Testemunhos para a Igreja 2

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Capítulo 34 — Responsabilidades dos jovens

Pudessem os jovens tão-somente ver quanto bem está em seu poder realizar, caso façam de Deus sua força e sabedoria, não mais prosseguiriam em uma conduta de descuidosa indiferença para com Ele; não mais seriam detidos pela influência dos que não são consagrados. Em vez de sentir que pesa sobre eles responsabilidade individual de desenvolver esforços para fazer o bem aos outros, e conduzir outros à justiça, dedicam-se a buscar o próprio divertimento. São membros inúteis da sociedade, e vivem vida tão destituída de objetivo como as borboletas. Os jovens podem ter conhecimento da verdade, crer nela, mas não vivê-la. Estes possuem uma fé morta. O coração deles não se acha tocado a ponto de afetar a conduta e o caráter à vista de Deus, e não estão mais perto de fazer Sua vontade do que os incrédulos. Seu coração não se conforma com a vontade de Deus; estão em inimizade com Ele. Os que se entregam aos divertimentos e gostam do convívio dos caçadores de prazer, sentem aversão pelos exercícios religiosos. Há de o Mestre dizer a esses jovens que Lhe professam o nome: Bem está, servos bons e fiéis — a menos que eles sejam bons e fiéis? T2 235.3

Os jovens acham-se em grande perigo. Grande mal resulta da leitura leviana a que se entregam. Perde-se muito tempo que devia ser empregado em ocupações úteis. Alguns até se abstêm do sono para terminar alguma ridícula história de amor. O mundo acha-se inundado de novelas de toda sorte. Algumas não são de natureza tão perigosa como outras. Umas são imorais, baixas e vulgares; outras revestem-se de mais refinamento; todas, porém, são perniciosas em sua influência. Oh, se os jovens refletissem na influência que as histórias excitantes exercem na mente! Podem vocês, depois de uma leitura dessas, abrir a Palavra de Deus e ler com interesse as palavras da vida? Não acham desinteressante o Livro de Deus? A fascinação daquela história de amor prende a mente, destruindo-lhe o tono saudável, e tornando-lhes impossível fixar a mente nas verdades importantes, solenes, que dizem respeito a seu interesse eterno. Vocês pecam contra seus pais devotando o tempo que pertence a eles a tão mesquinho desígnio, e pecam contra Deus em assim empregar o tempo que devia ser passado em devoção a Ele. T2 236.1

É dever da juventude promover a sobriedade. A leviandade, os gracejos e zombarias resultarão em aridez de espírito e perda do favor de Deus. Muitos de vocês pensam que não exercem má influência sobre outros, sentindo-se assim até certo ponto satisfeitos; mas por acaso exercem influência para o bem? Buscam em suas conversas e atos conduzir outros ao Salvador? ou, se eles professam a Cristo, levá-los a andar mais achegados a Ele? T2 236.2

Os jovens devem cultivar um espírito de devoção e piedade. Não podem glorificar a Deus a menos que visem continuamente atingir “a medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13) — a perfeição em Cristo Jesus. Que as graças cristãs se encontrem abundantemente em vocês. Consagrem a seu Salvador as melhores e mais santas afeições. Prestem inteira obediência a Sua vontade. Ele não aceitará nada menos do que isto. Não se movam de sua firmeza pelo escárnio e zombaria daqueles cuja mente se acha entregue à vaidade. Sigam a seu Salvador tanto na má como na boa fama; reputem como alegria e sagrada honra, suportar a cruz de Cristo. Jesus os ama. Ele morreu por vocês. A menos que O busquem servir com afeição não dividida, deixarão de aperfeiçoar a santidade em Seu temor, e serão afinal obrigados a ouvir as terríveis palavras: Apartem-se. T2 237.1