censurador, será transferido à igreja. Se seus sentimentos forem um pouco suavizados no presente momento, ele atuará de maneira mais bondosa; mas se ocorrer o oposto, agirá de acordo com isso. Ele não tem exercido domínio próprio e autodisciplina. Onde o irmão D tem um defeito, seus juízes e aqueles que o condenaram têm dez. T4 325.3
Irmão A, por que não tomou plenamente o partido do oprimido? Por que você não resolveu essa questão? Por que não ergueu sua voz, como fez seu Salvador e disse: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra.” João 8:7. Você cometeu um terrível erro, que pode resultar na perda de algumas almas, não obstante tê-lo feito ignorantemente. Se uma palavra de ternura e genuína piedade tivesse sido expressa por você ao irmão D, ela teria sido registrada em sua conta no Céu. Você não teve, porém, mais percepção da obra que estava fazendo para o tempo e a eternidade do que aqueles que condenaram a Cristo; e você julgou e condenou o seu Salvador na pessoa de Seu santo. “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” Mateus 25:40. A hipocrisia sempre encontrou a mais severa reprovação de Jesus; ao passo que os verdadeiros pecadores que vieram a Ele em sincero arrependimento foram recebidos, perdoados e confortados. T4 326.1
Você pensou que o irmão D poderia ser levado a crer que o errado era certo e o certo era errado, simplesmente porque seus irmãos queriam que ele assim cresse? Ele estava doente e nervoso. Tudo lhe parecia escuro e incerto. Sua confiança em você e no irmão C tinha desaparecido, e com quem ele devia contar? Ele foi censurado por uma coisa e depois por outra, até que se tornou confuso, distraído e desesperado. Aqueles que o levaram a essa condição cometeram o maior pecado. T4 326.2
Onde estava a compaixão, mesmo sobre o pretexto de solidariedade humana? Os mundanos, via de regra, não teriam sido tão descuidosos, tão isentos de misericórdia e cortesia; eles teriam exercido mais compaixão para com um homem levando em conta sua própria enfermidade, considerando-o merecedor da mais terna atenção e amor fraternal. Ali, entretanto, estava um homem cego, um irmão em Cristo, e vários de seus irmãos estavam sentados como juízes acerca do caso dele. T4 326.3
Mais de uma vez no decorrer do julgamento, enquanto um irmão estava sendo caçado como um coelho para morte, você irrompia em gargalhada. Ali estava sentado o irmão C, naturalmente tão bondoso e compassivo que censurou seus irmãos por sua crueldade em matar a presa para benefício próprio; no entanto, ali estava um pobre cego de valor tão superior às aves, como o homem formado à imagem de Deus o é em relação às criaturas irracionais sob Seu cuidado. “Coais um mosquito e engolis um camelo” (Mateus 23:24) teria sido o veredicto dAquele que falou como jamais alguém falou, tivesse Sua voz sido ouvida na assembléia de vocês. T4 327.1
Aquele que teve tão terna compaixão pelos pássaros, poderia ter exercido uma compaixão digna de louvor e amor por Cristo na pessoa de Seu afligido santo. Vocês, porém, agiram como homens de olhos vendados. O irmão B habilmente apresentou um agradável discurso. O irmão D não era um orador tão fluente. Seus pensamentos não podiam ser revestidos em linguagem que formulasse um argumento, e estava por demais surpreso para tirar melhor proveito da situação. Seus irmãos, críticos e rudes, tornaram-se advogados e colocaram o homem cego em grande desvantagem. Deus viu e assinalou as transações daquele dia. Esses homens, peritos em obscurecer as coisas e obter vantagem, aparentemente triunfaram, enquanto o irmão cego, mal interpretado e prejudicado, sentia que tudo estava se afundando sob seus pés. Sua confiança naqueles em quem havia acreditado serem representantes de Cristo foi terrivelmente abalada. O choque moral que recebeu quase resultou em sua ruína, tanto espiritual como física. Todos que haviam se empenhado nesse trabalho deviam sentir o mais profundo remorso e arrependimento diante de Deus. T4 327.2
O irmão D cometeu um erro em submergir sob essa carga de reprovação e crítica desmerecida, que deveria ter caído sobre outras cabeças. Ele amou a causa de Deus com integridade de alma. Deus demonstrou o Seu cuidado pelo cego, dando-lhe prosperidade; mas mesmo isso foi usado contra ele por seus invejosos irmãos. Deus tem colocado no coração dos descrentes o serem bondosos e misericordiosos para com ele por ser um homem cego. O irmão D tem sido um cavalheiro cristão, e tem feito até os seus inimigos mundanos viverem em paz com ele. Deus tem sido para ele um Pai bondoso, e tem suavizado o seu caminho. Ele devia ter sido veraz ao seu conhecimento da verdade, e servido a Deus com singeleza de coração, a despeito de censura, inveja e falsas acusações. Foi a posição que você tomou, irmão A, que foi o golpe de misericórdia no irmão D. Mas ele não devia deixar de manter-se apegado a Deus, conquanto os pastores e o povo assumissem uma conduta em que ele não podia ver justiça. Se estivesse firmado na Rocha Eterna, ele teria permanecido firme ao princípio, e a todo custo defendido sua fé e a verdade. Oh, que necessidade há de o irmão D apegar-se mais intimamente ao Braço que é poderoso para salvar! T4 327.3
Todo valor e grandeza desta vida se relaciona com o Céu e a vida futura, imortal. O eterno braço de Deus envolve a alma que se volta para Ele em busca de ajuda, por mais fraca que seja essa alma. As coisas preciosas das colinas perecerão; mas a alma que vive para Deus, insensível à censura, não pervertida pelo aplauso, habitará para sempre com Ele. A cidade de Deus abrirá os seus portões dourados para receber aquele que aprendeu enquanto viveu na Terra a depender de Deus para receber orientação e sabedoria, conforto e esperança em meio à perda e aflição. Os cânticos dos anjos o recepcionarão ali, e para ele a árvore da vida produzirá os seus frutos. T4 328.1
O irmão D falhou onde deveria ter sido vitorioso. Mas o piedoso olhar de Deus está sobre ele. Conquanto a compaixão do homem possa falhar, ainda assim Deus ama e Se compadece e estende Sua mão ajudadora. Se ele for submisso, manso, de coração humilde, ainda erguerá a cabeça e firmará os pés firmemente sobre a Rocha dos Séculos. “As montanhas se desviarão e os outeiros tremerão; mas a Minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da Minha paz não mudará, diz o Senhor, que Se compadece de ti.” Isaías 54:10. T4 328.2
Nenhum de nós tem desculpa sobre qualquer forma de julgamento, por deixar o nosso apego a Deus desfazer-se. Ele é a nossa fonte de força, nossa fortaleza em toda prova. Quando clamarmos a Ele por ajuda, Sua mão será estendida poderosamente para salvar. O irmão D devia ter sentido que, tendo a Deus por seu pai, podia esperar e regozijar-se, embora todo amigo humano dele se esquecesse. Apelo-lhe para não roubar a Deus de seu serviço porque o homem frágil o tem julgado errado, mas apressar-se e consagrar-se a Deus e servi-Lo com todas as faculdades de seu ser. Deus o ama, e ele ama a Deus; e suas obras devem estar em harmonia com a sua fé, seja qual for a conduta que os homens possam ter para com ele. Os seus inimigos podem apontar a sua posição presente como evidência de que estavam certos no julgamento que fizeram dele. A conduta do irmão D foi apressada e sem a devida consideração. Sua alma tem-se angustiado, e julga que a ferida foi muito profunda para ser restaurada. Aqueles que o perseguiram tão incansavelmente têm estado na vida e no caráter longe de serem inocentes. Se Deus tivesse tratado os seus caminhos tortuosos e caráter imperfeito como eles trataram com o irmão D, teriam perecido há muito tempo. Mas um Deus compassivo os tem suportado, e Ele não os trata de acordo com os seus pecados. T4 328.3
Deus tem sido verdadeiro para o irmão D, e ele devia corresponder a Seus tratos misericordiosos, não obstante o homem ter revelado tão pouca ternura e sentimentos de solidariedade humana. É privilégio do irmão D ocultar-se em Cristo da contenda das palavras e sentir que fontes inexauríveis de gratidão, contentamento e paz lhe estão abertas e acessíveis a todo o momento. Se ele tivesse ilimitados tesouros terrestres, não seria tão rico como pode agora ser no privilégio de estar do lado do certo e de beber plenamente das fontes de salvação. T4 329.1
O que Deus não tem feito pelo irmão D ao dar-lhe Seu Filho para morrer por ele? E com Ele não dará livremente todas as coisas? Por que deve ser infiel a Deus em razão de os homens terem sido infiéis a ele? O amor que liga o coração da mãe ao seu aflito filho é mais forte do que a morte, contudo Deus declara que ainda que uma mãe possa esquecer-se de seu filho, “Eu, todavia, Me não esquecerei de ti”. Isaías 49:15. Não; nenhuma única alma que coloca sua confiança nEle será esquecida. Deus pensa em Seus filhos com a mais terna solicitude, e mantém um memorial escrito diante dEle, para que jamais possa esquecer-Se dos filhos sob Seus cuidados. T4 329.2
Rompem-se às vezes vínculos humanos,
Entre amigos se vê deslealdade,
A mãe, por vezes, não anima os seus,
Céu e terra hão de passar;
Porém mudança alguma
Ocorre no infinito amor de Deus.
T4 330.1
O irmão e a irmã D poderiam ter sido de preciosa ajuda à igreja em levá-la a uma posição de melhor entendimento, se a igreja tivesse aceitado os seus esforços. Mas inveja, vãs suspeitas e ciúme os afastaram da igreja. Se tivessem deixado as cenas de seu julgamento mais cedo do que o fizeram, teria sido melhor para eles. T4 330.2
Salem, Oregon
8 de Julho de 1878