Conselhos sobre o Regime Alimentar
O exemplo de Daniel, em vencer
241. As tentações para condescender com o apetite possuem um poder que só se vence com o auxílio que Deus pode proporcionar. Temos, porém, a promessa de que, para cada tentação, haverá um meio de escape. Por que, então, são tantos os vencidos? É porque não põem em Deus a sua confiança. Não se prevalecem dos meios providos para sua segurança. As desculpas apresentadas para a satisfação do apetite pervertido, não são, pois, de nenhum peso perante Deus. CRA 154.1
Daniel avaliava suas capacidades humanas, mas nelas não confiava. Sua confiança estava na força que Deus prometeu a todos os que forem ter com Ele em humilde dependência, contando inteiramente com o Seu poder. CRA 154.2
Ele propôs em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; pois sabia que semelhante regime não lhe fortaleceria as faculdades físicas nem aumentaria sua capacidade mental. Não usava vinho, nem qualquer outro estimulante artificial; não fazia coisa alguma que lhe entorpecesse a mente; e Deus lhe deu “o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria”, e também “entendimento em toda a visão e sonhos”. ... CRA 154.3
Os pais de Daniel educaram-no, em sua infância, em hábitos de estrita temperança. Haviam-lhe ensinado que devia conformar-se com as leis da Natureza em todos os seus hábitos; que seu comer e beber tinham influência direta sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável a Deus por suas capacidades; pois considerava a todas como dom de Deus, e não devia, por qualquer procedimento, atrofiá-las ou mutilá-las. Em resultado deste ensino, em sua mente exaltava a lei de Deus, e reverenciava-a no coração. Durante os primeiros anos de seu cativeiro, passou Daniel por uma prova severa que o devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e o paganismo. Estranha escola, com efeito, para prepará-lo para uma vida de sobriedade, diligência e fidelidade! E todavia viveu incorrupto pela atmosfera do mal de que se achava circundado. CRA 154.4
A experiência de Daniel e seus jovens companheiros ilustra os benefícios que podem provir de um regime abstêmio, e mostra o que Deus fará em favor dos que com Ele cooperarem na purificação e enobrecimento da alma. Eram eles uma honra a Deus, e uma viva e brilhante luz na corte de Babilônia. CRA 155.1
Nesta história ouvimos a voz de Deus dirigindo-se a nós individualmente, ordenando-nos que reunamos todos os preciosos raios de luz sobre este assunto da temperança cristã, e nos coloquemos na devida relação para com as leis da saúde. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 22, 23 (1890). CRA 155.2
242. Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação. — The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Conselhos Sobre Saúde, 66. CRA 155.3
[A acuidade mental de Daniel era devida ao seu regime simples e sua vida devota — 117]
[Mais acerca de Daniel 33, 34, 117.]