Evangelismo

119/167

O evangelista cantor

O preparo para o evangelismo do canto — Deve haver muito mais interesse na cultura da voz do que é agora em geral manifestado. Os alunos que têm aprendido a cantar os suaves hinos do evangelho com melodia e clareza, podem fazer muito bem como cantores-evangelistas. Eles encontrarão muito ensejo de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e claridade a muito lugar solitário entenebrecido pelo pecado, dor e aflição, cantando para aqueles que raramente têm os privilégios da igreja. — The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. Ev 504.1

Um poder para ganhar almas — Há muita emoção e música na voz humana, e se o aluno fizer decididos esforços, adquirirá hábitos de falar e cantar que lhes serão uma força no ganhar almas para Cristo. — Manuscrito 22, 1886. Ev 504.2

Anunciar uma mensagem especial em canto — Há pessoas que têm especial dom para cantar, e ocasiões há em que uma mensagem especial é anunciada por um solo ou por um canto feito por vários. Mas raramente deve o canto ser feito por uns poucos. A aptidão de cantar é um talento que exerce influência, a qual Deus deseja que todos cultivem e empreguem para glória de Seu nome. — Testimonies for the Church 7:115, 116 (1902). Ev 504.3

Entonações claras — dicção distinta — Palavra alguma pode exprimir devidamente a profunda bênção do verdadeiro culto. Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais tomam o tom e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos outorgou todos os dons que nos habilitam a ser cooperadores de Deus, espera que Seus servos cultivem a voz, de modo a poderem falar e cantar de maneira que todos entendam. Não é o canto alto que é necessário, porém entonações claras, a pronúncia correta, a dicção distinta. Tomem todos tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor de Deus seja entoado em tons claros, suaves, sem asperezas e estridências que ofendam ao ouvido. A aptidão de cantar é dom de Deus; seja ele usado para glória Sua. — Testimonies for the Church 9:143, 144 (1909). Ev 504.4

Fatores na eficácia da música — A música pode ser um grande poder para o bem; contudo não tiramos o máximo proveito desta parte do culto. O cântico é geralmente originado do impulso ou para atender casos especiais, e em outras vezes os que cantam o fazem mal, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve possuir beleza, poder e faculdade de comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja auxílio, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus em oferta aceitável. Ev 505.1

Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor. — Gospel Workers, 325 (1892). Ev 505.2

O diretor do canto celestial — Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. ... Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. — Testemunhos Selectos 1:45 (1857). Ev 505.3

Um bem dirigido programa de canto — Um ministro não deve designar hinos para serem cantados, enquanto não estiver certificado de que os mesmos são familiares aos que cantam. Uma pessoa capaz deve ser indicada para dirigir esse serviço, sendo seu dever verificar que se escolham hinos que possam ser entoados com o espírito e com o entendimento também. Ev 506.1

O canto é uma parte do culto de Deus, porém na maneira estropiada por que é muitas vezes conduzido, não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor. Organizai um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois todos quantos queiram se unam com eles. Os que cantam devem esforçar-se para cantar em harmonia; devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para glória de Deus. Ev 506.2

Não se deve deixar, porém, que o canto distraia a mente das horas de devoção. Se alguma coisa deve ser negligenciada, seja então o canto. — The Review and Herald, 24 de Julho de 1883. Ev 506.3

A atratividade da voz humana — A voz humana que entoa a música de Deus vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas. — Carta 2c, 1892. Ev 506.4

Advertências — Fui dirigida a alguns de vossos ensaios, e fui levada a ler os sentimentos que existiam no grupo, sendo vós a pessoa preeminente. Havia mesquinhos ciúmes e invejas, ruins suspeitas e maledicências. ... O culto de coração é o que Deus requer; as formas e o culto de lábios são como o metal que soa e o címbalo que tine. Vosso canto visa a exibição, não louvar a Deus com o espírito e o entendimento. O estado do coração revela a qualidade da religião do que professa piedade. — Carta 1a, 1890. Ev 507.1