Conselhos sobre Saúde

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A natureza, o médico divino

No campo encontra o doente muitas coisas para desviar-lhe a atenção de si mesmo e de seus sofrimentos. Por toda parte podem eles considerar e apreciar as belas coisas da Natureza — as flores, os campos, as árvores frutíferas carregadas de seus ricos tesouros, as árvores da floresta a projetarem sua agradável sombra, e as colinas e vales com sua variada vegetação e suas muitas formas de vida. CSa 169.3

E não somente são eles atraídos por esse ambiente, mas aprendem ao mesmo tempo lições espirituais muito preciosas. Rodeadas pelas maravilhosas obras de Deus, sua mente é levada das coisas que são vistas para as que se não vêem. A beleza da Natureza leva-os a pensar nos encantos sem igual da Nova Terra, na qual nada haverá a estragar-lhe a beleza,* nada a macular ou destruir, coisa alguma a causar doença ou morte. CSa 169.4

A Natureza é o médico divino. O ar puro, a alegre luz solar, as belas flores e árvores, os belos pomares e vinhas e o exercício ao ar livre em meio desse ambiente, são transmissores de saúde — o elixir da vida. A vida ao ar livre é o único remédio de que muitos doentes necessitam. Sua influência é poderosa na cura das doenças causadas pela vida social, vida que debilita e destrói as energias físicas, mentais e espirituais. CSa 170.1

Quão agradáveis aos enfermos deprimidos, acostumados à vida da cidade, ao clarão de muitas luzes e ao ruído das ruas são a quietude e liberdade do campo! Com que ansiedade se volvem para as cenas da Natureza! Quão satisfeitos se sentirão eles pelas vantagens de um sanatório no campo, onde possam sentar-se sob céu aberto, deleitar-se com a luz solar e respirar a fragrância das árvores e flores! Há propriedades que comunicam vida no bálsamo do pinheiro, na fragrância do cedro e do abeto. E há outras árvores que são promotoras de saúde. Não permitais que estas árvores sejam impiedosamente derrubadas. Tratai-as com carinho onde elas existirem em abundância, e plantai mais onde há poucas. CSa 170.2

Para o doente crônico, nada contribui tanto para restaurar a saúde e a felicidade, como viver em meio ao atrativo ambiente do campo. Pode-se deixar sentar ou deitar aí o mais fraco enfermo, à luz do Sol ou à sombra das árvores. É-lhes necessário apenas erguer os olhos e ver ao alto a bela folhagem. Maravilham-se eles de que jamais tenham observado quão graciosamente a curvatura dos galhos, que formam um pálio vivo por sobre si, dá-lhes exatamente a sombra de que necessitam. Uma doce sensação de repouso e refrigério lhes sobrevém ao prestarem eles atenção à murmurante brisa. Os espíritos abatidos revivem. A energia exangue é renovada. Sem perceber, a mente torna-se calma, o acelerado pulso mais lento e regular. Quando os doentes ficam mais fortes, aventuram-se eles a darem alguns passos para colher algumas das mais belas flores — preciosos mensageiros do amor de Deus à Sua família aflita aqui embaixo. CSa 170.3