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A espécie de educação que as crianças necessitam

Digo que essas criancinhas que são pequenas devem ter educação, e é exatamente o que receberiam na escola. Devem desfrutar a disciplina da escola sob uma pessoa que saiba como lidar com as crianças de acordo com os seus temperamentos diferentes. Eles devem procurar fazer com que essas crianças compreendam suas responsabilidades de uns para com os outros e sua responsabilidade para com Deus. Devem ser incutidos em sua mente os próprios princípios que irão habilitá-las para a série mais elevada e para a escola superior. ME3 220.1

Há uma escola superior para a qual todos nós estamos indo, e a menos que essas crianças sejam educadas com hábitos e pensamentos corretos, e com a devida disciplina, pergunto a mim mesma como entrarão algum dia na escola do alto? Onde está sua reverência? Onde estão suas primorosas idéias que deviam cultivar? E todas essas coisas. Isto precisa ser uma experiência diária. ME3 220.2

A mãe, ao empenhar-se em seus afazeres, não deve ficar irritada, ralhar e dizer: “Você está me estorvando, e gostaria que fosse embora, gostaria que fosse lá fora”, ou algo parecido com isso. Ela deve tratar seus filhos assim como Deus trata a Seus filhos de mais idade. Ele nos considera como filhos em Sua família. Quer que sejamos educados e instruídos de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Quer que essa educação comece com os pequeninos. Se a mãe não tem tato e habilidade, se ela não sabe como lidar com mentes humanas, ela deve colocá-los sob a tutela de alguém que os discipline, e molde e modele sua mente. ME3 220.3

Pois bem, apresentei o assunto de tal modo que seja compreendido? Há algum ponto, Guilherme, que eu tenho no livro, que não abordei aqui? ME3 221.1

G. C. White: Não sei. Acho, Mãe, que nosso povo em todas as partes dos Estados Unidos e, devo dizer, de todo o mundo, às vezes faz deduções de mui longo alcance baseadas numa declaração isolada. ME3 221.2

Ora, em meu estudo da Bíblia e em meu estudo de seus escritos, passei a crer que há um princípio fundamental para todo preceito, e que não podemos compreender devidamente o preceito sem entender o princípio. ME3 221.3

Creio que nalgumas das declarações que suscitaram muita controvérsia — como os seus conselhos a respeito do uso da manteiga, e sua declaração sobre o único professor que a criança devia ter até os oito ou dez anos de idade — era nosso privilégio discernir o princípio. Creio que no estudo dessas declarações devemos reconhecer que todo preceito de Deus é dado com misericórdia, e em consideração das circunstâncias. ME3 221.4

Deus disse: “O que Deus ajuntou não o separe o homem”; no entanto, Cristo explica que a lei do divórcio foi dada por causa da dureza dos seus corações. Devido à degeneração das pessoas foi permitida a lei do divórcio que não estava no plano original de Deus. Creio que o princípio deve ser compreendido em relação com tais declarações isoladas como o seu protesto contra o uso da manteiga e a declaração de que a criança não deve ter outro professor que não seja a mãe, até os oito ou dez anos de idade. ME3 221.5

Pois bem, quando lhe foi dada aquela visão sobre a manteiga, foi-lhe apresentada a condição das coisas — pessoas usando manteiga cheia de germes. Elas estavam fritando e cozendo nela, e seu uso era deletério. Mais tarde, porém, quando nosso povo estudou o princípio das coisas, eles verificaram que, embora a manteiga não seja o melhor, talvez não seja tão má como alguns outros males; e assim, nalguns casos, eles a estão usando. ME3 221.6

Suponho que essa questão da escola era idêntica. O plano ideal é que a mãe seja a professora — uma professora inteligente como a que a senhora descreveu esta manhã. Acho, porém, que foi uma grande desdita para a nossa causa, do Maine à Califórnia, e de Manitoba à Flórida, que nosso povo interpretasse essa declaração de que a criança não deve ter outra professora senão a mãe, até que tenha oito ou dez anos de idade, como uma categórica proibição de que essas crianças desfrutem os privilégios da escola. No meu entender, essa é realmente a questão diante de nós esta manhã. ME3 222.1

Quando os irmãos estudam este assunto do ponto de vista do bem da criança, do ponto de vista da justiça para com os pais, pelo que eu posso ver, todos eles reconhecem que há condições nas quais seria melhor que a criança tivesse algum privilégio escolar, em vez de ser excluída. Há, porém, o preceito: A criança não deve ter outro professor senão os pais até os oitos ou dez anos de idade; isso resolve a questão. ... ME3 222.2

Irmã White: Bom, se os pais não se compenetraram disso, você pode parar onde está. Portanto, temos de tomar providências, porque há muitos pais que não resolveram disciplinar-se a si mesmos. ... ME3 222.3

Creio que as pessoas aqui por volta que têm vantagens podem, cada qual, fazer alguma coisa para sustentar uma escola para os outros. Eu estou disposta a fazer isso. Não acho que isso seja algo que deva ser levado em consideração. [Falamos de] “despesas”, “despesas”, “despesas” — não é absolutamente nada ter um pouquinho de despesas. ME3 222.4