Evangelismo

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O evangelista e a publicidade

Não deve haver jactância — Não é cabível o vangloriar-nos de algum mérito. ... O segredo do êxito não é encontrado nem em nossa erudição, nem em nossa posição, nem em nosso número ou nos talentos a nós confiados, nem na vontade do homem. — Parábolas de Jesus, 401, 404 (1900). Ev 131.4

Não devemos seguir o costume do mundo — Não devemos fazer nossas as maneiras do mundo. Temos que dar ao mundo um exemplo mais nobre, mostrando que nossa fé é de natureza sublime e elevada. ... Por conseguinte, todas as noções extravagantes e as peculiaridades individuais, bem como os planos acanhados, que dão falsas impressões da grandeza da obra, tudo isso deve ser evitado. — Carta 14, 1887. Ev 132.1

Não fazer qualquer falsa apresentação para conquistar a simpatia — Não devemos dar idéia errônea daquilo que professamos crer a fim de ganhar favor de alguém. Deus aborrece a falsa apresentação e a prevaricação. Ele não tolerará o homem que diz e não pratica. A obra mais nobre, a melhor de todas, é a que provém de uma atitude digna e honesta. — Carta 232, 1899. Ev 132.2

Cristo não foi chamado professor — Não é o interesse de galgar as alturas que faz com que sejais grandes à vista de Deus, mas é na vida humilde e de bondade, mansidão, fidelidade e pureza, que sereis alvo da proteção especial dos anjos celestiais. O Homem-Modelo, que não teve por usurpação ser igual a Deus, tomou sobre Si a nossa natureza e viveu cerca de trinta anos numa obscura cidade da Galiléia, escondido entre montanhas. Todas as hostes angélicas estavam sob Suas ordens, não obstante, Ele não Se arrogou ser qualquer coisa grande ou exaltada. Nem ao menos o título de “Professor” Ele acrescentara ao Seu nome para satisfação própria. Era um carpinteiro, trabalhando para ganhar Seu salário, servo daqueles para quem trabalhava. — Carta 1, 1880. Ev 132.3

Cristo reprovou a vaidade deles — Reprovou também a vaidosa ostentação de cobiçar o título de rabi, ou de mestre. Esse título, declarou, não pertencia a homens, mas ao Cristo. Sacerdotes, escribas e príncipes, expositores e ministradores da lei, eram todos irmãos, filhos do mesmo Pai. Jesus ensinou positivamente o povo a não dar a nenhum homem um título de honra que indicasse possuir ele domínio sobre sua consciência ou sua fé. Ev 132.4

Se Cristo Se encontrasse hoje na Terra, rodeado pelos que usam o título de “Reverendo”, “Reverendíssimo”, não repetiria Suas palavras: “Nem vos chameis, mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo”? A Escritura declara a respeito de Deus: “Santo e tremendo [‘reverendo’ dizem outras versões] é o Seu nome.” Salmos 111:9. A que ser humano cabe esse título? — O Desejado de Todas as Nações, 613 (1898). Ev 133.1

Ninguém tem direito ao título de “reverendo” — Não deve ser rebaixada a norma daquilo que representa a genuína educação. Antes precisa ser elevada muito acima do nível atual. Não é ao homem que devemos exaltar e adorar; é a Deus, o único verdadeiro Deus, o Deus vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. Ev 133.2

De acordo com os ensinos das Escrituras, é uma desonra a Deus, quando tratamos de “Reverendo” aos ministros. Nenhum mortal tem direito de usar este título ligado ao seu nome, ou ao de qualquer outro ser humano. Só pertence a Deus, para distingui-Lo de todos os outros seres. Os que reclamam para si este título, usurpam a santa honra que só pertence a Deus. Não têm direito ao título usurpado, seja qual for a posição que ocupem. “Santo e tremendo é o Seu nome.” (Reverendo diz a tradução inglesa.) Desonramos a Deus quando usamos este título fora de seu próprio lugar. — The Youth's Instructor, 7 de Julho de 1898. Ev 133.3

Homens humildes tratando de assuntos elevados — Os ministros do evangelho devem apresentar a verdade em sua simplicidade, fazendo com que as Escrituras, com a bênção de Deus, sejam proveitosas “para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”. “Maneja bem a palavra da verdade” — isto é o que devia ser dito de todos os nossos ministros. Ev 133.4

Longe, muito longe disto, porém, muitos dos ministros se afastam dos planos traçados por Cristo. Ambicionam o louvor dos homens e empregam intensamente cada faculdade, num esforço de descobrir e apresentar coisas admiráveis. O Senhor me ordena aconselhá-los a andarem humildemente com Deus, com espírito de oração. ... Estai dispostos a ser homens humildes, tratando de assuntos elevados. — Manuscrito 62, 1905. Ev 134.1

Não temos homens eminentes — Não temos grandes homens entre nós, e ninguém precisa procurar aparentar o que não é — homem notável. Não é sábio um simples indivíduo salientar-se como se tivesse algum grande talento, como se fosse um Moody ou um Sankey. — The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. Ev 134.2

A mensagem — não o homem — O ministro que aprendeu de Cristo sempre estará cônscio de que é um mensageiro de Deus, comissionado por Ele a fazer uma obra para este tempo e para a eternidade. Não deve fazer nenhuma parte de seu objetivo chamar a atenção para si mesmo, sua cultura ou sua capacidade. Seu único objetivo deve ser levar pecadores ao arrependimento, indicando-lhes, tanto por preceito como por exemplo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O eu deve estar escondido em Jesus. Tais homens falarão como quem está cônscio de possuir poder e autoridade vindas de Deus, sendo Seu porta-voz. Suas pregações terão tal zelo e fervor para persuadir, que levarão pecadores a ver sua condição de perdidos, buscando refugiar-se em Cristo. — The Review and Herald, 8 de Agosto de 1878. Ev 134.3

João era apenas uma voz — Olhando com fé ao Redentor, João elevara-se ao ponto da abnegação. Não buscava atrair os homens a si, mas erguer-lhes o pensamento cada vez mais alto, até que pudesse repousar no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um clamor no deserto. Agora aceitava com alegria o silêncio e a obscuridade, a fim de que os olhos de todos se pudessem volver para a Luz da vida. — Obreiros Evangélicos, 56 (1915). Ev 134.4

Homens semelhantes a João são escolhidos hoje — Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o obreiro que, como João Batista, assume posição humilde em face de Deus. O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus. Os seres celestes podem cooperar com aquele que busca não se exaltar a si mesmo, mas salvar almas. — O Desejado de Todas as Nações, 436 (1898). Ev 135.1

A glorificação própria prejudica a obra — Não há religião na entronização do próprio eu. Aquele, cujo alvo é a glorificação própria, se encontrará destituído daquela graça que, somente, pode torná-lo eficiente no serviço de Cristo. Quando é tolerado o orgulho e a complacência própria, a obra é arruinada. — Parábolas de Jesus, 402 (1900). Ev 135.2

A verdadeira medida de um homem — O valor do cristão não depende de seus brilhantes dons, de sua nobre estirpe, de suas maravilhosas capacidades, mas de um coração puro — um coração purificado e refinado, que não se exalta a si mesmo, porém que, contemplando a Cristo, reflete a imagem da divindade, há muito perdida. — Carta 16, 1902. Ev 135.3

Jesus somente — Recusando resolutamente exibir sabedoria humana ou a exaltar-se, eles [obreiros de Deus] realizarão uma obra que resistirá aos assaltos de Satanás. Muitas almas sairão das trevas para a luz, e muitas igrejas serão estabelecidas. Os homens se converterão, não ao instrumento humano, mas a Cristo. O eu será mantido para trás; somente Jesus, o Homem do Calvário, aparecerá. — Atos dos Apóstolos, 278 (1911). Ev 135.4