Conselhos sobre o Regime Alimentar

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Corrupção predominante em virtude do apetite desregrado

89. Muitos se admiram de que a raça humana se tenha degenerado tanto física, mental e moralmente. Não compreendem que é a violação dos estatutos e leis divinas, e a violação das leis da saúde, que têm produzido esta triste degenerescência. A transgressão dos mandamentos de Deus tem feito com que Sua próspera mão seja removida. CRA 61.3

A intemperança no comer e no beber, e a condescendência para com as baixas paixões, têm entorpecido as finas sensibilidades, de maneira que as coisas sagradas têm sido postas no mesmo nível que as comuns. — Spiritual Gifts 4:124 (1864). CRA 62.1

90. Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite glutão, vão muitas vezes ainda além, e se rebaixam na tolerância para com suas corrompidas paixões, as quais foram excitadas pela intemperança no comer e no beber. Dão livre curso a suas paixões aviltantes, até que a saúde e o intelecto sofrem grandemente. As faculdades racionais são, em grande medida, destruídas por maus hábitos. — Spiritual Gifts 4:131 (1864). CRA 62.2

91. Irregularidade no comer e no beber e a maneira imprópria de vestir, torna depravada a mente, corrompe o coração e leva os mais nobres atributos da alma em escravidão às paixões animais. — The Health Reformer, Outubro 1871. CRA 62.3

92. Ninguém que professe piedade se refira com indiferença à saúde do corpo, iludindo-se a si mesmo com o pensamento de que a intemperança não é pecado, nem afeta a sua espiritualidade. Há entre a natureza física e a moral íntima relação. A norma de virtude é elevada ou degradada pelos hábitos físicos. O excesso no comer, ainda que seja o melhor alimento, produzirá condições mórbidas dos sentimentos morais. E se o alimento não é o mais saudável, os efeitos serão ainda mais danosos. Qualquer hábito que não promova ação saudável no organismo humano, degrada as faculdades mais altas e mais nobres. Hábitos errôneos no comer e no beber levam a erros de pensamento e de ação. A tolerância para com o apetite fortalece as propensões animais, dando-lhes ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. CRA 62.4

“Abstende-vos das concupiscências da carne, que combatem contra a alma”, é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos admitem esta advertência como aplicando-se apenas aos licenciosos; mas ela tem significado mais amplo; guarda contra toda satisfação danosa do apetite ou das paixões. É uma advertência muito vigorosa contra o uso de estimulantes e narcóticos tais como chá, café, fumo, álcool e morfina. A tolerância para com isto pode muito bem ser classificada entre as concupiscências que exercem perniciosa influência sobre o caráter. Quanto mais cedo são esses hábitos formados, mais firmemente eles mantêm suas vítimas na escravidão da luxúria e mais seguramente rebaixarão eles a norma de espiritualidade. — The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. CRA 62.5

93. Necessitais praticar a temperança em todas as coisas. Cultivai as superiores faculdades da mente, e haverá menos força no crescimento animal. É-vos impossível crescer em força espiritual enquanto vossos apetites e paixões não estiverem sob controle. Diz o apóstolo inspirado: “Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” CRA 63.1

Meu irmão, levantai-vos, eu vos rogo, e deixai que a obra do Espírito de Deus se aprofunde além da superfície; que ela atinja as profundezas da fonte de cada ação. O que se deseja é princípio, princípio firme e vigor de ação, tanto nas coisas espirituais como nas temporais. Falta fervor a vossos esforços. Oh, quantos estão baixos na escala da espiritualidade, porque não se negam o próprio apetite! A energia nervosa do cérebro é obscurecida e quase paralisada pelo excesso no comer. Quando tais pessoas vão aos sábados à casa de Deus, não conseguem conservar os olhos abertos. Os mais ferventes apelos não logram despertar o seu intelecto inerte, insensível. A verdade pode ser apresentada com profundo sentimento, mas não desperta a sensibilidade moral, nem ilumina o entendimento. Têm tais pessoas procurado glorificar a Deus em todas as coisas? — Testimonies for the Church 2:413, 414. CRA 63.2