Testemunhos para a Igreja 5

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Mau uso dos testemunhos

Alguns que acreditam nos Testemunhos têm errado em querer impô-los indevidamente a outros. No volume 1, n 8, há um testemunho a esse respeito: “Havia alguns em _____ que eram filhos de Deus, mas duvidavam das visões. Outros havia que não lhes faziam qualquer oposição, contudo não ousavam assumir atitude definida a seu respeito. Alguns eram céticos e tinham motivos suficientes para isso. As falsas visões e práticas fanáticas, bem como as conseqüências desastrosas que delas decorreram, exerceram sobre a causa em Wisconsin uma influência capaz de tornar as pessoas desconfiadas de tudo que se apresentasse com o nome de visões. Todas essas coisas devem ser tomadas em consideração, procedendo-se com sabedoria. Não se deve atribular nem forçar os que nunca tenham visto um indivíduo receber visões, e não possuem um conhecimento pessoal da sua influência. Essas pessoas não devem ser separadas dos benefícios e privilégios de membros da igreja, se no demais a sua vida cristã se prova correta. ... T5 668.1

“Alguns, conforme me foi mostrado, receberiam as visões publicadas, julgando a árvore pelos seus frutos. Outros são como o duvidoso Tomé; não podem crer nos Testemunhos publicados, nem convencer-se deles pelo testemunho de outros, precisando ver e tirar a prova por si mesmos. Esses não devem por isso ser postos de lado, cumprindo tratá-los com paciência e amor fraternal até que tomem posição e tenham opinião definida contra ou a favor deles. Se, porém, começarem a combater as visões de que não têm conhecimento; se levarem a sua oposição ao ponto de opor-se àquilo de que não têm experiência, ... a igreja pode saber que eles não estão certos.”1 T5 668.2

“Alguns de nossos irmãos têm tido larga experiência na verdade e por anos estado familiarizados comigo e minha obra. Eles comprovaram a veracidade dos Testemunhos e declararam sua crença neles. Sentiram a poderosa influência do Espírito de Deus sobre si ao testemunhar a legitimidade das visões. Se esses tais, quando reprovados através dos Testemunhos, se insurgirem contra eles e trabalharem secretamente para prejudicar sua influência, devem ser tratados exemplarmente, pois sua atitude pode pôr em perigo os inexperientes.”2 T5 669.1

Já o primeiro número dos Testemunhos publicados encerra uma advertência contra a maneira desavisada de usar a luz que Deus desse modo comunicou ao Seu povo.3 Afirmei que alguns não haviam procedido sabiamente. Quando falavam de sua fé aos descrentes e esses lhes exigiam a prova, citavam os meus escritos em vez de fornecer-lhes a prova da Bíblia. Foi-me mostrado que tal procedimento é incoerente, tornando os incrédulos prevenidos contra a verdade. Os Testemunhos não têm qualquer força de prova com os que lhes desconhecem o espírito. Não deveriam ser citados em tais casos. T5 669.2

Outras advertências relativas ao uso dos Testemunhos têm sido dadas de tempos em tempos, como segue: T5 669.3

“Alguns pregadores ficaram bem para trás. Esses professam crer nos testemunhos dados, e alguns agem muito mal fazendo deles uma regra férrea para os que não tiveram qualquer experiência anterior com relação às mensagens, mas fracassam em praticá-los eles mesmos. Repetem testemunhos que são completamente desconsiderados por eles. Sua conduta não é coerente.”4 T5 669.4

“Vi que muitos tiram vantagem do que Deus mostrou com respeito aos pecados e erros dos outros. Tiram conclusões extremadas do que me foi mostrado em visão, e usam-nas de tal maneira a enfraquecer a fé de muitos naquilo que Deus tem mostrado, e também desanimam a igreja.”1 T5 669.5

O inimigo se prevalecerá de tudo o que puder empregar para destruir. “Testemunhos têm sido apresentados a favor de indivíduos que ocupam posições importantes. Eles começam bem a desempenhar responsabilidades e fazer sua parte na obra de Deus. Mas Satanás os persegue com suas tentações, e eles são afinal vencidos. Quando outros contemplam sua conduta errada, Satanás sugere à mente deles que deve haver um erro nos testemunhos dados a tais pessoas, de outro modo esses homens não se teriam demonstrado indignos de ter uma parte na obra de Deus.”2 T5 670.1

Desse modo é suscitada a dúvida com relação à luz que Deus concedeu. “O que pode ser dito das pessoas sob certas circunstâncias não se poderá dizer em outras. Os homens são fracos em poder moral e tão supremamente egoístas, tão auto-suficientes e tão facilmente inchados de presunção, que Deus não pode trabalhar com eles, e são deixados a se mover como cegos e a manifestar tão grande fraqueza e loucura que muitos se admiram que tais indivíduos tivessem jamais sido aceitos e reconhecidos como dignos de ter qualquer ligação com a obra de Deus. Isso é justamente o que Satanás planejara. Esse foi seu objetivo desde o tempo em que a princípio os seduziu a censurar a causa de Deus e a lançar dúvidas sobre os Testemunhos. Tivessem eles ficado onde sua influência não fosse especialmente sentida sobre a causa de Deus, Satanás não os teria assediado tão ferozmente; pois não poderia ter realizado seu propósito, usando-os como seus instrumentos para fazer uma obra especial.”3 T5 670.2