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Capítulo 29 — O uso de remédios

Para aliviar a dor e restaurar a saúde

Empregar todos os recursos — Não é negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a Natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé [para o doente que pede orações em seu favor] cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todos os recursos para a restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais. — A Ciência do Bom Viver, 231, 232 (1905). ME2 286.1

Usar os meios ao nosso alcance — A idéia que tendes, de que não se deveriam usar remédios para os doentes, é erro. Deus não cura os doentes sem o concurso dos meios de cura que estão ao alcance dos homens, ou quando os homens se recusam a ser beneficiados pelos remédios simples que Deus proveu no ar e na água puros. ME2 286.2

Houve médicos nos dias de Cristo e dos apóstolos. Lucas é chamado o médico amado. Confiou no Senhor quanto a tornar-se hábil na aplicação de remédios. ME2 286.3

Quando o Senhor disse a Ezequias que lhe pouparia a vida por quinze anos, e como sinal de que cumpriria Sua promessa, fez que o Sol voltasse atrás dez graus, por que não aplicou ao rei Seu direto poder restaurador? Disse-lhe que pusesse uma pasta de figos sobre a úlcera, e esse remédio natural, abençoado por Deus, o curou. O Deus da Natureza ainda hoje dirige o instrumento humano no uso de remédios naturais. ME2 286.4

Eu poderia prosseguir indefinidamente, discorrendo sobre este assunto, meu irmão, mas deixo-o agora, citando alguns exemplos. [Segue-se a referência a dois casos de uso de carvão de lenha. Ver capítulo 30.] ME2 287.1

Todas estas coisas nos ensinam que devemos ser muito cuidadosos para não acolhermos idéias e impressões radicais. Vossas idéias acerca da medicação por drogas, devo respeitar; mas mesmo nisso deveis nem sempre revelar aos pacientes que desprezais inteiramente as drogas, até que eles compreendam bem o assunto. Muitas vezes assumis atitudes em que prejudicais vossa influência e a ninguém fazeis bem algum, expressando todas as vossas convicções. Deste modo vos separais do povo. Deveis modificar vossos fortes preconceitos. — Carta 182, 1899. (A um obreiro num campo além-mar). ME2 287.2

Remédios de Deus — Existem muitos meios de praticar a arte de curar, mas só existe um meio que o Céu aprova. Os remédios de Deus são os simples agentes da Natureza que não sobrecarreguem nem debilitem o organismo por causa de suas propriedades enérgicas. O ar e a água puros, o asseio, o regime alimentar apropriado, a pureza de vida, e a firme confiança em Deus são remédios por cuja falta milhares estão a perecer; entretanto esses remédios estão caindo de moda porque seu emprego inteligente requer trabalho que o povo não aprecia. O ar puro, exercício, água pura e ambientes limpos e aprazíveis estão ao alcance de todos, com pequena despesa; mas as drogas são caras, tanto pelo desembolso de meios como pelos efeitos produzidos no organismo. — Testimonies for the Church 5:443 (1885). ME2 287.3

Usai os remédios mais simples — A Natureza necessitará de alguma assistência para pôr as coisas em seu devido lugar, e esta assistência pode encontrar-se nos remédios mais simples, especialmente aqueles que a própria Natureza provê: ar puro, e com o precioso conhecimento de como respirar; água pura, com o conhecimento de como aplicá-la; abundância de luz solar em cada cômodo da casa, se possível, e com o conhecimento inteligente de que vantagens se podem tirar de seu uso. Todos esses são poderosos em sua eficiência, e os pacientes que tiverem o conhecimento de como comer e vestir-se de modo saudável, podem viver para o conforto, a paz e a saúde, e não serão induzidos a pôr em seus lábios drogas que, em lugar de ajudar a Natureza, paralisa suas faculdades. Se os enfermos e sofredores fizerem apenas o melhor que sabem com relação a viver os princípios da reforma de saúde perseverantemente, em nove casos de cada dez ficarão livres de seus males. — Medicina e Salvação, 223, 224; Manuscrito 22, 1887. ME2 287.4