Testemunhos para a Igreja 5

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Capítulo 55 — O comportamento na casa de Deus

Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. T5 491.1

Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o Senhor deseja encontrar-Se com Seu povo. Houve uma grande mudança, não para melhor mas para pior, nos hábitos e costumes do povo com relação ao culto religioso. As coisas sagradas e preciosas, destinadas a ligar-nos a Deus, estão quase perdendo sua influência sobre nossa mente e coração, sendo rebaixadas ao nível das coisas comuns. A reverência que o povo antigamente revelava para com o santuário onde se encontrava com Deus, em santa adoração, quase deixou de existir. Entretanto, Deus mesmo deu as instruções para Seu culto, elevando-o acima de tudo quanto é terreno. T5 491.2

A casa é o santuário da família; e o aposento particular ou o bosque o lugar mais recôndito para o culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira de adorar. Nada do que é sagrado, nada do que está ligado à adoração a Deus, deve ser tratado com negligência ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus, importa que em suas relações pessoais façam distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Os que têm idéias amplas, nobres pensamentos e aspirações, são os que têm relações que fortalecem todos os pensamentos sobre as coisas divinas. Felizes os que possuem um santuário, seja ele luxuoso ou modesto, no meio de uma cidade ou entre as cavernas das montanhas, no humilde aposento particular ou em algum deserto. Se for esse o melhor lugar que lhes é dado arranjar para esse fim, Deus o santificará pela Sua presença e será santo ao Senhor dos exércitos. T5 491.3

Quando os adoradores entram na igreja devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Se houver no recinto um aquecedor, não convém agrupar-se em torno dele em atitude indolente e preguiçosa. Conversas vulgares, cochichos e risos não devem ser permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões. Ardente e profunda piedade deve caracterizar os adoradores. T5 492.1

Se faltam alguns minutos para o começo do culto, devem eles entregar-se à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma em oração a Deus a fim de que a adoração se torne para eles uma bênção especial e produza convicção e conversões de outras pessoas. Devem lembrar-se de que estão presentes ali mensageiros do Céu. Perdemos geralmente muito da suave comunhão com Deus pela nossa inquietação, por não promovermos momentos de reflexão e oração. O estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser passado em revista, e a mente e o coração serem elevados ao Sol da Justiça. Se ao entrarem na casa de adoração, o povo o fizesse com a devida reverência, lembrando-se de que se acha ali na presença do Senhor, seu silêncio redundaria em testemunho eloqüente. Os cochichos, risos e conversas, que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser permitidos na casa em que Deus é adorado. A mente deve estar preparada para ouvir a Palavra de Deus, a fim de que esta possa exercer a devida influência e impressionar adequadamente o coração. T5 492.2

O pastor deve entrar na casa de oração com uma compostura digna e solene. Chegado ao púlpito, deve inclinar-se em silenciosa oração e pedir fervorosamente o auxílio de Deus. Que impressão fará isso! Uma profunda solenidade se apodera de todos, e os anjos de Deus são trazidos para bem perto. Cada um dos congregados deve também, de cabeça inclinada, unir-se ao pregador em silenciosa oração, e suplicar a Deus que abençoe a reunião com Sua presença, imprimindo poder à palavra ministrada por lábios humanos. Ao ser aberta a reunião com oração, todos devem ajoelhar-se na presença do Altíssimo e elevar o coração a Deus em silenciosa devoção. As orações dos fiéis adoradores serão ouvidas e o ministério da palavra provar-se-á eficaz. A atitude sem vida dos adoradores na casa de Deus é uma das grandes razões por que o ministério não produz maior bem. Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na visível presença do próprio Deus. T5 492.3

Quando a Palavra é exposta, vocês devem lembrar-se de que é a voz de Deus que lhes está falando por meio de Seu servo. Escutem com atenção. Não dormitem nessa hora; porque assim fazendo é possível que lhes escapem nesse momento justamente as palavras de que mais necessitam ouvir — palavras que, atendidas, os livrariam de enveredar por algum caminho errado. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões; ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. Às vezes é uma criança que desvia de tal modo a atenção dos ouvintes, que a semente preciosa não cai em terreno fértil para produzir fruto. Outras, são moços e moças que revelam tão pouco respeito pela adoração e pela casa de Deus, que se entretêm a conversar durante a pregação. Se pudessem perceber os anjos que os estão observando e anotando seu procedimento, corariam de vergonha com aversão de si mesmos. Deus quer ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que Satanás aproveitou para semear o joio. T5 493.1

Ao ser pronunciada a bênção final, todos devem conservar-se quietos, como temendo ficar privados da paz de Cristo. Saiam então todos sem se atropelar e evitando falar em voz alta, sentindo que estão na presença de Deus, Seus olhos repousam sobre todos e que devem agir como se estivessem em Sua visível presença. Ninguém deve deter-se nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem aos outros que buscam a saída. Os arredores imediatos da igreja devem caracterizar-se por uma sagrada reverência, evitando os crentes fazer deles lugar de encontro com os amigos, a fim de trocarem frases banais ou tratarem de negócios. Tais coisas não convêm na igreja. Deus e os anjos têm sido desonrados em algumas igrejas pelas risadas barulhentas e irreverentes e o ruído de pés. T5 493.2

Pais, exaltem o padrão do cristianismo na mente de seus filhos, ajudando-os a entretecer a pessoa de Jesus em sua experiência, ensinando-os a ter o maior respeito pela casa de Deus e a compreender que quando entram ali devem fazê-lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: “Deus está aqui; esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos mais santos propósitos. Não devo conservar em meu coração orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio ou engano, porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde Deus vem encontrar-Se com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e Santo, que habita na eternidade, me vê, esquadrinha meu coração, e lê meus mais secretos pensamentos e atos de minha vida.” T5 494.1

Irmãos, não seria bom meditarem um pouco sobre esse assunto, reparando na maneira como se conduzem na casa de Deus e nos esforços que estão fazendo por preceito e exemplo, a fim de cultivar em seus filhos a reverência? Vocês atribuem vastas obrigações ao pregador, responsabilizando-o pela salvação de seus filhos, mas vocês mesmos estão esquecidos do próprio dever como pais e instrutores de, como Abraão, ordenar sua casa, após si, para que guardem o caminho do Senhor. Seus filhos e filhas se corrompem pelo seu próprio exemplo e sua frouxa disciplina, e, apesar dessa grave falha na educação doméstica, entendem que o pastor deve poder combater sua influência e realizar o prodígio de educar o coração de seus filhos na piedade e virtude. Depois de o pastor haver feito pela igreja tudo quanto pôde, admoestando-a fielmente e com bondade, procurando encaminhá-la com paciência e fazendo ardentes preces pelo resgate e salvação de cada um, e não terem seus esforços alcançado o desejado êxito, os pais não raro o censuram por não verem convertidos os filhos, quando a causa está na sua própria negligência. A responsabilidade pesa sobre os pais; quererão eles aceitar a missão de que Deus os incumbiu e desempenhar-se dela com fidelidade? Quererão ir adiante e esforçar-se num espírito humilde, paciente e perseverante, para atingir o elevado padrão, levando consigo os filhos? Não admira que nossas igrejas estejam fracas e não reine nelas a reverência profunda que as deveria caracterizar. Nossos atuais hábitos e costumes, que desonram a Deus e tornam banais as coisas divinas, nos são contrários. Somos depositários de uma verdade sagrada, difícil e santificadora; e se nossos hábitos e práticas não corresponderem a essa verdade, pecamos contra uma grande luz e nossa culpa será correspondente. Mais tolerável do que para nós há de ser para os gentios a justiça retributiva de Deus no dia do juízo. T5 494.2

Muito mais do que estamos atualmente fazendo, poderia ser feito a fim de irradiar a luz da verdade. Deus espera que demos muito fruto. Deseja ver maior zelo e fidelidade, e esforços mais diligentes e caritativos da parte dos membros da igreja a favor dos vizinhos e dos que estão sem Cristo. Os pais devem começar seu trabalho de acordo com um plano elevado. Todos os que mencionam o nome de Cristo devem vestir-se da armadura de Deus e admoestar e advertir, esforçando-se por salvar almas do pecado. Levem todos os que puderem a ouvir a verdade na casa de Deus. Devemos desenvolver maior diligência no que fazemos, a fim de arrancar pessoas do fogo. T5 495.1

É um fato deplorável que a reverência pela casa de Deus esteja quase extinta. As coisas e lugares sagrados quase já não são discernidos; o que é santo e elevado não é apreciado. Não haverá uma causa para essa falta de legítima piedade nas famílias? Não será por que a elevada norma da religião esteja abatida até ao pó? Deus deu a Seu povo na antigüidade procedimentos precisos e exatos. Porventura Seu caráter foi mudado? Não é mais o Altíssimo e Todo-poderoso que domina sobre o Universo? Não conviria lermos com freqüência as instruções que Deus mesmo Se dignou dar aos antigos hebreus para que nós, que temos a verdade gloriosa irradiando sobre nós, os imitemos em sua reverência para com a casa de Deus? Temos motivos de sobra para alimentar espírito de fervor e devoção na adoração a Deus. Temos até motivos para ser mais ponderados e reverentes em nosso culto do que os judeus. Mas um inimigo tem estado a trabalhar, a fim de destruir nossa fé na santidade da adoração cristã. T5 496.1

A casa dedicada a Deus não deveria servir também para negócios. Se as crianças se reúnem para o culto numa sala em que durante a semana funciona uma escola ou loja, é natural que sua atenção seja desviada por lembranças dos estudos ou de fatos ocorridos nessa mesma sala em dias precedentes. Os jovens devem ser educados a elevar em seu conceito o caráter do que é sagrado e a praticar a verdadeira devoção na casa de Deus. Muitos dos que professam ser filhos do celeste Rei não apreciam devidamente a santidade das coisas eternas. Quase todos precisam ser ensinados como se portar na casa de Deus. Os pais devem não só ensinar, como exortar os filhos a entrarem no santuário divino com seriedade e reverência. T5 496.2

O sentimento moral dos que adoram a Deus no Seu santuário tem de ser elevado, apurado e santificado. Esse assunto tem sido deploravelmente negligenciado. Sua importância tem sido passada por alto e como resultado, desordem e irreverência passaram a imperar e Deus é desonrado. Se os líderes das igrejas, pastores e povo, pais e mães, não têm idéias elevadas a esse respeito, que poderão esperar de crianças inexperientes? Estas são muitas vezes encontradas em grupos, afastadas dos pais que deviam tomar conta delas; e embora se encontrem na presença de Deus, cujos olhos sobre elas repousam, são levianas e frívolas, põem-se a cochichar e a rir, portando-se inconvenientemente, e mostrando-se desrespeitosas e desatentas. Raras vezes são instruídas que os pastores são embaixadores de Deus, que a mensagem que pregam é o meio por Ele determinado para a salvação e que para todos os que têm o privilégio de ouvir constitui um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. T5 496.3

A delicada e impressionável mente dos jovens avalia o trabalho dos servos de Deus pela maneira como seus pais tratam o assunto. Muitos chefes de família têm por costume criticar em casa o culto, aprovando urnas poucas coisas e condenando outras. Desse modo a mensagem de Deus aos homens é criticada, posta em dúvida e tratada levianamente. Só os livros do Céu poderão revelar que impressões são produzidas por essas observações imponderadas e irreverentes. Os filhos vêem e compreendem essas coisas muito mais facilmente do que imaginam os pais. Ao seu senso moral é assim dada uma orientação errada que o tempo nunca conseguirá retificar de todo. Os pais muitas vezes se queixam da dureza de coração dos filhos e da dificuldade que têm em convencê-los de seu dever de atender às exigências divinas. Os livros do Céu registram, entretanto, com toda a precisão a legítima causa. Os pais não estavam convertidos. Não estavam em harmonia com o Céu nem com a obra do Céu. Suas idéias estreitas e mesquinhas acerca da santidade do ministério e do santuário de Deus foram entretecidas na educação dos filhos. É de duvidar que alguém que viveu sob a atmosfera corrupta de tal educação, consiga desenvolver a verdadeira reverência e respeito pelo ministério de Deus e pelos agentes por Ele destinados para a salvação de pecadores. Acerca dessas coisas se deve falar com respeito, em linguagem conveniente e com muito escrúpulo, a fim de mostrar às pessoas que nos ouvem que consideramos a mensagem dos servos do Senhor como a nós enviada pelo próprio Deus. T5 497.1

Pais, vejam que exemplo e idéias dão a seus filhos! Sua mente é plástica e as impressões ali são gravadas com a maior facilidade. Se, durante o culto de adoração no santuário, o pregador comete algum erro, evitem referir-se a ele. Falem apenas das coisas boas que fez, das excelentes idéias que apresentou, e que devem aceitar como vindas de um servo de Deus. Pode-se compreender facilmente por que as crianças são tão pouco impressionadas pelo ministério da palavra e por que manifestam tão pouca reverência pela casa de Deus. Sua educação a esse respeito tem sido defeituosa. Os pais carecem da comunhão diária com Deus. Suas próprias idéias necessitam ser elevadas e enobrecidas; seus lábios precisam ser tocados com a brasa viva do altar; então seus hábitos e práticas em casa hão de produzir boa impressão sobre o espírito e caráter dos filhos. A norma religiosa será grandemente elevada. Nestas condições, os pais farão uma grande obra para Deus. Verão desaparecer cada vez mais de seu lar o mundanismo e a sensualidade, e a pureza e a fidelidade aumentarão. Sua vida se revestirá de uma solenidade que mal poderão conceber. Nada do que se refere à adoração a Deus será considerado comum. T5 498.1

Sinto-me muitas vezes penalizada quando entro na casa em que Deus é adorado e noto ali homens e mulheres em trajes desordenados. Se o coração e o caráter se revelassem pelo exterior, nada de divino deveria haver nessas pessoas. Não têm exata compreensão da ordem, da decência e do decoro que Deus exige dos que se chegam à Sua presença a fim de adorá-Lo. Que impressões isso há de fazer sobre os incrédulos e os jovens que têm discernimento perspicaz e estão prontos a tirar suas conclusões? T5 498.2

No entender de muitos não há maior santidade na casa de Deus do que em qualquer outro local dos mais comuns. Muitos penetram na casa de Deus sem tirar o chapéu, e com a roupa suja e em desalinho. Essas pessoas não reconhecem que aí vão encontrar-se com Deus e os santos anjos. Uma reforma radical a esse respeito é necessária em todas as nossas igrejas. Os próprios pastores precisam ter idéias mais elevadas e revelar maior sensibilidade nesse sentido. É um aspecto da obra que tem sido muito negligenciado. Por causa de sua irreverência na atitude, no traje, postura, e sua falta de verdadeiro espírito de adoração, Deus muitas vezes tem afastado Seu rosto dos que se acham reunidos para adorar. T5 498.3

Todos devem ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio para o santuário. Não deve haver ostentação de vestuário, pois isso provoca irreverência. Não raro a atenção das pessoas é dirigida sobre uma ou outra peça de roupa e desse modo são sugeridos pensamentos que não deveriam ocorrer na mente dos adoradores. Deus deve ser a razão exclusiva de nossos pensamentos e de nossa adoração; qualquer coisa tendente a desviar a mente de Seu culto solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele. A exibição de enfeites, como laços, fitas e penachos, bem como ouro ou prata, é uma espécie de idolatria que não deve estar associada ao culto sagrado de Deus, onde os olhos de cada adorador só devem ter em vista a Sua glória. Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a este respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente neste assunto. Se virem os filhos inclinando-se para a moda, devem, como Abraão, ordenar resolutamente a sua casa de acordo com seus princípios. Em vez de vincular os filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. Que ninguém desonre a casa de Deus com enfeites ostensivos. Deus e os anjos estão ali presentes. O Santo de Israel assim Se manifestou por meio de Seu apóstolo: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” 1 Pedro 3:3, 4. T5 499.1

Quando for edificada uma igreja e deixada na ignorância acerca desses pontos, o pastor negligenciou seu dever, e terá de prestar contas a Deus pelas impressões que deixou prevalecer. A menos que aos crentes sejam inculcadas idéias precisas acerca da verdadeira adoração e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum. E os que professam a verdade serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião. Com suas idéias destituídas de cultivo jamais poderão apreciar um Céu puro e santo, e estar preparados para se associarem aos adoradores de Deus nas cortes celestiais, onde tudo é pureza e perfeição, e onde toda criatura demonstra absoluta reverência a Deus e Sua santidade. T5 500.1

O apóstolo Paulo descreve a obra dos embaixadores de Deus como tendo a finalidade de apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Os que abraçam a verdade de origem divina devem ser educados, enobrecidos e santificados por meio dela. Um escrupuloso esforço será requerido a fim de atingir a estatura de pessoas perfeitas em Cristo. As pedras rudes, crivadas de arestas que se tiram das pedreiras, têm de ser cinzeladas e polidas a fim de fazer desaparecer-lhes as asperezas. Estamos numa época que se distingue pela superficialidade do trabalho, facilidade dos métodos, ostentação de uma santidade diversa daquela que se afere pelo padrão de caráter que Deus estabeleceu. Todos os atalhos, todo encurtamento do caminho, toda doutrina que não estabelecer a lei divina como padrão de caráter cristão, é falsa. O aperfeiçoamento do caráter requer trabalho vitalício, sendo inatingível por parte dos que não estiverem dispostos a prosseguir para ele a passos lentos e penosos, da maneira determinada por Deus. Não devemos permitir-nos nenhum passo errado nesse sentido, mas temos de crescer dia a dia nAquele que é nossa cabeça — Cristo. T5 500.2