Testemunhos para a Igreja 4
Visita a Oregon
Domingo, 10 de Junho, o dia em que devíamos partir para Oregon, eu estava prostrada com problemas no coração. Meus amigos acharam que seria quase um atrevimento eu tomar o navio; mas pensei que poderia descansar uma vez que chegasse a bordo. Planejei escrever muito durante a viagem. T4 286.3
Em companhia de uma amiga e do Pastor J. N. Loughborough, deixei São Francisco na tarde do dia 10, no vapor Oregon. O Capitão Conner, que tinha o encargo desse esplêndido navio, foi muito atencioso para com seus passageiros. Ao passarmos pelo Golden Gate entrando em mar aberto, as águas estavam muito agitadas. O vento era contra nós e o navio era açoitado assustadoramente, enquanto o oceano se tornava furioso por causa do vento. Observei o céu nublado, as ondas ruidosas subindo como montanhas elevadas e as gotículas de água refletindo as cores do arco-íris. A visão era tremendamente grandiosa, e enchi-me de reverência enquanto contemplava os mistérios do mar. Ele é terrível em sua ira. Há uma tremenda beleza no elevar de suas orgulhosas e ruidosas ondas, e então o desabar em soluços queixosos. Pude ver a manifestação do poder de Deus nos movimentos das águas agitadas, frementes sob a ação dos ventos implacáveis, que lançavam as ondas em grande altitude como se em convulsões de agonia. T4 287.1
Estávamos num lindo navio, arrojado à mercê das ondas continuamente agitadas, contudo um poder invisível mantinha firme mão sobre as águas. Deus somente tem poder para mantê-las dentro de seus designados limites. Ele pode suster as águas como na palma de Sua mão. O mar obedecerá à voz de seu Criador: “Até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas.” Jó 38:11. Que assunto para reflexão era o vasto e grandioso Oceano Pacífico! Em aparência era o próprio oposto de pacífico; era loucura e fúria. Ao examinarmos superficialmente a água, nada parece tão tremendamente incontrolável, tão inteiramente sem lei ou ordem, como o grande mar. Mas a lei de Deus é obedecida pelo oceano. Ele equilibra as águas, e assinala o seu leito. Ao contemplar os céus acima e as águas abaixo, indaguei: “Onde estou? Para onde estou indo? Nada mais do que águas ilimitadas me rodeiam. Quantos assim embarcaram sobre as águas e nunca mais viram os verdes campos nem seu lar feliz! Caíram nas profundezas como um grão de areia, e assim findaram a existência.” T4 287.2
Ao contemplar os estrondosos vagalhões espumejantes, lembrei-me daquela cena na vida de Cristo, quando os discípulos em obediência à ordem de seu Mestre entraram nos barcos para passar à outra extremidade do mar. Uma terrível tempestade desabou sobre eles. O barco deles não lhes obedecia à vontade, e foram levados de um lado para outro, até que em desespero depuseram os remos. Esperavam perecer ali; mas enquanto a tempestade e as ondas falavam de morte, Cristo, a quem haviam deixado do outro lado, apareceu-lhes, caminhando calmamente sobre as encapeladas ondas espumejantes. Eles haviam ficado desorientados por seus esforços inúteis e pela evidente desesperança de seu caso, dando tudo por perdido. Quando viram Jesus perante eles sobre a água, o seu temor aumentou; interpretaram aquilo como algum seguro precursor de sua morte imediata. Gritaram com grande medo. Mas em lugar de Sua aparência prenunciar a presença da morte, Ele veio como mensageiro da vida. Sua voz foi ouvida acima do rugir dos elementos: “Sou Eu; não temais.” Mateus 14:27. Quão rapidamente a cena agora mudou do horror de desespero para a alegria da fé e esperança na presença do amado Mestre! Os discípulos não sentiram mais ansiedade nem pavor da morte, pois Cristo estava com eles. T4 288.1
Recusaremos obediência à Fonte de todo poder, cuja ordem até o mar e as ondas obedecem? Temerei confiar-me à proteção dAquele que disse que nenhum pardal cai ao chão sem ser notado por nosso Pai celestial? T4 288.2
Quando quase todos haviam voltado para os seus camarotes, continuei no convés. O capitão providenciara para mim uma cadeira de vime para reclinar, e cobertores para servir-me como proteção contra o ar frio. Eu sabia que se fosse para o camarote, me sentiria mal. A noite caiu, as trevas cobriram o mar e as ondas arremessavam nosso navio de um lado para outro assustadoramente. Esse grande barco era apenas uma pequena lasca sobre as águas impiedosas; mas a embarcação era guardada e protegida em seu percurso por anjos celestiais, comissionados por Deus para cumprir Suas ordens. Não fosse por isso, poderíamos ter sido engolidos num instante, sem deixar qualquer indício daquele suntuoso navio. Mas o Deus que alimenta os corvos, que conta os cabelos de nossa cabeça, não nos esquecerá. T4 288.3
O capitão achou que estava demasiado frio para eu permanecer no convés. Eu lhe disse que no que dizia respeito a minha segurança, eu preferia permanecer ali toda a noite a ir para meu camarote, onde duas mulheres estavam com enjôo, e onde eu seria privada de ar puro. Ele disse: “A senhora não precisará voltar para seu camarote. Eu lhe providenciarei um bom lugar para dormir.” Ajudada pela camareira, fui levada a um salão superior, e um colchão de crina foi colocado sobre o assoalho. Embora isso fosse realizado no tempo mais rápido possível, fiquei muito doente. Deitei em meu colchão, e não me levantei dele até na manhã da quinta-feira seguinte. Durante esse tempo comi somente uma vez, umas poucas colheradas de caldo de carne e bolachas. T4 289.1
Durante aquela viagem de quatro dias, um ou outro ocasionalmente se aventurava a sair de seus quartos, pálidos, fracos, cambaleantes e seguiam para o convés. A infeliz condição estava registrada em cada semblante. A própria vida não parecia desejável. Todos ansiávamos pelo descanso que não podíamos encontrar, e ver algo que permanecesse no lugar. A importância pessoal não era então levada muito em conta. Aqui podemos aprender uma lição sobre a pequenez do ser humano. T4 289.2
Nossa viagem prosseguiu muito penosamente até que passamos a barra, e entramos no rio Columbia, que estava muito tranqüilo. Recebi ajuda para ir até o convés. Era uma linda manhã, e os passageiros apareceram no convés como um enxame de abelhas. A princípio era um grupo de aparência muito triste; mas o ar revigorante e o alegre brilho do sol, após o vento e a tempestade, logo despertaram alegria e contentamento. T4 289.3
A última noite em que estivemos no barco me senti muito grata a meu Pai celestial. Ali aprendi uma lição que nunca esquecerei. Deus havia falado ao meu coração através da tempestade, das ondas e da calmaria que se seguiu. E não O adoraremos? Colocará o homem a própria vontade contra a vontade de Deus? Seremos desobedientes aos mandamentos de um Soberano tão poderoso? Contenderemos com o Altíssimo, que é a fonte de todo o poder, e de cujo coração procedem infinito amor e bênçãos às criaturas sob Seu cuidado? T4 289.4
Minha visita a Oregon foi de especial interesse. Ali encontrei, após uma separação de quatro anos, meus queridos amigos, irmão e irmã Van Horn, que consideramos como nossos filhos. O irmão Van Horn não forneceu relatórios tão completos e favoráveis de seu trabalho como, por justa razão, devia ter feito. Fiquei um tanto surpresa e muito contente por encontrar a causa de Deus em condição tão próspera em Oregon. Por intermédio dos incansáveis esforços desses missionários fiéis, uma Associação de Adventistas do Sétimo Dia foi organizada, e também vários pastores enviados para trabalhar naquele amplo campo. T4 290.1
Terça-feira à noite, em 18 de Junho, encontrei um bom número de observadores do sábado nesse Estado. Meu coração foi suavizado pelo Espírito de Deus. Apresentei meu testemunho por Jesus, e expressei minha gratidão pelo grande privilégio que temos de confiar em Seu amor e reivindicar Seu poder para unir aos nossos esforços de salvar almas da perdição. Se quisermos ver a obra de Deus prosperar, devemos ter Cristo habitando em nós; em resumo, devemos praticar as obras de Cristo. Onde quer que olhemos, o campo está branco para a ceifa; mas os obreiros são tão poucos. Senti meu coração cheio da paz de Deus, e atraído em amor àquele querido povo com quem adorei pela primeira vez. T4 290.2
Domingo, 23 de Junho [1873], falei na igreja metodista de Salém [Oregon] sobre temperança. A assistência foi extraordinariamente boa, e senti-me à vontade ao apresentar este meu assunto favorito. Fui solicitada a falar outra vez no mesmo lugar no domingo após a reunião campal, mas fui impedida por encontrar-me rouca. Mas na noite da terça-feira seguinte, falei novamente nessa igreja. Recebi muitos convites para falar sobre temperança em várias cidades e vilas de Oregon, mas meu estado de saúde me impediu de atender a essas solicitações. O constante falar e a mudança de clima haviam me causado uma temporária mas severa rouquidão. T4 290.3
Começamos a campal com sentimentos de profundo interesse. O Senhor me deu força e graça enquanto me erguia perante o povo. Ao contemplar o inteligente auditório, meu coração foi quebrantado perante Deus. Essa era a primeira campal realizada por nosso povo nesse Estado. Tentei falar, mas minhas palavras foram interrompidas pelo choro. Estava me sentindo muito ansiosa a respeito de meu marido, por causa de sua precária saúde. Enquanto eu falava, uma reunião na igreja de Battle Creek surgiu de modo vívido em minha mente, e meu marido estava no centro, com a suave luz do Senhor repousando sobre ele e o circundando. Seu semblante apresentava sinais de saúde, e ele estava aparentemente muito feliz. T4 291.1
Tentei apresentar perante o povo a gratidão que devemos sentir pela terna compaixão e grande amor de Deus. Sua bondade e glória me impressionaram a mente de modo notável. Fui dominada pela percepção de Suas incomparáveis misericórdias, e da obra que Ele estava realizando, não somente em Oregon, Califórnia e Michigan, onde nossas importantes instituições estão localizadas, mas também em países estrangeiros. Não consigo reproduzir a outros a cena que me impressionou a mente de modo tão vívido naquela ocasião. Por um momento, a extensão da obra passou perante mim, e perdi de vista o que me circundava. A ocasião e o povo ao qual eu me estava dirigindo desapareceram da minha mente. A luz, a preciosa luz do Céu, estava brilhando em grande esplendor sobre aquelas instituições que estão empenhadas na solene e elevada obra de refletir os raios de luz que o Céu tem feito brilhar sobre elas. T4 291.2
Durante todo esse acampamento, o Senhor parecia muito próximo de mim. Quando ele terminou, eu estava excessivamente cansada, mas livre no Senhor. Foi uma ocasião de proveitoso esforço, e fortaleceu a igreja para prosseguir em sua luta pela verdade. Pouco antes da campal começar, no período noturno, muitas coisas me foram apresentadas em visão, mas me foi recomendado silêncio; eu não devia mencionar o assunto a ninguém naquela ocasião. Depois da reunião, no período da noite, tive outra notável manifestação do poder de Deus. T4 291.3
No domingo que se seguiu à campal, falei à tarde em praça pública. O amor de Deus estava em meu coração, e demorei-me sobre a simplicidade da religião evangélica. Meu próprio coração foi comovido e transbordava com o amor de Jesus, e ansiei apresentá-Lo de modo que todos pudessem se encantar com a beleza de Seu caráter. T4 292.1
Durante minha permanência em Oregon, visitei a prisão em Salém, em companhia do irmão e irmã Carter e da irmã Jordan. Quando chegou o momento para o culto, fomos conduzidos à capela, que se tornara alegre pela abundância de luz e ar fresco e puro. A um toque do sino, dois homens abriram os grandes portões de ferro, e os presos afluíram em grande número. As portas foram fechadas com segurança atrás deles, e pela primeira vez em minha vida me vi encerrada entre as paredes de uma prisão. T4 292.2
Esperava ver um grupo de homens de aparência repulsiva, mas me desapontei; muitos deles pareciam inteligentes, e alguns habilidosos. Estavam vestidos em uniformes rústicos mas limpos, o cabelo aparado e as botas escovadas. Ao contemplar as variadas fisionomias perante mim, pensei: “A cada um desses homens foram atribuídos talentos ou dons peculiares para serem empregados para a glória de Deus e o benefício do mundo; mas eles desprezaram esses dons do Céu, e abusaram deles e os aplicaram mal.” Ao contemplar jovens de dezoito a vinte ou trinta anos de idade, pensei em suas infelizes mães, e na dor e remorso que eram a sua amarga sorte. O coração de muitas dessas mães havia sido quebrantado pela ímpia conduta de seus filhos. Mas haviam elas cumprido o seu dever para com esses filhos? Não teriam elas permitido que seguissem as próprias inclinações e desejos, negligenciando ensinar-lhes os estatutos de Deus e Suas reivindicações sobre eles? T4 292.3
Quando todo o grupo estava reunido, o irmão Carter ensinou um hino. Todos tinham coletâneas e se uniram alegremente em cântico. Um deles, que era músico competente, tocou o órgão. Então iniciei a reunião com oração, e novamente todos se uniram em cântico. Falei acerca das palavras de João: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é.” 1 João 3:1, 2. T4 292.4
Exaltei perante eles o infinito sacrifício feito pelo Pai ao dar Seu amorável Filho pelos homens caídos, a fim de que pudessem, através da obediência, ser transformados, tornando-se reconhecidos filhos de Deus. A igreja e o mundo são chamados a contemplar e admirar um amor que, assim expresso, está além da compreensão humana, e que causa admiração aos próprios anjos do Céu. Esse amor é tão profundo, tão amplo, tão elevado, que o inspirado apóstolo, não podendo achar linguagem para descrevê-lo, apela à igreja e ao mundo para contemplá-lo — torná-lo terna de contemplação e admiração. T4 293.1
Apresentei perante os meus ouvintes o pecado de Adão na transgressão das expressas ordens do Pai. Deus fez o homem reto, perfeitamente santo e feliz; mas ele perdeu o favor divino e destruiu sua própria felicidade pela desobediência à lei do Pai. O pecado de Adão mergulhou o ser humano em miséria e desespero sem medida. Deus, porém, em Seu amor maravilhoso e piedoso, não deixou os homens a perecer sem esperança em sua condição caída. Ele ofereceu Seu amado Filho para a salvação deles. Cristo entrou no mundo, com Sua divindade revestida em humanidade; passou pela situação em que Adão caiu; suportou a prova que Adão deixou de suportar; venceu cada tentação de Satanás, e assim redimiu a vergonhosa falha e queda de Adão. T4 293.2
Referi-me, então, ao longo jejum de Cristo no deserto. O pecado de condescendência com o apetite e seu poder sobre a natureza humana nunca podem ser plenamente percebidos, exceto quando aquele longo jejum de Cristo, ao contender sozinho com o príncipe dos poderes das trevas, é estudado e entendido. A salvação do homem estava em jogo. Quem sairia vitorioso, Satanás ou o Redentor do mundo? É-nos impossível conceber com que intenso interesse os anjos de Deus assistiam à prova de seu amado Comandante. T4 293.3
Jesus foi tentado em todos os pontos em que nós o somos, para que soubesse como socorrer os que são tentados. Sua vida é nosso exemplo. Ele mostra, por Sua voluntária obediência, que o homem pode guardar a lei de Deus, e que é a transgressão da lei, não a obediência a ela, que leva à escravidão. O Salvador era pleno de compaixão e amor; Ele nunca desprezou aquele que é verdadeiramente penitente, embora grande seja a sua culpa; mas condenou severamente toda sorte de hipocrisia. Ele está familiarizado com os pecados dos homens, conhece todos os seus atos e lê seus motivos secretos; entretanto, não Se desvia deles em sua iniqüidade. Pleiteia e arrazoa com o pecador, e num sentido — o de ter Ele mesmo levado as fraquezas da humanidade — Se coloca no mesmo nível dele. “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.” Isaías 1:18. T4 294.1
O homem, que desfigurou a imagem de Deus em sua alma por uma vida corrupta, não pode mediante simples esforço efetuar radical mudança em si mesmo. Ele precisa aceitar as provisões do evangelho; tem de reconciliar-se com Deus através da obediência à Sua lei e fé em Jesus Cristo. Sua vida daí em diante precisa ser governada por um novo princípio. Mediante o arrependimento, fé e as boas obras, ele pode aperfeiçoar um caráter justo e reivindicar pelos méritos de Cristo os privilégios dos filhos de Deus. Os princípios da verdade divina, recebidos e acolhidos no coração, levar-nos-ão a uma altura de excelência moral que não imaginamos ser possível alcançar. “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro.” 1 João 3:2, 3. T4 294.2
Aqui está uma obra que o homem deve fazer. Ele precisa olhar-se no espelho, a lei de Deus, discernir os defeitos do seu caráter moral, e abandonar seus pecados, lavando a vestidura do caráter no sangue do Cordeiro. Inveja, orgulho, malícia, dolo, conflitos e crimes serão excluídos do coração que é um recipiente do amor de Cristo e que acalenta a esperança de ser como Ele, quando O veremos tal qual é. A religião de Cristo refina e dignifica o seu possuidor, não importa quais sejam suas associações ou estágio de vida. Homens que se tornam cristãos iluminados se erguem acima do nível de seu caráter anterior, passando a ter maior força moral e mental. Os caídos e degradados pelo pecado e o crime podem, mediante os méritos do Salvador, ser exaltados a uma posição apenas um pouco abaixo da dos anjos. T4 294.3
Mas a influência de uma esperança evangélica não levará o pecador a considerar a salvação de Cristo como questão de livre graça, enquanto ele continua a viver em transgressão da lei de Deus. Quando a luz da verdade raiar em sua mente, e ele compreender plenamente os reclamos de Deus e a extensão de sua transgressão, reformará os seus caminhos, tornar-se-á leal a Deus graças à força obtida de seu Salvador, e passará a levar uma vida nova e mais pura. T4 295.1
Enquanto em Salém, travei conhecimento com o irmão e a irmã Donaldson, os quais desejavam que sua filha retornasse a Battle Creek conosco, e freqüentasse o Colégio. A saúde dela era fraca, e foi difícil para eles a separação dela, a única filha; mas as vantagens espirituais que receberia os induziam a fazer o sacrifício. E estamos felizes em aqui declarar que, na recente campal em Battle Creek, essa querida filha foi sepultada com Cristo através do batismo. Aqui está outra prova da importância de os adventistas do sétimo dia enviarem seus filhos para nossas escolas, onde podem estar diretamente sob uma influência salvadora. T4 295.2
Nossa viagem saindo de Oregon foi penosa; porém, eu não estava tão doente como em minha viagem anterior. Esse barco, o “Idaho”, não era arremessado, mas inclinava-se de um lado para o outro. Fomos tratados muito bondosamente no navio. Fizemos muitas agradáveis amizades, e distribuímos nossas publicações a diferentes pessoas, o que conduzia a conversação proveitosa. Quando chegamos em Oakland, soubemos que a tenda estava armada ali, e que um bom número de pessoas havia abraçado a verdade sob os esforços do irmão Healey. Falamos várias vezes na tenda. No sábado e no domingo as igrejas de São Francisco e Oakland se uniram, e tivemos reuniões interessantes e proveitosas. T4 295.3
Eu estava muito ansiosa para assistir à campal na Califórnia; mas havia chamados urgentes para que eu assistisse às campais da região Leste. Como a condição das coisas no Leste me haviam sido apresentadas, sabia que tinha um testemunho a apresentar especialmente a nossos irmãos na Associação da Nova Inglaterra; e não podia me sentir na liberdade de demorar-me mais tempo na Califórnia. T4 296.1