Testemunhos para a Igreja 5

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Política mundana

A política que os negociantes mundanos adotam não deve ser aquela escolhida e praticada pelos homens que estão ligados a nossas instituições. Política egoísta não é procedente do Céu, mas terrena. Neste mundo a filosofia predominante é: “O fim justifica os meios”, e tal idéia pode ser reconhecida em cada ramo de negócio. Há uma influência controladora em cada classe da sociedade, nos grandes concílios de nações e onde quer que o Espírito de Cristo não seja o princípio dominante. Prudência e cautela, tato e habilidade, deveriam ser cultivados por todo elemento que está ligado ao escritório de publicações e por aqueles que servem em nosso colégio e hospital. Mas as leis da justiça e retidão não podem ser postas de lado e não deve prevalecer o princípio de que cada um deve fazer de seu particular ramo da obra um sucesso, sem consideração para com as outras ramificações. Os interesses de todas deveriam ser zelosamente resguardados, a fim de que o direito de nenhuma delas seja violado. No mundo, o deus do comércio é freqüentemente o mesmo da fraude, mas não deve ser assim com aqueles que estão tratando da obra do Senhor. O modelo mundano não é o mesmo daqueles que estão relacionados com as coisas sagradas. T5 561.2

Quando as cenas do Juízo foram trazidas perante mim, os livros nos quais estão registradas as obras dos homens revelaram o fato de que o relacionamento comercial de alguns que professam piedade em nossas instituições seguiu o modelo mundano e não está em total acordo com o grande padrão de justiça divino. A história dos homens em seu trato de uns com os outros, especialmente os que trabalham na obra de Deus, foi plenamente aberta diante de mim. Vi que não deveria haver qualquer transação confinada e ardilosa entre irmãos que representam importantes instituições, diferentes, talvez, em caráter, mas ramificações da mesma obra. Um espírito nobre e generoso semelhante ao de Cristo deveria ser constantemente mantido por eles. A índole avarenta não pode ter lugar em suas transações. A causa de Deus não pode avançar por meio de qualquer ação contrária ao espírito e caráter de Cristo. O modo egoísta de um provocará a mesma disposição em outros, mas a manifestação de liberalidade e real cortesia despertará o mesmo espírito em retorno, e agradará nosso Pai celestial. T5 562.1

Política mundana não deve ser classificada como saudável discrição, embora seja freqüentemente confundida com isso. Ela é uma espécie de egoísmo, qualquer que seja a razão pela qual é exercida. Discrição e sadio discernimento nunca são estreitos em suas atuações. A mente guiada por esses parâmetros possui idéias amplas e não se restringe a apenas um objetivo. Ela enfoca as coisas de todos os pontos de vista. Mas a política mundana tem um restrito campo de visão. Ela pode ver um objeto mais próximo, à mão, mas falha em identificar os que se acham à distância. Está sempre atenta a oportunidades de obter vantagem. Aqueles que seguem uma política mundana estão se firmando para arrancar o fundamento que outros homens edificaram. Cada estrutura precisa ser posta sobre um reto fundamento para que possa permanecer. T5 563.1