Evangelismo

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Uma conclusão perfeita

O evangelista deve finalizar sua obra — O obreiro nunca deve deixar parte do trabalho por fazer, porque esta lhe não agrade, pensando que o ministro que vier depois a fará por ele. Quando assim acontece, se vem um segundo ministro, e apresenta as exigências de Deus quanto a Seu povo, alguns voltam atrás, dizendo: “O ministro que nos trouxe a verdade, não mencionou essas coisas.” E se escandalizam com a Palavra. Alguns recusam aceitar o sistema do dízimo; afastam-se, e não se unem mais com os que crêem na verdade e a amam. Quando outros pontos lhes são expostos, dizem: “Não nos foi ensinado assim”, e hesitam em avançar. Quanto melhor teria sido se o primeiro mensageiro da verdade houvesse educado fiel e cabalmente esses conversos quanto a todos os assuntos essenciais, mesmo que poucos se houvessem unido à igreja pelo seu trabalho! — Obreiros Evangélicos, 369, 370 (1915). Ev 321.1

Uma obra que não se há de desfazer — Os ministros não devem sentir que sua obra está completa, enquanto os que aceitaram a teoria da verdade não compreenderem realmente a influência de seu poder santificador, e se acharem deveras convertidos. Quando a palavra de Deus, como uma aguda espada de dois gumes, penetra o coração e desperta a consciência, muitos pensam que isto é bastante; o trabalho, porém, apenas começou. Fizeram-se boas impressões, mas a menos que elas sejam aprofundadas mediante esforços cuidadosos, corroborados pela oração, Satanás as anulará. Não fiquem os obreiros satisfeitos com o que foi conseguido. O arado da verdade deve sulcar mais fundo, o que certamente acontecerá, se forem feitos esforços completos para dirigir os pensamentos e estabelecer as convicções dos que estão estudando a verdade. Ev 321.2

Muitas vezes o trabalho é deixado incompleto, e em muitos desses casos não produz resultado. Por vezes, depois de um grupo de pessoas haver aceitado a verdade, o ministro pensa que deve seguir imediatamente para novo campo; e às vezes sem a devida investigação, recebe autorização para partir. Isso é um erro; ele deve findar o trabalho começado, pois, deixando-o incompleto, faz-se mais mal do que bem. Campo algum é tão pouco prometedor como aquele que foi cultivado o suficiente para dar ao joio um mais luxuriante desenvolvimento. Por esse método muitas almas têm sido abandonadas a serem esbofeteadas por Satanás e à oposição de membros de outras igrejas que rejeitaram a verdade; e muitos são impelidos até a um ponto onde nunca mais poderão ser alcançados. É melhor que o ministro não se meta na obra, a não ser que ele possa completar inteiramente o trabalho. ... Ev 322.1

A menos que aqueles que recebem a verdade sejam inteiramente convertidos, a não ser que haja uma mudança radical na vida e no caráter, a não ser que a alma se ache firmada na Rocha eterna, eles não subsistirão à prova. Depois que o ministro parte, e desaparece a novidade, a verdade perde o poder de sedução, e eles não exercem uma influência mais santificadora do que anteriormente. Ev 322.2

A obra de Deus não deve ser malfeita ou realizada relaxadamente. Quando um ministro entra num campo, deve trabalhá-lo completamente. Ele não deve ficar satisfeito com seu êxito, enquanto não puder, mediante diligente labor e a bênção do Céu, apresentar ao Senhor conversos que possuam um genuíno sentimento de sua responsabilidade, e que farão a obra que lhes é designada. Se ele instruiu devidamente os que se acham sob seu cuidado, ao partir para outros campos de trabalho, a obra não se desfará; estará tão firmemente estabelecida, que ficará segura. — Obreiros Evangélicos, 367-369 (1915). Ev 322.3

Fazer obra completa — Há perigo de que os que realizam reuniões em nossas cidades se satisfaçam com uma obra superficial. Despertem os ministros e presidentes de nossas associações para a importância de fazer uma obra completa. Trabalhem eles e planejem tendo em mente a idéia de que o tempo está a finalizar, e que assim eles devem trabalhar com reduplicado zelo e energia. — The Review and Herald, 11 de Janeiro de 1912. Ev 323.1

Ao passo que devemos aproveitar as oportunidades que a providência de Deus depara, não devemos elaborar projetos maiores nem ocupar mais território em expandir a obra, do que haja auxílio e meios para concluí-la bem e conservar e aumentar o interesse já começado. Embora haja planos mais vastos e mais largos campos a se abrirem constantemente diante dos obreiros, precisa haver idéias mais amplas e mais dilatadas visões no que respeita aos obreiros que devem trabalhar para trazerem almas para a verdade. — Carta 34, 1886. Ev 323.2

Deixar uma obra bem firmada — Levantam-se igrejas e deixam-se cair enquanto novos campos estão sendo penetrados. Ora, essas igrejas são erguidas a muito custo em trabalho e recursos, e depois são negligenciadas e deixadas a desmoronar-se. Tal é a maneira por que as coisas vão presentemente. ... Ev 323.3

Enquanto há deveres por cumprir em nosso caminho, não deveremos procurar e suspirar por uma obra que está a grande distância. Deus não deseja que tanto trabalho já planejado e iniciado com o povo fique abandonado, negligenciado para decair, tornando-se mais difícil de erguê-lo do que se nunca houvesse sido começado. ... Ev 323.4

Espero que considereis as coisas com sinceridade, e não sejais movidos pelo impulso ou a emoção. Nossos ministros devem ser educados e exercitados a fazer sua obra mais cabalmente. Devem concluir a obra, e não a deixar desmoronar-se. E devem cuidar especialmente dos interesses que despertaram, em vez de se retirarem e nunca mais terem qualquer interesse particular depois de deixarem uma igreja. Tem-se feito muito disto. — Carta 1, 1879. Ev 324.1

O interesse das almas tem prioridade — Por anos tem sido comunicada luz sobre esse ponto, mostrando a necessidade de atender ao interesse despertado, sem deixar absolutamente o mesmo enquanto todos os que se inclinam para a verdade não tenham tomado sua decisão, experimentando a conversão necessária para o batismo, e se unindo a uma igreja, ou formando eles próprios uma. Ev 324.2

Não há circunstância de suficiente importância para chamar um ministro que está atendendo a um interesse suscitado pela apresentação da verdade. Mesmo doença e morte são de menor importância que a salvação de almas por quem Cristo fez tão imenso sacrifício. Os que sentem a importância da verdade, e o valor de almas por quem Cristo morreu, não abandonarão um interesse entre o povo por consideração alguma. Dirão: Deixai os mortos enterrarem os seus mortos. Interesses domésticos, terras, casas, não devem ter o mínimo poder de desviar do campo de labor. Ev 324.3

Caso os ministros permitam que essas coisas temporais os distraiam da obra, a única direção que têm a seguir é deixarem tudo, não possuírem terras ou interesses temporais que exerçam influência em atraí-los da obra solene destes últimos dias. Uma alma é de mais valor do que o mundo inteiro. Como podem homens que professam haver-se consagrado à santa obra de salvar almas, deixar que suas pequenas posses temporais lhes absorvam a mente e o coração, e os impeçam de atender à elevada vocação que professam haver recebido de Deus? — Testimonies for the Church 2:540, 541 (1870). Ev 324.4

É ilustrado o prejuízo de deixar uma obra inacabada — Que coragem temos nós — que coragem podemos ter — de desenvolver esforços em diversos lugares, os quais nos gastam as forças e a vitalidade ao extremo, e depois deixar o trabalho extinguir-se sem ninguém que dele cuide? Ev 325.1

Ora, vou simplesmente mencionar minha experiência. Depois de eu desembarcar em solo americano, vindo da Europa, não fui para uma casa, mas para um hotel e tomei minha refeição, e depois fui para _____. Era o lugar por excelência para o qual deviam ter sido feitos planos para lá deixar alguém que rematasse a obra. Havia um povo rico, e profundamente convicto. Era admirável o interesse que se manifestava ali. O povo ia às reuniões e sentava-se a escutar com lágrimas nos olhos; estavam profundamente impressionados; mas o caso foi abandonado sem pessoa alguma que secundasse o interesse; antes deixaram que tudo desandasse. Estas coisas não agradam a Deus. Ou estamos nos estendendo por terreno demasiado vasto e nos propondo fazer demasiado, ou as coisas não estão sendo organizadas como deviam ser. — Manuscrito 19b, 1890. Ev 325.2

Preparando um campo difícil para outros — Ministros que não são homens de piedade vital, que suscitam um interesse entre o povo, mas largam a obra inacabada, deixam um campo dificílimo para outros penetrarem e concluírem o trabalho que eles deixaram de completar. Esses homens serão provados; e se não fizerem sua obra mais fielmente, hão de, após prova posterior, serem postos à margem como inúteis ocupantes do terreno, atalaias infiéis. — Testimonies for the Church 4:317 (1879). Ev 325.3

Resultado de trabalho feito ao acaso — Rematai inteiramente vossa obra. Não deixeis malhas soltas para outro continuar. Não decepcioneis a Cristo. Decidi que haveis de ser bem-sucedidos e, na força de Cristo, podeis dar inteira prova de vosso ministério. ... Ev 325.4

Coisa alguma é tão desanimadora para o avançamento da verdade presente como o trabalho feito a esmo, por alguns dos ministros, pelas igrejas. Necessita-se serviço fiel. As igrejas estão prestes a perecer, por não se acharem fortalecidas na semelhança com Cristo. O Senhor não está satisfeito com a maneira frouxa em que são deixadas as igrejas porque os homens não são fiéis mordomos da graça de Deus. Não recebem Sua graça, e portanto não a podem comunicar. As igrejas estão fracas e enfermiças devido à infidelidade dos que deviam trabalhar entre elas, cujo dever é superintendê-las, velando pelas almas como aqueles que devem dar contas delas. — Manuscrito 8a, 1888. Ev 326.1