Evangelismo

60/167

A mensagem da mordomia cristã

Ensinai cada converso — Toda alma convertida deve ser instruída quanto ao que Deus dela requer no tocante aos dízimos e às ofertas. Tudo o de que desfrutam os homens eles o recebem do grande celeiro de Deus, e Ele Se regozija de que Seus herdeiros desfrutem os Seus bens; mas fez um concerto especial com todos os que estão sob o estandarte sangrento do Príncipe Emanuel, para que mostrem sua confiança em Deus e responsabilidade para com Ele, pela devolução ao Seu tesouro de certa porção do que Lhe pertence. Essa parte tem que ser empregada no sustento da obra missionária que deve ser feita em cumprimento da comissão que lhes foi confiada pelo Filho de Deus precisamente antes de separar-Se de Seus discípulos. — Manuscrito 123, 1898. Ev 249.3

Cada um é um elo na corrente da salvação — Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele buscar e salvar os perdidos. — A Ciência do Bom Viver, 105 (1905). Ev 250.1

A responsabilidade dos evangelistas — Faz parte de vosso trabalho ensinar os que conquistais para a verdade a que tragam para o tesouro o dízimo como reconhecimento de sua subordinação a Deus. Devem eles ser plenamente instruídos quanto ao seu dever de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. Tão simples é o mandamento de dar o dízimo que não há nem sombra de desculpa para a ele desobedecer. Se deixardes de dar aos novos conversos instrução nesse ponto, deixais de fazer uma parte importantíssima de vosso trabalho. — Carta 51, 1902. Ev 250.2

Orientando a nova igreja — Nunca deve o obreiro que organiza pequenos grupos aqui e ali, dar aos recém-convertidos à fé, a impressão de que Deus não exige que eles trabalhem sistematicamente em auxiliar na manutenção da causa, seja por seus trabalhos pessoais, seja por meio de seus recursos. ... Ev 250.3

Todos devem ser ensinados a fazer pelo Mestre o que lhes estiver ao alcance; a devolver-Lhe segundo a prosperidade que lhes tem dado. Ele reclama como Sua a décima parte de suas rendas, sejam elas grandes ou pequenas; e aqueles que a retêm cometem roubo para com Ele, e não podem esperar que Sua mão lhes dê prosperidade. Ainda que a igreja seja composta, na maioria, de irmãos pobres, o assunto da liberalidade sistemática deve ser plenamente exposto, e o plano adotado de coração. Deus é capaz de cumprir Suas promessas. Seus recursos são infinitos, e Ele os emprega todos em cumprir Seus desígnios. E quando vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes, em Sua sábia providência, proporciona meios pelos quais este seja aumentado. Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância. — Obreiros Evangélicos, 222, 223 (1915). Ev 250.4

Prova de comunhão celestial — Nosso Pai celestial concede dons e solicita a devolução de uma parte, a fim de provar se somos dignos de possuir o dom da vida eterna. — Testemunhos Selectos 1:389 (1875). Ev 251.1

Um ponto que deve ser apresentado repetidamente e com tato — Os instrutores da Palavra de Deus não devem reter parte alguma do conselho de Deus, para que o povo não fique ignorante de seu dever, e deixe de compreender qual seja a seu respeito a vontade de Deus, e tropece e caia na perdição. ... Ev 251.2

Não se descuide ninguém de ministrar instrução fiel e simples no tocante ao dízimo. Dê-se instrução quanto a entregar ao Senhor o que Ele reclama como sendo Seu; pois o louvor do Senhor não permanecerá com um povo que O rouba nos dízimos e nas ofertas. Será necessário apresentar repetidamente ao povo o seu dever neste assunto para que os homens entreguem a Deus o que Lhe pertence. Quem for o primeiro a apresentar a verdade seja fiel na apresentação deste assunto, e outrossim, quem continua atendendo ao interessado esclareça também o reclamo de Deus quanto ao dízimo, para que o povo veja que em todos os pontos os obreiros estão ensinando a mesma verdade e são unânimes em com eles instar à obediência a todos os reclamos de Deus. Ev 251.3

Usem, porém, os obreiros, de discrição, e não dêem alimento sólido aos que são crianças; alimentai-os com o leite genuíno da Palavra. Não mistureis, em caso algum, vossa própria concepção de idéias com a verdade e não cubrais os preceitos de Deus com tradições ou suposições. Receba o povo a verdade tal qual é em Jesus. — Manuscrito 39, 1895. Ev 252.1

Um trabalho descuidado — Temos que transmitir a mensagem de advertência ao mundo, e como estamos fazendo nosso trabalho? Estais, vós, irmãos, pregando a porção da verdade que agrada o povo, ao passo que outras partes da obra são deixadas incompletas? Será necessário que alguém vos siga e inste com as pessoas para que cumpram seu dever de entregar fielmente todos os dízimos e ofertas ao tesouro do Senhor? Essa é a obrigação do ministro, mas tem sido calamitosamente negligenciada. O povo tem roubado a Deus, e o mal tem sido suportado, porque o ministro não tem querido desagradar seus irmãos. Deus chama a esses homens mordomos infiéis. — The Review and Herald, 8 de Julho de 1884. Ev 252.2

Dízimo fiel; meios adequados — Se os meios entrassem no tesouro exatamente de acordo com o plano de Deus — um décimo de toda renda — haveria abundância para levar avante a Sua obra. — Testemunhos Selectos 2:41 (1882). Ev 252.3

Recolta para as missões — Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm-se esforçado por dar nova vida aos velhos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. Um dos novos planos para alcançar os descrentes é a campanha da Recolta de Donativos para as missões. Em muitos lugares, durante os poucos anos passados, isso se tem demonstrado um grande êxito, trazendo bênçãos para muitos e aumentando o afluxo de meios para a tesouraria das missões. Ao se fazer com que os que não são da nossa fé se familiarizem com o progresso da mensagem do terceiro anjo, em terras pagãs, sua simpatia tem sido despertada, e alguns têm procurado saber mais acerca da verdade que tanto poder tem para transformar corações e vidas. Homens e mulheres de todas as classes têm sido alcançados e o nome de Deus, glorificado. — Conselhos Sobre Mordomia, 190, 191. Ev 252.4

Evitai os métodos mundanos — Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. ... Ev 253.1

Fiquemos livres de todas essas corrupções, dissipações e festivais de igreja que exercem uma influência desmoralizante sobre jovens e velhos. Não temos o direito de lançar sobre eles o manto da santidade porque os recursos devem ser empregados nos planos da igreja. Tais ofertas são defeituosas e doentias, e têm a maldição de Deus. São o preço de almas. Pode o púlpito defender festivais, dança, tômbolas, quermesses e luxuosos banquetes para obter recursos para os planos da igreja; mas não participemos de nenhuma dessas coisas, pois, se o fizermos, incorreremos no desagrado de Deus. Não nos propomos apelar para a concupiscência do apetite ou recorrer a diversões carnais como meio de induzir professos seguidores de Cristo a dar dos bens que Deus lhes tem confiado. Se não derem voluntariamente, por amor de Cristo, de maneira alguma será a oferta aceitável a Deus. — Idem, 201, 202 (1878). Ev 253.2

Subornados por banquetes e diversões — É um fato deplorável que motivos sagrados e eternos não tenham aquele poder de abrir o coração dos professos seguidores de Cristo para dar ofertas voluntárias para o sustento do evangelho, que têm os tentadores subornos dos banquetes e divertimentos em geral. É uma triste realidade que esses incentivos prevalecem quando as coisas sagradas e eternas não têm força para influenciar o coração a se empenhar em obras de beneficência. Ev 254.1

O plano de Moisés no deserto para alcançar meios teve grande êxito. Não houve necessidade de compulsão. Moisés não fez um grande banquete. Não convidou o povo para cenas de alacridade, dança, e divertimentos em geral. Tampouco instituiu ele tômbolas ou qualquer outra coisa profana dessa espécie a fim de obter recursos para erigir o tabernáculo de Deus no deserto. Deus ordenou a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazerem ofertas. Devia Moisés aceitar dádivas de todo homem que voluntariamente desse, de coração. Essas ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou já ser suficiente. Deviam parar de dar presentes, pois já haviam dado com abundância, muito mais do que podia ser usado. — Idem, 203 (1874). Ev 254.2

E que impressão se faz na mente dos incrédulos? A santa norma da Palavra de Deus é rebaixada até o pó. Deus e o nome de cristão são menosprezados. Por esse meio não escriturístico de levantar recursos, fortalecem-se os mais corruptos princípios. E assim é que Satanás quer que seja. Os homens estão repetindo o pecado de Nadabe e Abiú. Usam no serviço de Deus fogo comum, em vez de fogo sagrado. O Senhor não aceita tais ofertas. Ev 254.3

Todos esses métodos de trazer dinheiro para Seu tesouro são para Ele uma abominação. É uma devoção espúria que leva a tal invenção. Oh, que cegueira, que paixão louca há em muitos dos que pretendem ser cristãos! Membros da igreja estão fazendo o mesmo que fizeram os habitantes do mundo nos dias de Noé, quando a imaginação de seu coração era só má, continuamente. Todos os que temem a Deus aborrecerão tais práticas por serem uma falsa representação da religião de Jesus Cristo. — Idem, 205 (1896). Ev 254.4

A mordomia do homem — Mas há ainda uma significação mais profunda na regra áurea. Todo aquele que foi feito mordomo da multiforme graça de Deus, é chamado a comunicá-la a almas que jazem na ignorância e na treva, da mesma maneira que, estivesse ele no lugar dessas almas, desejaria que elas lha comunicassem. Disse o apóstolo Paulo: “Eu sou devedor, tanto a gregos, como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.” Romanos 1:14. Por tudo quanto tendes aprendido acerca do amor de Deus, por tudo quanto tendes recebido dos ricos dons de Sua graça acima da mais entenebrecida e degradada alma da Terra, sois devedores para com essa alma no sentido de lhe comunicar esses dons. — O Maior Discurso de Cristo, 135 (1896). Ev 255.1