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Médicos e ministros convidados à abnegação

Sinto-me impressionada a escrever-vos esta manhã, para vos pedir que cuideis de tratar todos os homens com eqüidade. Tenho sido instruída de que há perigo em seguirdes, com alguns médicos, um procedimento que lhes causará dano. Devemos fazer tudo que está em nosso poder para animar os talentos ministeriais, e também os de médicos, concedendo-lhes todas as vantagens razoáveis, mas há um limite para além do qual não devemos ir. ME2 198.4

Quando estivemos a procurar um médico para ocupar o cargo de diretor clínico do Sanatório de Loma Linda, um médico experimentado concordou em ir, sob certas condições. Estipulou determinada quantia como seus honorários, e disse que não iria por menos. Pensaram alguns que, visto como parecia difícil encontrar alguém, poderíamos convidar aquele médico, concordando com suas condições. Eu disse, porém, ao irmão [J. A.] Burden: “Não seria direito ajustar esse médico, e pagar-lhe tanto, quando outros, que trabalham tão fielmente como ele, recebem menos. Isto não é justiça, e o Senhor me instruiu de que não aprovaria semelhante discriminação.” ME2 198.5

O Senhor pede abnegação em Seu serviço, e essa obrigação cabe aos médicos, assim como aos ministros. Temos perante nós uma obra intensiva, que requer meios, e devemos convocar ao serviço jovens que trabalhem como ministros e médicos, não por amor dos salários mais elevados, mas por causa das grandes necessidades da causa de Deus. O Senhor não Se agrada desse espírito de ganância de salários mais altos. Precisamos de médicos e ministros cujo coração seja consagrado a Deus, e que recebam ordens do maior Missionário-Médico que já andou na Terra. Contemplem eles Sua vida de abnegação, e depois façam sacrifício de boamente, a fim de que mais obreiros possam empenhar-se em semear a semente evangélica. Se todos trabalharem neste espírito, menores salários serão necessários. ME2 199.1

Alguns têm faltado neste ponto. Deus os tem abençoado com habilidade para prestar um serviço aceitável, mas têm deixado de aprender lições de economia, de abnegação e de andar humildemente com Deus. Suas exigências de salário elevado foram atendidas e eles se tornaram extravagantes no uso dos meios; perderam a influência para o bem que deviam ter exercido, e não foi com eles a mão prosperadora de Deus. ... Cuidado para não depositardes confiança demasiado grande naqueles que demandam salário alto como condição para se empenharem na causa do Senhor! Escrevo-vos isto como advertência. — Carta 330, 1906. ME2 199.2