Conselhos sobre o Regime Alimentar

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A causa de debilidades físicas e mentais

219. Como um povo, com toda nossa profissão de reforma de saúde, comemos demais. A tolerância para com o apetite é a maior causa de debilidades físicas e mentais, e jaz na raiz de grande quantidade de fraquezas evidentes em toda parte. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 154 (1890). CRA 135.1

220. Muitos dos que adotaram a reforma de saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite, e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível fazer, ou o que deve fazer, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a natureza em seu trabalho. Entrava a máquina viva. O organismo fica abarrotado, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo. CRA 135.2

E que influência tem sobre o estômago o comer demasiado? Este se debilita, os órgãos digestivos ficam enfraquecidos, e as enfermidades, com todo o seu cortejo de males, surgem como resultado. Se as pessoas estiveram enfermas antes, aumentam assim sobre si as dificuldades, e diminui sua vitalidade cada dia que passa. Convocam para ação desnecessária suas faculdades vitais, a fim de que se encarreguem do alimento que lhes ocupa o estômago. Que terrível é estar nesta condição! CRA 135.3

Sabemos por experiência alguma coisa sobre dispepsia. Nós a temos tido em nossa família; e sabemos ser uma enfermidade muito de temer. Quando uma pessoa se torna inteiramente dispéptica, torna-se grande sofredora, tanto mental como fisicamente; e seus amigos têm de sofrer também, a menos que sejam insensíveis como animais. CRA 135.4

E contudo ainda dizeis: “É da conta de alguém o que eu coma ou que conduta siga?” Sofrem os que estão em relação com algum dispéptico? Simplesmente fazei qualquer coisa que de alguma forma os irrite. Quão naturalmente se impacientam! Sentem-se mal, e parece-lhes a eles que seus filhos são muito maus. Não lhes podem falar com calma, nem, sem uma graça especial, agir com paciência em família. Todos ao seu redor ficam afetados pela enfermidade deles; e todos têm de sofrer as conseqüências de sua doença. Lançam uma negra sombra. Então, afetam ou não aos outros vossos hábitos no comer e beber? Certamente que sim. E deveis ser muito cuidadosos em manter-vos nas melhores condições de saúde, a fim de poderdes render a Deus perfeito serviço, e cumprir vosso dever na sociedade e na família. CRA 135.5

Mas até mesmo os reformadores de saúde podem errar na quantidade de alimento. Podem comer imoderadamente alimentos saudáveis na qualidade. — Testimonies for the Church 2:362-365 (1870). CRA 136.1

221. O Senhor tem-me instruído que, como regra geral, colocamos demasiado alimento no estômago. Muitos acarretam desconforto sobre si por comer demais, e o resultado é muitas vezes a enfermidade. O Senhor não traz sobre eles esta punição. Eles a acarretam sobre si; e o Senhor deseja que compreendam que a dor é resultado da transgressão. CRA 136.2

Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos que não combinam. Se os homens e as mulheres tão-somente se lembrassem de quanto afligem sua alma quando afligem o estômago, e quão profundamente é Cristo desonrado quando o estômago é sobrecarregado, seriam corajosos e abnegados, dando ao estômago oportunidade de recobrar sua salutar ação. Enquanto assentados à mesa podemos fazer trabalho médico-missionário ao comer e beber para glória de Deus. — Manuscrito 93, 1901. CRA 136.3