Mensagens Escolhidas 2
Capítulo 13 — Devem cristãos ser membros de sociedades secretas?*
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que, que associação tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.” 2 Coríntios 6:14-18. ME2 121.1
O preceito do Senhor: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Coríntios 6:14), não se refere meramente ao casamento de cristãos com infiéis, mas a todas as alianças em que as partes são levadas a íntima associação, e na qual há necessidade de harmonia no espírito e na ação. O Senhor deu direção especial a Israel para se guardarem distintos dos idólatras. Eles não deviam dar-se em casamento aos pagãos nem formar com eles nenhuma confederação: “Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti. Mas os seus altares transtornareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis. Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso, Deus zeloso é Ele.” Êxodo 34:12-14. ME2 121.2
“Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que jurara a vossos pais. ... Saberás pois que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos.” Deuteronômio 7:6-9. ME2 122.1
Noutro lugar declara o Senhor pelo profeta Isaías: ME2 122.2
“Ajuntai-vos, povos, e sereis vencidos, e vós todas as terras de longe ouvi: Incorporai as vossas forças e sereis vencidos, ...; formai qualquer desígnio e sairá frustrado; proferi alguma palavra de mando, e ela não será executada; porque Deus é conosco. Porque o Senhor me diz a mim estas coisas: Assim como Ele com a mão forte me deu a instrução de que não fosse pelo caminho deste povo, dizendo: Não digais: Conspiremo-nos; porque tudo o que este povo diz é uma conspiração: E não temais o que ele teme, nem vos assusteis. Dai glória à santidade do mesmo Senhor dos exércitos: Ele seja o vosso pavor, e Ele seja o vosso terror.” Isaías 8:9-13 (VF). ME2 122.3
Pessoas há que perguntam se é direito cristãos pertencerem aos Maçons e outras sociedades secretas. Considerem eles as passagens acima citadas. Se somos na verdade cristãos, precisamos sê-lo em toda parte, e considerar e dar ouvidos ao conselho dado para tornar-nos cristãos segundo a norma da Palavra de Deus. ME2 122.4
Cooperação com as agências divinas
O povo de Deus na Terra são os instrumentos humanos que devem cooperar com os divinos para salvação dos homens. Às almas que se uniram a Ele, Cristo diz: “Sois um comigo, ‘cooperadores de Deus’.” 1 Coríntios 3:9. Deus é o grande e despercebido ator; o homem é o instrumento humilde e visível, e é unicamente em cooperação com os agentes celestes que pode fazer alguma coisa boa. É só quando a mente é iluminada pelo Espírito Santo que os homens discernem a atuação divina. E daí Satanás estar sempre procurando desviar as mentes do divino para o humano, para que os homens não cooperem com o Céu. Ele dirige a atenção para as invenções humanas, levando os homens a confiar no homem, a fazer da carne seu braço, de modo que sua fé não se apegue a Deus. ME2 123.1
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mateus 6:22, 23. ME2 123.2
E quando nossa luz se tornar em trevas, como seremos uma luz para o mundo? ME2 123.3
A obra da nossa própria salvação também depende de nossa cooperação com os instrumentos divinos. Deus nos comunicou faculdades morais e susceptibilidades religiosas. Deu Seu Filho como propiciação por nossos pecados, para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. Jesus viveu uma vida de abnegação e sacrifício, para que Lhe seguíssemos o exemplo. Deu o Espírito Santo para estar em lugar de Cristo em toda parte em que fosse necessário auxílio. Emprega os seres celestes para trazerem poder divino a fim de aliar-se a nossos esforços humanos. Precisamos, porém, aceitar o dom de Deus, precisamos arrepender-nos, e crer em Cristo. Precisamos vigiar, precisamos orar, precisamos obedecer às reivindicações de Deus. Precisamos exercer abnegação e sacrifício por amor de Cristo. Precisamos crescer em Cristo mediante contínua ligação com Ele. Seja o que for que desvie a mente de Deus para confiarmos no homem, ou conformar-nos às normas humanas, impedirá que cooperemos com Deus na obra de nossa salvação. Eis porque o Senhor proíbe Seu povo de formar alianças com os pagãos, “para que não seja por laço no meio de ti”. Êxodo 34:12. Ele disse: “Pois fariam desviar teus filhos de Mim.” Deuteronômio 7:4. E o mesmo princípio se aplica às associações de cristãos com os infiéis. ME2 123.4
Em relação de concerto
Quando aceitamos a Cristo como nosso Redentor, aceitamos a condição de tornar-nos cooperadores de Deus. Fizemos um concerto com Ele para sermos inteiramente do Senhor; como mordomos fiéis da graça de Cristo, para trabalhar pela edificação de Seu reino no mundo. Todo seguidor de Cristo está comprometido a dedicar todas as suas faculdades de mente e alma e corpo Àquele que pagou o preço do resgate de nossa alma. Alistamo-nos para ser soldados, a entrar em serviço ativo, suportar provações, vergonha, vitupério, combater o combate da fé, seguindo o Capitão de nossa salvação. ME2 124.1
Em vossa ligação com sociedades mundanas estais vós mantendo o concerto que fizestes com Deus? Tendem essas associações a dirigir-vos a mente ou a de outros para Deus, ou estão elas afastando o interesse e a atenção dEle? Fortalecem elas vossa ligação com os instrumentos divinos, ou volvem-vos a mente para o humano em lugar do divino? ME2 124.2
Estais vós servindo, honrando e glorificando a Deus, ou O estais desonrando e pecando contra Ele? Estais vós ajuntando com Cristo, ou espalhando? Todo pensamento e plano e fervoroso interesse consagrado a essas organizações foi comprado pelo precioso sangue de Cristo; estais, porém, fazendo serviço para Ele quando vos unis com ateus e infiéis, homens que profanam o nome de Deus, bebedores, ébrios, fumantes? ME2 124.3
Se bem que haja nessas sociedades muita coisa que pareça ser boa, há, de mistura com isso, muito que neutraliza seu efeito, e torna essas associações prejudiciais aos interesses da alma. Temos outra vida, vida que não é mantida pela comida temporal. “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” Mateus 4:4. “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” João 6:53. Jesus disse: “Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna.” João 6:54. Nosso corpo é constituído daquilo que comemos e bebemos. E como na dispensação natural, assim na espiritual; é aquilo em que nossa mente demora que sustenta a natureza espiritual. Disse nosso Salvador: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida.” João 6:63. A vida espiritual precisa ser mantida pela comunhão com Cristo por meio de Sua Palavra. A mente precisa deter-se nela, o coração dela encher-se. A Palavra de Deus entesourada no coração e santamente nutrida e obedecida, por meio do poder da graça de Cristo pode tornar o homem justo, e justo conservá-lo; mas toda influência humana, toda invenção terrena é destituída de poder para comunicar força e sabedoria ao homem. Não pode refrear a paixão, ou corrigir a deformidade do caráter. A menos que a verdade de Deus reja o coração, a consciência é deformada. Nessas sociedades mundanas todavia a mente é desviada da Palavra de Deus. Os homens não são levados a torná-la seu estudo e o guia da vida. ME2 124.4
É Deus honrado?
Pergunto-vos, a vós que encontrais prazer nessas associações, que amais o ajuntamento para condescendência com os ditos espirituosos e a alegria e o banquetear-se: Levais acaso Jesus convosco? Estais buscando salvar a alma de vossos companheiros? É este o objetivo de vossa associação com eles? Vêem e sentem eles que há em vós a encarnação viva do Espírito de Cristo? É manifesto que sois uma testemunha de Cristo, que pertenceis a um povo particular, zeloso de boas obras? É evidente que vossa vida é governada pelos preceitos divinos: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mateus 22:37), e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”? Mateus 19:19. Falar ao coração e à consciência dos que estão prestes a perecer, acha-se além do poder de uma pessoa que não se entrega totalmente a Cristo. Onde, porém, mostram vossa fluência e calor de expressão que se acha centralizado o vosso interesse? ME2 125.1
Quais são, nessas sociedades os assuntos preferidos de conversação? Quais os temas que excitam interesse e dão prazer? Não são eles a satisfação dos sentidos — comer e beber e buscar os prazeres? A presença de Cristo é desconhecida nessas reuniões. Não se faz a Ele nenhuma referência. Sua presença não é desejada. Onde e quando é Deus honrado por tais associações? Em que é a alma, no mínimo, beneficiada? Caso não influencieis para o bem os vossos companheiros, não estarão eles vos influenciando para o mal? Valerá a pena deixar de lado a lâmpada da vida, a Palavra de Deus, e misturar-se à vontade com essa classe de companheiros, e chegar ao nível deles? Julgais poder encontrar alguma coisa que satisfaça a fome da alma à parte da verdade e do favor de Deus? Hão de aqueles que professam crer na verdade para este tempo sentir-se à vontade em tais cenas, quando Deus não Se encontra em todos os seus pensamentos? ME2 126.1
Nas mesmas salas em que essas sociedades têm tido suas reuniões, têm as congregações se encontrado para adorar a Deus. Podeis vós durante a hora sagrada do serviço divino esquecer as cenas de divertimento e banquetes, de condescendência com o copo de vinho? Tudo isto Deus escreve em Seu livro como intemperança. Como se harmoniza isto com as realidades eternas? Esqueceis-vos de que em todas essas reuniões de prazer há presente uma Testemunha, como no festim de Belsazar? Pudesse a cortina que nos separa do mundo invisível ser afastada, e veríeis o Salvador entristecido de ver homens absorvidos nos prazeres da mesa, na hilaridade e nos ditos chistosos, que excluem de seus pensamentos a Cristo, o centro da esperança do mundo. ME2 126.2
Os que não podem discernir entre o que serve a Deus e aquele que O não serve, podem encantar-se com essas sociedades que não têm nenhuma ligação com Deus; mas nenhum cristão sincero pode prosperar em tal atmosfera. O ar vital do Céu ali não se encontra. Sua alma está vazia, e ele se sente tão destituído do refrigério do Espírito Santo como os montes de Gilboa do orvalho e da chuva. ME2 126.3
Por vezes os seguidores de Cristo podem, por circunstâncias, ser compelidos a testemunhar cenas de prazer profano, mas fazem-no com tristeza de coração. A linguagem não é a de Canaã, e o filho de Deus nunca escolherá tais associações. Quando ele é por necessidade levado a uma sociedade não de sua escolha, apóie-se em Deus, e o Senhor o protegerá. Não deve, porém, sacrificar seus princípios em caso algum, seja qual for a tentação. ME2 127.1
Não de Cristo
Cristo nunca leva Seus seguidores a fazerem votos que os una com homens que não tenham ligação com Deus, que não se encontrem sob a controladora influência de Seu Espírito Santo. A única norma correta de caráter é a santa lei de Deus, e impossível é aos que fazem desta lei a regra da vida unirem-se em confiança e fraternidade cordial com os que fazem da verdade de Deus mentira, e consideram como nada Sua autoridade. ME2 127.2
Entre o mundano e aquele que está servindo fielmente a Deus, há um grande abismo. Seus pensamentos e simpatias e sentimentos não se acham em harmonia acerca dos mais momentosos assuntos — Deus e a verdade e a eternidade. Uma classe está amadurecendo como o trigo para o celeiro de Deus, a outra, como joio para o fogo da destruição. Como pode haver harmonia de desígnios ou de ação entre elas? ME2 127.3
“Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4. ME2 127.4
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mateus 6:24. ME2 127.5
Devemos, porém, estar alerta quanto a condescender com um espírito de fanatismo e de intolerância. Não devemos ficar à parte dos outros num espírito que pareça dizer: “Não te chegues para mim; sou mais santo do que tu.” Não vos excluais de vossos semelhantes, mas buscai comunicar-lhes a verdade preciosa que vos tem beneficiado o coração. Seja manifesto que tendes a religião do amor. ME2 127.6
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” Mateus 5:16. ME2 128.1
Se, porém, somos cristãos, tendo o Espírito dAquele que morreu para salvar os homens de seus pecados, amaremos tanto a alma de nossos semelhantes que não sancionaremos seus prazeres pecaminosos com nossa presença ou influência. Não lhes podemos aprovar a direção associando-nos com eles, participando de suas festas e seus concílios, aos quais Deus não preside. Tal orientação, longe de beneficiá-los só lhes causaria dúvidas da realidade de nossos sentimentos religiosos. Seríamos luzes falsas, levando pelo nosso exemplo almas à ruína. ME2 128.2
Li ultimamente o caso de um nobre navio que ia sulcando seu caminho através do mar, quando à meia-noite, com terrível fragor, deu de encontro a uma rocha; os passageiros despertaram para ver com horror sua desesperada condição, afundando com o navio para não mais se erguerem. O homem que estava ao leme se enganara com a luz do farol, e centenas de almas foram, sem um momento de advertência, lançadas na eternidade. Se apresentamos um aspecto de caráter que representa mal a Cristo, apresentamos uma luz falsa, e almas hão de certamente ser desencaminhadas por nosso exemplo. ME2 128.3
Perigo de desvio espiritual
E cristãos que se ligam com associações mundanas estão se prejudicando a si mesmos da mesma maneira que desencaminhando a outros. Os que temem a Deus não podem escolher por companheiros os ímpios, e ficar eles próprios incólumes. Nessas sociedades eles são postos sob a influência de princípios e costumes mundanos, e mediante o poder da associação e do hábito a mente se torna mais e mais conformada às normas do mundo. Esfria seu amor para com Deus, e não têm nenhum desejo de comunhão com Ele. Tornam-se espiritualmente cegos. Não podem ver nenhuma diferença particular entre o transgressor da lei de Deus, e os que O temem e guardam os Seus mandamentos. Eles chamam ao mal bem, e ao bem mal. O esplendor das realidades eternas se esvaece. A verdade pode-lhes ser apresentada de maneira convincente, mas eles não têm fome do pão da vida, nem sede das águas da salvação. Bebem de cisternas rotas que não podem conservar as águas. Oh!, fácil coisa é, pela associação com o mundo, contagiar-se com seu espírito, ser moldado por suas maneiras de ver as coisas, de modo que não discirnamos a preciosidade de Jesus e da verdade. E justamente na medida em que o espírito do mundo habita em nosso coração, regerá ele nossa vida. ME2 128.4
Quando os homens não se acham sob o domínio da Palavra e do Espírito de Deus, são cativos de Satanás, e não sabemos a que pontos pode ele levá-los no pecado. O patriarca Jacó contemplou aqueles que encontram prazer na iniqüidade. Viu qual seria o resultado de associação com eles, e pelo Espírito, exclamou: “No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte.” Gênesis 49:6. Ele ergue o sinal de perigo, para advertir toda alma contra tais associações. O apóstolo Paulo ecoa a advertência: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas.” Efésios 5:11. “Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes.” 1 Coríntios 15:33. ME2 129.1
A alma é enganada quando confia em métodos mundanos e de invenção humana em vez de pôr a confiança no Senhor Deus de Israel. Pode o homem encontrar um guia melhor que o Senhor Jesus? melhor conselheiro na dúvida ou na provação? melhor defesa no perigo? Pôr de lado a sabedoria de Deus pela sabedoria humana é um engano que destrói a alma. ME2 129.2
Se quiserdes ver o que o homem fará quando rejeita a influência da graça de Deus, olhai aquela cena na sala do julgamento, quando a turba enfurecida, tendo à testa os sacerdotes e anciãos judeus, clamavam pela vida do Filho de Deus. Vede o Sofredor divino ao lado de Barrabás, e Pilatos perguntando qual devia ele soltar-lhes. O rouco brado, avolumado por centenas de vozes inspiradas por Satanás, é: “Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás.” Lucas 23:18. E quando Pilatos perguntou o que devia ser feito com Jesus, bradaram: “Crucifica-O, crucifica-O.” Lucas 23:21. ME2 129.3
A natureza humana de então é a natureza humana de agora. Sendo desprezado o Remédio divino que haveria salvado e exaltado a natureza humana, vive ainda no coração humano o mesmo espírito, e não podemos confiar em sua guia e ao mesmo tempo manter nossa lealdade para com Cristo. ME2 130.1
Deus olha abaixo da superfície
Essas sociedades, que não são regidas pelo amor e o temor de Deus, não serão achadas fiéis e retas para com o homem. Muitas de suas transações são contrárias à justiça e à eqüidade. Aquele que é demasiado puro de olhos para contemplar o mal, não será, não poderá ser participante de muitas coisas que têm lugar nessas associações. Vossa própria consciência dará testemunho da veracidade do que digo. O talento e a capacidade e o poder inventivo com que Deus dotou os homens são, nessas associações, demasiadas vezes pervertidos como instrumentos de crueldade, de iniqüidade, de egoísmo na prática da fraude para com seus semelhantes. ME2 130.2
Naturalmente tudo isso é negado pelos membros dessas corporações. Deus, porém, vê por baixo da aparência aprazível, atraente, os motivos secretos, básicos, e a real atuação da associação. Ao passo que alguns deles pretendem fazer da Palavra de Deus, em certo sentido, a base de sua organização, apartam-se largamente dos princípios da justiça. Os votos impostos por algumas dessas ordens exigem o tirar a vida humana quando os segredos da ordem são divulgados. Os membros também se comprometem, sob certas circunstâncias a inocentar o culpado da merecida punição. Para com os que trabalham contra a ordem, exige-se dos membros seguir uma direção que não está absolutamente em harmonia com a lei de Deus. ME2 130.3
Não nos podemos esquivar à verdade, não nos podemos separar dos retos princípios, sem abandonar Aquele que é nossa força, nossa justiça, e nossa santificação. Devemos estar firmemente arraigados na convicção de que seja o que for que, em qualquer sentido, nos desvie da verdade e da justiça em nossa associação e parceria com os homens, não nos pode beneficiar, e desonra grandemente a Deus. Toda espécie de engano ou conivência com o pecado é aborrecível ao Senhor. ME2 130.4
A fraude permeia essas associações secretas, e ninguém pode estar ligado com elas e ser livre perante Deus e o Céu. A natureza moral é arrastada àquilo que Deus declara injusto, que é contrário a Sua vontade e aos Seus mandamentos. Uma pessoa que professa amar a Deus pode, nessas associações, ser colocada em posições que sejam consideradas honrosas, mas aos olhos de Deus está manchando sua honra como cristão, e se separando mais e mais dos princípios de justiça e verdadeira santidade. Está pervertendo suas faculdades, que foram compradas pelo sangue de Jesus. Está vendendo sua alma por nada. ME2 131.1
Na revelação de Seus justos juízos, Deus dissolverá todas essas associações; e quando se assentar o juízo e os livros forem abertos, revelar-se-á o caráter dessemelhante ao de Cristo de toda a confederação. Aqueles que preferem unir-se com essas sociedades secretas estão rendendo homenagem a ídolos tão insensíveis e destituídos de poder de beneficiar e salvar a alma, como o são os ídolos dos hindus. ME2 131.2
Essas sociedades oferecem algumas vantagens que, do ponto de vista humano parecem grandes bênçãos, mas não quando julgadas pelo padrão do Senhor. Por trás de suas aparentes vantagens ocultam-se instrumentos satânicos. Quanto maior a renda atraída ao tesouro, tanto maior e mais profundo o mal. O ganho profano que tem enriquecido essas sociedades há de, quando rastreado em todos os seus efeitos, demonstrar-se uma maldição. As palavras proferidas por Elifaz a Jó, verificam-se com respeito a essas associações: “Bem vi eu o louco ‘lançar raízes’; mas logo amaldiçoei a sua habitação.” Jó 5:3. Eles são as armadilhas de Satanás, sua rede para enredar as almas. ME2 131.3
Uma questão de lealdade para com Deus
Muitíssimas coisas são sancionadas e mantidas pelo mundo, quando são uma ofensa ao Santo de Israel. Foi aparentemente pequenina coisa para Eva apartar-se das restrições especificadas por Deus e fazer aquilo que Ele lhe dissera que não fizesse, e para Adão o seguir-lhe o exemplo; mas essa mesma coisa fora planejada pelo arquienganador para destruir as almas dos homens mediante o levá-los a seguir suas próprias imaginações de preferência à revelada vontade de Deus. Assim, nessas associações são mantidos princípios que colocam os homens sob o poder enganoso de Satanás, desviando das seguras sendas para a rebelião contra Deus e desconsideração de Sua santa norma de justiça. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Marcos 14:38), é a muitas vezes repetida recomendação de nosso Salvador. Vigiai, vigiai com diligência e cuidado, para que Satanás não logre enredar as almas daqueles por cujo resgate Cristo pagou o preço de Seu sangue. ME2 131.4
Deus vos chama a vós, que quereis ser filhos Seus, a proceder como sob Seu divino olhar, a adotar a santa norma de justiça. Sua justiça e Sua verdade são os princípios que devem ser estabelecidos em toda alma. Aquele que conserva sua integridade para com Deus, será reto para com os homens. Ninguém que ame verdadeiramente a Deus, exporá sua alma à tentação por amor de uma sedução de ouro e prata, de honra ou de qualquer outra vantagem terrena. “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma?” Marcos 8:36, 37. ME2 132.1
O cristão deve cortar todo laço que o ligue a essas sociedades secretas que não se acham sob o domínio de Deus. Eles não podem ser leais a essas organizações e leais a Deus. Ou essa ligação é cortada, ou lhes ficareis mais semelhantes, e em resultado, lhes ficareis mais plenamente unidos, e cortareis o laço que vos prende aos que amam e temem a Deus. O cristão abandonará essas coisas que são embaraço a sua espiritualidade, por maior que seja o sacrifício. Melhor é perder dinheiro, bens e a própria vida, do que pôr em risco os interesses vitais da alma. ME2 132.2
Mordomos de Deus
Vós, que vos ligastes com essas sociedades secretas, estais confiando num bordão que se fará em pedaços; não confiais no Senhor Deus de Israel, buscando diligentemente saber Sua vontade e seguir em Seus caminhos. Quando inverteis dinheiro nessas organizações, agis na esperança de prover para o futuro. Tendes-lhes dado tempo e pensamento e trabalho e dinheiro, ao passo que a causa de Cristo tem sido negligenciada. Todo dólar pago a essas organizações é tão verdadeiramente desviado da causa de Deus como se fosse submerso no oceano. Não foi, porém, esse capital a vós confiado da parte de Deus para usar em Seu serviço, para salvação de vossos semelhantes? Invertê-lo naquilo em que não pode honrar a Deus ou beneficiar os homens, é estardes repetindo o pecado do servo negligente que escondeu o talento de seu Senhor na terra. ME2 132.3
O Senhor não confiara ao servo infiel um grande capital, mas um talento apenas. Aquele único talento o homem não invertera no interesse de Deus; escondeu-o na terra, queixando-se de que o Senhor era duro, ceifando onde não semeara, e ajuntando onde não espalhara. O egoísmo que ele manifestou e as queixas que fez, como se Deus houvesse de exigir dele aquilo que não tinha direito de reclamar, mostravam que ele não conhecia a Deus nem a Jesus Cristo, a quem Ele enviara. Tudo quanto ele possuía era propriedade do próprio Senhor, e fora-lhe confiado para usar para Deus. Quando ele diz: “Atemorizado, escondi na terra o Teu talento” (Mateus 25:25), reconheceu que o talento provinha de Deus. ME2 133.1
E que disse o Senhor? — “Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei.” Mateus 25:26. Aqui repete Ele as palavras do servo, não lhes reconhecendo a veracidade, mas mostrando o que, em harmonia com sua própria explicação, o servo deveria haver feito. Virtualmente, o Senhor diz: “Não fizeste nenhum esforço para negociar com o capital que te confiei, e ganhar um aumento para promover Minha glória na Terra. ‘Devias então ter dado o Meu dinheiro aos banqueiros, e, quando Eu viesse, receberia o Meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver [negociado com o de Seu Senhor] até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores.’” Mateus 25:27-30. A toda alma a quem veio a luz da verdade é dada esta lição. ME2 133.2
Nunca devemos esquecer que o Senhor nos pôs em prova neste mundo, para determinar nossa aptidão para a vida futura. Não pode entrar no Céu ninguém cujo caráter esteja contaminado pela fétida mancha do egoísmo. Portanto Deus nos prova aqui mediante o confiar-nos bens temporais, para que nosso uso deles mostre se nos podem ser confiadas riquezas eternas. Unicamente à medida que a vida abnegada de Cristo se reflete em nossa vida é que podemos estar em harmonia com o Céu, e estar aptos a entrar lá. ME2 134.1
Onde estamos nós colocando nosso tesouro?
A grande preocupação e ambição do mundo, porém, é obter vantagens materiais, temporais, com negligência dos bens espirituais. Assim acontece com alguns membros da igreja. Quando afinal eles forem chamados a prestar contas a Deus, não somente ficarão envergonhados, mas surpreendidos de não haverem discernido as riquezas reais, e de não haverem depositado tesouro nos Céus. Fizeram suas dádivas e ofertas aos inimigos da verdade, esperando que viesse tempo nesta vida em que haveriam de receber os dividendos pelo que haviam invertido. Puderam confiar seus meios a sociedades secretas, mas quando a causa de Deus se encontra em necessidade dos meios que Ele confiou a Seus instrumentos humanos, estes não têm interesse, não consideram o dom que o Senhor lhes concedeu. Estão cegados pelo deus deste mundo. ME2 134.2
Eles dizem: “Não tenho nada a dar a esse empreendimento; pois não receberei dividendos. Pagando à loja, estou provendo para o futuro e, além disso, preciso pagar minha parte pelos entretenimentos que me satisfazem ao gosto. Não posso desistir desses prazeres. Por que a igreja se volta para mim no sentido de ajudar a satisfazer a esses reiterados pedidos? ‘Senhor, eu conhecia-Te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o Teu talento’ (Mateus 25:24, 25), esperando que um dia eu fosse beneficiado por ele.” ME2 134.3
Manda-nos o Salvador: “Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mateus 6:19-21. ME2 135.1
Muitos estão depositando seu tesouro nessas sociedades secretas, e não podemos ver que seu coração está ali? Por mais poderosas que sejam as provas da verdade, ela perde pouco a pouco seu brilho, perde sua força, o Céu se desvanece da mente, o eterno peso de glória, o dom de Deus para uma vida de obediência, afiguram-se assunto que não merece atenção ao compararem-se com os supostos proveitos a serem fruídos pelo ajuntar tesouros terrenos. Almas estão à míngua do pão e da água da vida; mas que é isso para aquele cujo coração está neste mundo? Muitos homens estão a dizer por suas ações, se não por palavras: “Não posso abandonar meu interesse nos tesouros do mundo, para assegurar o eterno. A vida futura é muito remota para que eu conte com ela. Prefiro os bens terrenos, e correrei o risco do futuro. Deus é bom e misericordioso.” Negligente servo! Vossa parte será certamente indicada juntamente com os hipócritas e os incrédulos se continuardes a seguir essa direção. O fascínio da sala do clube, as ceias e os companheiros amantes do mundo, têm levado, como fez o festim de Belsazar, ao esquecimento de Deus, e a desonrar o Seu nome. ME2 135.2
Cooperareis com Deus?
Há sobre o espírito humano uma cegueira que é voluntária. Jesus disse: “O coração deste povo está endurecido, e ouviram de malgrado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e Eu os cure.” Mateus 13:15. A obra de Deus pela salvação dos homens é a obra de suprema importância a ser levada avante no mundo; muitos, porém, não vêem isto, porque seu interesse se encontra mais nas fileiras do inimigo do que com os leais soldados de Cristo. Não vêem a necessidade da cooperação do instrumento humano com o divino. O Senhor nos ordenou: “Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.” Filipenses 2:12, 13. Este é o plano que Deus nos revelou a fim de guiar-nos em todos os planos e desígnios da vida. Mas enquanto os homens oram: “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu” (Mateus 6:10), muitos rejeitam os próprios meios pelos quais Deus quer estabelecer Seu reino. ME2 135.3
Quando eles estiverem dispostos a reputar tudo como perda para que possam ganhar a Cristo, seus olhos se abrirão para ver as coisas como em realidade são. Então eles se hão de afastar das atrações terrenas para as celestiais. Hão de ver então a verdadeira natureza dos gozos mundanos, egoístas que agora tão alto prezam, e essas coisas agora tão caras para eles serão abandonadas. ME2 136.1
Todo o Céu vos contempla, a vós que professais crer na mais sagrada verdade que já foi confiada a mortais. Anjos esperam com ansioso desejo cooperar convosco na obra da salvação de almas. Recusareis essa aliança celeste a fim de manterdes vossa ligação com sociedade em que Deus não é honrado, onde Seus mandamentos são pisados? Como vos haveria a verdade sido trazida, caso outros houvessem sentido tão pouco interesse em sua propagação como alguns de vós manifestam? A causa de Deus requer nosso auxílio a fim de ser estabelecida nas devidas bases, e para que a verdade seja levada a novos campos, aos que estão prestes a perecer. Podeis vós, que professais ser filhos de Deus, recusar-vos a ajudar nesta obra? Haveis de, para receber os lucros terrenos, reter vossos meios dos tesouros de Deus, e deixar que Sua obra seja vergonhosamente negligenciada? É entristecedor considerar o que poderia haver sido realizado na salvação de almas caso o coração e o serviço de todos os que professam crer na verdade se houvessem, de coração inteiro, dado ao Senhor. A obra tem sido feita negligentemente. Estivesse o próprio eu escondido em Cristo, os pecadores poderiam, mediante métodos sábios, engenhosos, haver sido ganhos para a verdade, e estar hoje cooperando com Deus. ME2 136.2
Agora, antes que chegue o tempo em que tenhais de prestar contas a Deus, insisto em que deis ouvidos a Sua palavra: “Ajuntai para vós” “tesouro nos Céus” (Mateus 6:20; Lucas 12:33), não em sociedades secretas. Considerai que há unicamente um Proprietário do Universo, e que todo homem, com seu tempo, intelecto, recursos, pertence Aquele que pagou o resgate da alma. Deus tem justo direito ao constante serviço e suprema afeição. A vontade de Deus, não vosso prazer, deve constituir vosso critério. E ainda que devais acumular menos rapidamente uma fortuna, estareis ajuntando um tesouro no Céu. Quem da igreja está resolvido a manter sua espiritualidade? Quem desenvolverá uma experiência que revele fervor cristão, perseverante energia? Quem, como Jesus, não fracassará nem ficará desanimado, não em agarrar meios para o serviço do próprio eu, mas em trabalhar juntamente com Deus? ME2 137.1
Todo aquele que está se esforçando pela coroa da vida eterna será tentado como o foi seu Mestre antes dele. A Ele foram oferecidos os reinos do mundo, se rendesse homenagem a Satanás. Houvesse Cristo cedido à tentação, o mundo haveria passado para sempre ao domínio do maligno. Mas, graças a Deus, Sua divindade irradiou através da humanidade. Ele fez aquilo que todo ser humano pode fazer no nome e na força de Jesus. Disse: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” Mateus 4:10. Se essa for a maneira por que enfrenteis a tentação, Satanás vos deixará, como deixou a Cristo, e anjos vos servirão, como a Ele serviram. ME2 137.2
Aos que têm pensado e falado das grandes vantagens a serem obtidas mediante associações mundanas, declara o Senhor, mediante o profeta Malaquias: ME2 137.3
“As vossas palavras foram agressivas para Mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra Ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveitou termos cuidado em guardar os Seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao Senhor, e escapam.” Malaquias 3:13-15. ME2 137.4
Tais são os pensamentos de muitos, ainda que as palavras não sejam proferidas. ME2 138.1
“Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve. Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.” Malaquias 3:16 a 4:1. ME2 138.2
Aí estão as pessoas que no mundo são consideradas grandemente favorecidas; mas vem um tempo em que os filhos de Deus são distinguidos como aqueles que são honrados por Deus porque eles O honraram. ME2 138.3
“Vede quão grande caridade [amor] nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro.” 1 João 3:1-3. ME2 138.4
O melhor caminho
Ao passo que as honras e riquezas e poder temporais são o grande objeto da ambição dos homens deste mundo, o Senhor indica alguma coisa mais digna de nossas mais altas aspirações: ME2 138.5
“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que visitarei a todo o circuncidado com o incircunciso.” Jeremias 9:23-25. ME2 139.1
“Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa; mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina; e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” 1 Pedro 2:6-9. ME2 139.2
“Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação; sabendo que não foi com coisas corruptíveis como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais. Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.” 1 Pedro 1:13-19. — Folheto publicado em 1898, Should Christians Be Members of Secret Societies? ME2 139.3
Não podem receber o selo de Deus
Aqueles que se acham sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel, não se podem unir aos Maçons ou a outra qualquer organização secreta. O selo do Deus vivo não será colocado em ninguém que mantenha tal ligação depois que a luz da verdade fulgiu em seu caminho. Cristo não está dividido, e os cristãos não podem servir a Deus e a Mamom. Diz o Senhor: “Saí do meio deles, e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso.” 2 Coríntios 6:17, 18. — Carta 21, 1893. ME2 140.1