Testemunhos para a Igreja 4

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Obstinação, não independência

Irmão G, será um trabalho penoso para você cultivar amor puro e altruísta e beneficência desinteressada. Não tem muita experiência em sujeitar suas opiniões e idéias, e às vezes renunciar ao próprio julgamento e ser guiado pelo conselho de outros. Irmão e irmã G, ambos precisam ter menos do eu e mais da graça de Deus. Ambos necessitam adquirir hábito de domínio próprio, para que os seus pensamentos possam ser levados em sujeição ao Espírito de Cristo. É da graça de Deus que precisam a fim de que os seus pensamentos possam ser disciplinados para fluírem no canal correto, de modo que as palavras que profiram possam ser palavras corretas, e suas paixões e apetites sujeitos ao controle da razão, e a língua refreada contra leviandade e não santificada censura e crítica. “Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.” Tiago 3:2. O maior triunfo que nos é dado pela religião de Cristo é o controle de nós mesmos. Nossas propensões naturais devem ser controladas, ou nunca poderemos vencer como Cristo venceu. T4 235.1

Há alguns entre os professos seguidores de Cristo que são dispépticos espirituais. São feitos inválidos por si mesmos, e sua debilidade espiritual é resultado direto das próprias falhas. Não obedecem às leis de Deus nem executam os princípios de Seus mandamentos. São indolentes em Sua causa e obra, nada realizando por si mesmos; mas quando julgam que vêem algo em que podem achar falta, então são ativos e zelosos. Um cristão que não trabalha não pode ser saudável. A doença espiritual é o resultado do dever negligenciado. Para que a fé de um homem seja forte, ele precisa muito de estar com Deus em oração particular. Como pode a benevolência de um homem ser-lhe uma bênção, se ele nunca a exercita? Como podemos pedir que Deus nos ajude na conversão de almas, a menos que estejamos fazendo tudo em nosso poder para levá-las ao conhecimento da verdade? Você acarretou sobre si uma debilidade que o tem tornado inútil para si mesmo e para a igreja; e o remédio é arrependimento, confissão e reforma. Você precisa de poder moral e o verdadeiro nutrimento da graça de Deus. Coisa alguma proporcionará tanto vigor a sua piedade como trabalhar para promover a causa que professa amar, em vez de estorvá-la. Não há senão um remédio verdadeiro para a indolência espiritual, e esse é trabalhar — trabalhar pelas almas que necessitam de seu auxílio. Em vez de fortalecer as almas, você tem estado desencorajando e enfraquecendo o coração e as mãos daqueles que desejam ver a causa de Deus avançar. T4 235.2

Deus lhe tem dado habilidades que podem ser usadas para uma boa causa, ou desperdiçá-las para seu próprio prejuízo e prejuízo de outros. Não percebeu as reivindicações que Deus tem sobre você. Devemos sempre ter em mente que estamos vivendo neste mundo para formar caráter para o vindouro. Todo relacionamento com nossos semelhantes mortais deve visar seu interesse eterno, bem como o nosso; mas se nossos encontros com eles são dedicados somente ao prazer e à própria satisfação egoísta, se somos levianos e frívolos, se nos comprometemos com atos errados, não somos coobreiros com Deus, mas estamos decididamente trabalhando contra Ele. A preciosa vida que Deus nos tem dado não deve ser moldada por parentes descrentes, de maneira a agradar a mente carnal, mas ser vivida de modo que Deus possa aprovar. T4 236.1

Se o irmão J possuísse o amor de Deus, seria um conduto de luz. Ele tem muito pouco poder moral, com forte tendência à incredulidade. Anjos celestiais se compadecem dele, pois ele está rodeado de trevas. Seus ouvidos ouvem palavras de incredulidade e escuridão quase continuamente. Ele tem dúvidas e questionamentos constantemente diante de si. A língua é um mundo de iniqüidade. “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Tiago 3:8. Se o irmão J se apegasse a Deus mais firmemente e sentisse que preservaria a sua integridade diante de Deus mesmo ao custo de sua vida, receberia força do Alto. Se permitir que sua fé seja afetada pelas trevas e incredulidade que o rodeiam — dúvidas, questionamentos e muita conversa — logo será só trevas, dúvida e incredulidade, e não terá luz ou força na verdade. T4 236.2

Ele não deve pensar que por buscar comprometer-se com seus amigos, que são endurecidos contra a nossa fé, tornará as coisas mais fáceis para si. Se permanecer com o único propósito de obedecer a Deus a qualquer custo, terá auxílio e força. Deus ama e Se compadece do irmão J. Conhece toda perplexidade, todo desânimo, toda palavra de amargura. Ele está familiarizado com tudo isso. Se o irmão J deixar de lado sua incredulidade e permanecer firme em Deus, sua fé será fortalecida pelo exercício. “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele.” Hebreus 10:38. T4 237.1

Vi os irmãos J e G em grande perigo de perder a vida eterna. Eles não viram que permaneciam diretamente no caminho do progresso da obra de Deus em _____. Quando a reunião campal foi realizada ali na primeira vez que estivemos nessa região costeira, centenas foram convencidos da verdade; mas Deus conhecia o material de que aquela igreja era composta. Se as almas viessem para a verdade, não havia ninguém para alimentá-las, acolhê-las e conduzi-las a uma vida elevada. O irmão I tinha um espírito invejoso e crítico. A menos que pudesse ser o primeiro, não faria nada. Ele se considerava muito acima do que Deus o considerava. Um homem de seu temperamento não irá, por muito tempo, estar em harmonia com qualquer um; pois é da sua natureza contender e postar-se em oposição a qualquer coisa que não se ajuste a suas idéias. O Senhor o deixou seguir sua conduta e manifestar que espírito possuía. O mesmo espírito que manifestava em sua família ele levou para a igreja, e procurou exercê-lo ali. Sua amargura e suas cruéis intrigas contra os servos de Deus estão escritas no livro. Ele novamente as enfrentará. Saiu dentre nós porque não era dos nossos. De modo algum deve a igreja encorajá-lo a unir-se a ela novamente; pois, com o espírito que tem agora, brigaria até com os anjos de Deus. Ele desejaria administrar e ditar a obra dos anjos. Tal espírito não pode entrar no Céu. T4 237.2

I e J, a quem Deus vê com desagrado, ousaram resistir aos servos de Deus, caluniá-los e imputar-lhes motivos maus. Tentaram destruir a confiança dos irmãos nesses obreiros, bem como nos Testemunhos. Se, todavia, a obra é de Deus, eles não podem derrotá-la. Seus esforços serão em vão. Irmão G, você estava em tão densas trevas que julgou que esses homens estavam certos. Repetiu suas palavras, e falou do “poder de um só homem”. Oh, quão pouco você sabia do que estava falando! T4 238.1

Alguns têm estado prontos para dizer algo, proferir qualquer acusação contra os servos de Deus e ser ciumentos e críticos. E se podem encontrar qualquer oportunidade em que, em seu zelo pela causa de Deus, julgam que os pastores falaram decididamente, e talvez severamente, têm estado dispostos a exagerar suas palavras, e sentem-se em liberdade de cultivar o espírito mais amargo e perverso, acusando os servos do Senhor de motivos errados. Que esses críticos perguntem o que teriam feito sob circunstâncias semelhantes, levando fardos semelhantes. Que olhem, pesquisem e condenem seu comportamento errado e exagerado, e a própria impaciência e impertinência; e quando estiverem sem pecado, então lancem a primeira pedra de censura sobre os irmãos que estão tentando colocá-los no rumo certo. Um Deus santo não conduzirá almas à verdade para estarem sob uma influência como tem existido na igreja. Nosso Pai celestial é sábio demais para conduzir almas à verdade a fim de serem moldadas pela influência desses homens cujo coração e vida não são consagrados. Esses homens não estão em harmonia com a verdade. Eles não estão em união com a corporação, mas afastando-se da igreja. Estão trabalhando com propósitos contrários aos daqueles a quem Deus está usando para conduzir almas à verdade. T4 238.2

Quem alimentaria aqueles que decidiriam obedecer a todos os mandamentos de Deus? Quem agiria como pais e mães que nutririam aqueles que precisam de auxílio e força? Esses irmãos sabem o que estão fazendo? Estão se postando diretamente no caminho dos pecadores. Estão bloqueando o caminho por sua conduta errada. O sangue das almas estará sobre suas vestes a menos que se arrependam e mudem inteiramente sua atitude. Esses descontentes pensam que estão certos, e a corporação de observadores do sábado enganada? “Por seus frutos os conhecereis.” Mateus 7:16. A quem Deus está abençoando? A quem Ele está dirigindo? Quem está trabalhando para Ele? Quem está fazendo o bem em trabalhar para levar a verdade a outras mentes? Acaso esses homens pensam que a corporação irá a eles, e renunciará a sua experiência e pontos de vista para seguir o discernimento desses homens não consagrados? ou virão a estar em harmonia com a corporação? T4 238.3

O irmão G se vangloria de sua independência de opinião e discernimento, enquanto bloqueia o caminho dos pecadores por sua vida não consagrada e sua oposição à obra guerreando cegamente contra Cristo na pessoa de Seus servos; mas está enganado quanto à qualidade da verdadeira independência. A independência não é obstinação, conquanto a obstinação seja freqüentemente confundida com independência. Quando o irmão G forma uma opinião e a expressa em sua família ou na igreja com considerável confiança e alguma publicidade, ele é então inclinado a fazer com que pareça que está certo por todo o argumento que pode apresentar. Ele está em perigo, grande perigo, de fechar os olhos e violar a consciência por sua persistência, pois a tentação do inimigo é forte sobre ele. Seu orgulho de opinião é difícil de ser renunciado, mesmo em face de luz e evidência suficientes para convencê-lo se ele se deixar convencer. Pensa que se admitisse estar errado, isso seria uma censura a seu juízo e discernimento. T4 239.1

Irmão G, você está em grande perigo de perder a sua alma. Deseja ter preeminência. Às vezes se ressente profundamente se imagina estar sendo desprezado. Você não é um homem feliz. Não será feliz se deixar o povo de Deus, ofendendo-se por palavras e fatos claros, como fizeram muitos dos seguidores de Cristo, porque a verdade falada lhes era muito severa. Não será um homem feliz, pois levará o próprio eu consigo. Não age corretamente; cria problemas para si mesmo. Seu temperamento é seu inimigo; e aonde quer que for, levará consigo esse fardo de infelicidade. É uma honra confessar um erro tão logo seja discernido. T4 239.2

Há muitas questões relacionadas à obra de Deus nas quais você acha defeito, porque lhe é natural assim fazer. E uma vez que volveu o rosto contra a luz que Deus lhe revelou com respeito a si mesmo, está rapidamente perdendo o seu discernimento e mais do que nunca pronto a criticar tudo. Dá a sua opinião com confiança ditatorial e considera as indagações de outros com respeito a sua opinião como uma ofensa pessoal. A verdadeira independência refinada nunca recusa buscar conselho dos experientes e sábios, e trata o conselho de outros com respeito. T4 240.1