Primeiros Escritos

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Apêndice

Páginas 13-20: Minha Primeira Visão — O que está apresentado neste capítulo foi publicado pela primeira vez pelo editor do Day-Star, no dia 24 de Janeiro de 1846, sob o título “Uma Carta da Irmã Harmon”, datada em “Portland, Maine, 20 de Dezembro de 1845”. Apareceu publicado novamente em 1846, 1847 e 1851 sob o título “Aos Remanescentes Espalhados no Exterior”. O título atual foi escolhido em 1882, com a reedição de Experiências e Visões. PE 296.1

Detalhados relatos autobiográficos, publicados em 1860 e 1885 apresentam o que aqui aparece como duas visões distintas. Ver “Minha Primeira Visão”, em Spiritual Gifts 2:30-35; Testimonies for the Church 1:58-61; e “Vision of the New Earth”, em Spiritual Gifts 2:52-55; Testimonies for the Church 1:67-70. PE 296.2

Páginas 15-20: Descrição de Acontecimentos Futuros — Ao descrever o que Deus lhe revelava sobre acontecimentos futuros, a Sra. White o fazia como se participasse desses acontecimentos, quer estivessem no passado, presente ou futuro. Em resposta a perguntas sobre seu estado durante as visões, ela escreveu: PE 296.3

“Quando o Senhor acha apropriado conceder-me uma visão, sou levada à presença de Jesus e dos anjos, e me desligo totalmente das coisas da Terra... Minha atenção é voltada freqüentemente para cenas que acontecem na Terra. Por vezes sou transportada para o futuro bem distante e me é mostrado o que está para acontecer. Depois, são-me mostradas novamente as coisas como elas ocorreram no passado.” — Spiritual Gifts 2:292. PE 296.4

Ellen White, ela mesma uma adventista, escreveu como se estivesse presente, visse e ouvisse o que ainda está para acontecer; por exemplo, Primeiros Escritos: PE 296.5

“Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus.” — Pág. 15. PE 296.6

“Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa cabeça.” — Pág. 16. PE 296.7

“Todos entramos e sentíamos ter perfeito direito à cidade.” PE 296.8

“Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus.” PE 296.9

“Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra...” — Pág. 17. PE 296.10

“E quando estávamos para entrar no santo templo...” PE 296.11

“As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever.” — Pág. 19. PE 296.12

Após a visão ela conseguia relembrar muito daquilo que lhe havia sido mostrado, porém o que era secreto, e não podia ser revelado, ela não conseguia relembrar. Como parte da cena que terá lugar quando o povo de Deus for resgatado (pág. 285), ela escutou ser anunciado “o dia e a hora da vinda de Jesus” (pág. 15); ver também pág. 30. Sobre isso, ela escreveu poderosamente: PE 296.13

“Não tenho o mais leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão. Cenas de tal emoção, solene interesse, passaram por mim de maneira que linguagem alguma é capaz de descrever. Foi tudo viva realidade para mim.” — Carta 38, 1888, publicada em Mensagens Escolhidas 1:75-76. PE 297.1

O fato de ela aparentemente participar de determinados acontecimentos não oferece qualquer garantia que seria uma participante quando os acontecimentos ocorrerem. PE 297.2

Página 17: Os Irmãos Fitch e Stockman — No relato de sua primeira visão, a Sra. White faz referência aos “irmãos Fitch e Stockman” como pessoas que encontrou e com quem conversou na Nova Jerusalém. Ambos eram ministros conhecidos de Ellen White, que haviam tomado parte ativa na proclamação da mensagem do esperado advento de Cristo, mas que haviam morrido pouco antes do desapontamento de 22 de Outubro de 1844. PE 297.3

Carlos Fitch, um ministro presbiteriano, aceitou a mensagem do advento ao ler as palestras de Guilherme Miller e ao conhecer Josias Litch. Ele se entregou inteiramente à proclamação do esperado advento de Cristo por ocasião do encerramento do período dos 2.300 anos, e se tornou um líder de destaque no Despertamento do Advento. Em 1842, ele preparou o quadro profético usado mui eficazmente e mencionado em Primeiros Escritos, 74. Sua morte se deu em decorrência de ele se ter exposto em demasia durante três cerimônias batismais que realizou numa manhã fria de outono. Ver Prophetic Faith of Our Fathers, 4:533-545. PE 297.4

Levi F. Stockman era um vigoroso ministro metodista do Estado de Maine que, em 1842, juntamente com outros trinta pastores metodistas, abraçou e começou a pregar o segundo advento de Cristo. Ele trabalhava em Portland, Maine, quando sua saúde fraquejou. Morreu de tuberculose no dia 25 de Junho de 1844. Era a ele que a Sra. White, enquanto criança, se dirigia para pedir conselhos, quando em seu desânimo Deus lhe falou por intermédio de dois sonhos. Ver Primeiros Escritos, 12, 78-81; Prophetic Faith of Our Fathers, 4:780-782. PE 297.5

Página 21: Mesmerismo — Visando justificar sua oposição, algumas das primeiras pessoas contrárias às visões, insinuavam que a experiência de Ellen White era decorrente do uso de mesmerismo, um fenômeno conhecido hoje como hipnose. A hipnose é um estado semelhante ao sono, induzido mediante o poder da sugestão, no qual o hipnotizado se encontra psicologicamente ligado ao hipnotizador, e é responsivo às sugestões do último. Porém, quando um médico mesmerista tentou hipnotizá-la, segundo relata a Sra. White, não obteve êxito diante da presença dela. PE 297.6

No início de sua experiência, Ellen White foi acautelada sobre os perigos da hipnose, e em anos posteriores recebeu, em várias ocasiões, instrução a esse respeito. Ela alertou para os sérios perigos que acompanham qualquer prática em que uma mente controla outra. Ver A Ciência do Bom Viver, 242-244; Medicina e Salvação, 110-112; Mensagens Escolhidas 2:349, 350, 353. PE 297.7

Página 33: Adventistas Nominais — Aqueles que se uniram para proclamar as mensagens do primeiro e segundo anjos, mas que rejeitaram a terceira mensagem angélica com sua verdade sobre o sábado, embora permanecessem fiéis à esperança do advento, são denominados pela Sra. White “adventistas nominais”, ou aqueles que “rejeitam a verdade presente” (pág.69), e ainda “os diferentes grupos dos professos crentes do advento” (pág.124). Em nossa literatura inicial eles eram também denominados “adventistas do primeiro dia”. PE 298.1

Um grande número de cristãos ficou desapontado no outono de 1844, quando Cristo não veio como esperavam. Os adventistas se dividiram em vários grupos, cujos sobreviventes compreendem hoje a Igreja Cristã do Advento, uma pequena entidade, e os Adventistas do Sétimo Dia. PE 298.2

Apenas alguns dentre os adventistas se mantiveram confiantes no cumprimento da profecia em 1844, mas os que o fizeram aceitaram a terceira mensagem angélica, com seu sábado do sétimo dia. Ellen White escreveu o seguinte sobre a experiência nesse período crítico: PE 298.3

“Houvessem os adventistas, depois da decepção de 1844, ficado firmes na fé, e seguido avante em união no caminho aberto pela providência de Deus, recebendo a mensagem do terceiro anjo e proclamando-a ao mundo, no poder do Espírito Santo, teriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria cooperado poderosamente com seus esforços, a obra se haveria completado, e Cristo teria vindo antes disso para receber Seu povo para lhes dar o galardão. PE 298.4

“No período de dúvida e incerteza que se seguiu ao desapontamento, porém, muitos dos crentes no advento abandonaram a fé. A maioria opôs-se pela voz e pela pena aos poucos que, seguindo na providência de Deus, receberam a reforma do sábado e começaram a proclamar a mensagem do terceiro anjo. Muitos que deviam haver consagrado tempo e talentos ao único objetivo de fazer soar ao mundo a advertência, achavam-se absorvidos em oposição à verdade do sábado, e por sua vez, o trabalho dos que o defendiam era necessariamente empregado em responder a esses adversários na defesa da verdade. Assim era a obra prejudicada, e o mundo deixado em trevas. Houvesse todo corpo de adventistas se unido em torno dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus, quão vastamente diversa haveria sido nossa história!” — Mensagens Escolhidas 1:68. PE 298.5

Páginas 42-45: Porta Aberta e Porta Fechada — Ao discutir o grande Movimento do Advento e a decepção de 22 de Outubro de 1844, em O Grande Conflito, e ao se referir às atitudes tomadas imediatamente após o Desapontamento, a Sra. White faz menção da conclusão inevitável a que se chegou durante breve período de tempo, de que “a porta da graça fora fechada”. Mas como afirma, uma luz mais clara, porém, surgiu pela investigação do assunto do santuário”. — Ver O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 428, e todo o capítulo Quando Começa o Julgamento Divino, 422-431. PE 298.6

No tocante ao seu envolvimento pessoal com o assunto, ela escreveu em 1874 que nunca teve uma visão de que não se converteriam mais pecadores. Tampouco ensinou esse ponto de vista. “Foi a luz a mim concedida por Deus”, ela escreveu em outra ocasião, “que corrigiu nosso erro, e habilitou-nos a ver a verdadeira atitude.” — Mensagens Escolhidas 1:74, 63. PE 299.1

Páginas 43, 44 e 86: Batidas misteriosas em Nova Iorque, e as batidas de Rochester — Aqui é feita referência a incidentes relacionados com o surgimento do espiritismo moderno. Em 1848, foram escutados ruídos misteriosos na casa da família Fox, residente em Hydesville, uma comunidade situada cerca de 50 km a leste de Rochester, no Estado de Nova Iorque. Na época em que circulavam várias conjecturas com respeito à origem desses ruídos, Ellen White anunciou, em nome de uma visão que lhe havia sido concedida, que eram uma manifestação do espiritismo, e que esse fenômeno se desenvolveria rapidamente, e sob o nome de religião se tornaria popular e enganaria multidões, tornando-se a peça-chave dos ardis de Satanás para os últimos dias. PE 299.2

Páginas 50: Mensageiros sem Mensagem — Essa expressão aparece na descrição de uma visão dada a Ellen White no dia 26 de Janeiro de 1850. Nessa ocasião, os adventistas guardadores do sábado não estavam constituídos como Igreja organizada. A maior parte temia que qualquer tipo de organização introduzisse a formalidade no seio dos crentes. Mas com o passar do tempo, elementos discordantes começaram a penetrar nas fileiras. Ellen White emitiu mensagens de advertência, os adventistas guardadores do sábado foram levados, passo a passo, a adotar os moldes de uma organização eclesial. Como resultado, os grupos de crentes se uniram mais do que nunca; foi delineada uma forma de reconhecer os ministros que se mostravam capazes de pregar a mensagem e endossá-la com a vida; e foi também providenciado que se expulsassem aqueles que, sob o pretexto de ensinar a verdade, ensinavam falsidades. PE 299.3

Páginas 61, 62: União dos Pastores — Ver nota da pág. 50, Mensageiros sem Mensagem. PE 299.4

Página 75: Dever de Ir à Velha Jerusalém — A Sra. White se refere a pontos de vista errôneos defendidos por uns poucos. No ano seguinte, na edição de 7 de Outubro de 1851, Tiago White escreve sobre “os pontos de vista dispersivos e inúteis relacionados com a Velha Jerusalém e os judeus, etc., que estão à tona no tempo presente”, e sobre “as estranhas noções em que alguns incorreram, segundo as quais os santos terão ainda de ir à Velha Jerusalém, etc.”. PE 299.5

Página 77: Redator do Day-Star — Enoch Jacobs morava em Cincinnati, Estado de Ohio, e publicava o Day-Star, um dos primeiros jornais a proclamar o segundo advento de Cristo. Foi para Enoch Jacobs que Ellen Harmon, em Dezembro de 1845, enviou uma descrição de sua primeira visão, na esperança de fortalecê-lo. Ela havia observado que ele vacilava em confiar na liderança de Deus na experiência do advento. Foi no Day-Star que o redator publicou a primeira visão da Sra. White, na edição de 24 de Janeiro de 1846. Em uma edição especial do jornal, foi publicado o memorável artigo sobre o santuário celeste e sua purificação, preparado por Hirão Edson, pelo Dr. Hahn, e por O. R. L. Crozier. O artigo expunha o ensinamento bíblico relacionado com o ministério de Cristo no lugar santíssimo do santuário, que teve início a 22 de Outubro de 1844. Nesse jornal foi ainda publicado, em 14 de Março de 1846, um segundo comunicado da pena de Ellen Harmon. Ver Primeiros Escritos, 32-35. A referência neste parágrafo é feita a idéias defendidas posteriormente pelo Sr. Jacobs e os enganos espíritas que abraçou. PE 299.6

Página 86: Ver as notas do Apêndice para as 43, 44. PE 300.1

Página 89: Tomás Paine — Os escritos de Tomás Paine eram bem conhecidos e muito lidos nos Estados Unidos, durante a década de 1840. Seu livro Age of Reason (Idade da Razão), é uma obra deísta e prejudicial à fé e prática cristãs. O livro começa com as seguintes palavras: “Creio em um Deus e nenhum outro.” Paine não tinha fé alguma em Cristo, e foi utilizado com êxito por Satanás em suas investidas contra a Igreja. Como indicou a Sra. White, se um homem como Paine pudesse ter acesso ao Céu e ali ser altamente honrado, qualquer pecador, sem uma reforma em sua vida e sem fé em Jesus Cristo, poderia também ter acesso. Ela expôs esse sofisma em linguagem enérgica e apontou para a irracionalidade do espiritismo. PE 300.2

Página 101: Perfeccionismo — Alguns dos primeiros adventistas, logo após a experiência de 1844, perderam seu contato com Deus e derivaram para o fanatismo. Ellen White encarou esses extremistas com um “Assim diz o Senhor”. Ela reprovou aqueles que ensinavam um estado de perfeição na carne e que conseqüentemente não pecariam. Sobre eles, a Sra. White escreveu posteriormente: PE 300.3

“Eles sustentavam que aqueles que foram santificados não podem pecar. E isso naturalmente leva a crer que as afeições e desejos dos santificados eram sempre retos, e não corriam o risco de conduzi-los ao pecado. De acordo com esses sofismas, praticavam os piores pecados sob o manto da santificação, e através de sua influência enganadora e hipnótica estavam obtendo um estranho poder sobre alguns de seus adeptos, que não viam o mal destas teorias aparentemente belas e sedutoras. ... PE 300.4

“Os enganos desses falsos mestres foram nitidamente abertos perante mim, e vi o terrível juízo que se levantava contra eles no livro de registros, e a culpa horrível que os cobria, por professarem completa santidade enquanto seus atos diários eram ofensivos aos olhos de Deus.” — Life Sketches of Ellen G. White, 83, 84. PE 300.5

Páginas 116 e 117: A Ceia do Senhor; Irmãs Lavando os Pés de Irmãos; o Ósculo Santo — Os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, tendo aceito a verdade do sábado, se lançaram zelosamente para seguir a Palavra de Deus em cada pormenor, ao mesmo tempo em que cuidavam para se resguardar contra interpretações distorcidas da Palavra e quaisquer extremismos ou fanatismos. Viram claramente os privilégios e as obrigações da Ceia do Senhor, estabelecida para a Igreja por nosso Senhor. Havia indagações com respeito ao lava-pés e ao ósculo santo. Nessa visão, o Senhor esclareceu alguns pontos delicados que orientariam e protegeriam a Igreja emergente. PE 301.1

Com respeito à freqüência com que os sacramentos deveriam ser observados, alguns insistiam na sua realização uma vez por ano; mas foi dada a instrução que a Ceia do Senhor deveria ser realizada com mais frequência. Hoje, a Igreja observa o plano de realizar a cerimônia quatro vezes por ano. PE 301.2

Foram dados conselhos concernentes ao lava-pés. Aparentemente havia divergências de opinião com respeito ao procedimento a ser adotado. Alguns haviam agido imprudentemente e o resultado foi “confusão”. Foi aconselhado que esta cerimônia fosse realizada com cuidado e reserva para não suscitar preconceito. Levantou-se a questão da adequação dos homens e mulheres lavarem os pés uns dos outros. Sobre esse ponto, Ellen White apresentou evidência na Escritura que indicava ser apropriado para uma mulher — aparentemente sob certas condições — lavar os pés de um homem, mas desaconselhou o contrário. PE 301.3

No tocante ao ósculo santo, o SDA Bible Commentary afirma: PE 301.4

“No Oriente, de maneira especial, o beijo é uma forma usual de se expressar amor e amizade numa saudação. Ver Lucas 7:45; Atos dos Apóstolos 20:37. O ‘ósculo santo’, ou ‘ósculo de amor’ (1 Pedro 5:14), era um símbolo de afeto cristão. Parece que havia se tornado um costume entre os cristãos primitivos trocar essa saudação por ocasião da Ceia do Senhor São Justino, First Apology, 65. Escritos posteriores indicam que não era usual saudar o sexo oposto com o ‘ósculo santo’ Apostolic Constitutions ii. 57; viii. 11.” — The S.D.A. Bible Commentary 7:257, 258. PE 301.5

Era costume entre os adventistas guardadores do sábado trocar o ósculo santo no sacramento de humildade. Não há referência quanto à impropriedade explícita da troca do ósculo santo entre homens e mulheres, mas há uma advertência para que todos se abstenham da aparência do mal. PE 301.6

Página 118: Fazer Barulho — A rede do evangelho recolhe todo tipo de gente. Havia quem achasse que sua experiência religiosa não seria genuína se não fosse caracterizada por ruidosos, efusivos clamores de glória a Deus, orações em voz alta e emocionantes e vigorosos améns. Aqui novamente a Igreja em sua experiência inicial recebeu uma nota de alerta, exigindo decoro e solenidade na adoração a Deus. PE 301.7

Páginas 229-232: Guilherme Miller — Nas referências ao grande Despertamento Adventista nos Estados Unidos nas décadas de 1830 e 1840, Guilherme Miller é freqüentemente mencionado. No livro O Grande Conflito, um capítulo inteiro é dedicado à vida e ministério de Guilherme Miller, sob o título Uma Profecia Muito Significativa 317-342. Guilherme Miller nasceu em Pittsfield, no Estado de Massachusetts, em 1782 e morreu em Low Hampton, no Estado de Nova Iorque, em 1849. Aos quatro anos de idade, mudou-se com seus pais para Low Hampton, Nova Iorque, próximo ao Lago Champlain, e foi criado numa fazenda da fronteira. Foi sempre estudioso e um meticuloso leitor. Tornou se um líder em sua comunidade. Em 1816, ele se dedicou ao estudo cuidadoso da Palavra de Deus, e seu estudo o levou às grandes profecias relacionadas com o tempo e com o Segundo Advento. Ele concluiu que a segunda vinda de Cristo estava próxima. Após rever suas teses durante um período de anos, e certificar-se da precisão das mesmas, ele aceitou um convite de apresentá-las publicamente no início de Agosto de 1831. A partir de então, seu tempo foi dedicado em boa parte à proclamação da mensagem do advento. A seu devido tempo, juntaram-se a ele centenas de outros ministros protestantes que participaram do grande Despertamento do Advento do decênio de 1840. PE 302.1

Por ocasião do desapontamento, no dia 22 de Outubro de 1844, Miller se encontrava cansado e enfermo. Ele dependia grandemente de seus adeptos mais jovens que permaneceram com ele na proclamação da mensagem do advento. Eles o levaram a rejeitar a verdade sobre o sábado, quando esta chamou sua atenção logo após o Desapontamento. Por isso, eles — e não Guilherme Miller — serão tidos por responsáveis. Ellen White escreve sobre a experiência dele na página 258, e nos assegura que Miller estará entre aqueles que serão chamados de seus túmulos quando soar a última trombeta. PE 302.2

Páginas 232-240, 254-258: As Três Mensagens Angélicas de Apocalipse 14 — Numa série de três capítulos, começando na página 232, Ellen White comenta sobre as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos. Ela escrevia para aqueles que, juntamente com ela, passaram pelo grande Despertamento do Advento e os desapontamentos da primavera e outono de 1844. Ela não procurou entrar numa explanação dessas três mensagens, mas presumiu que seus leitores tivessem conhecimento pleno dessa experiência. Ela apresentou aquilo que traria coragem e entendimento aos crentes que a acompanhavam, à luz da experiência deles. Devemos volver-nos para o seu livro O Grande Conflito para termos uma descrição detalhada do peso dessas mensagens. A primeira mensagem angélica anunciava a advertência da aproximação da hora do julgamento de Deus. Ver O Grande Conflito, capítulos Esperança que Infunde Alegria, 299-316; Uma Profecia Muito Significativa, 317-342; e Um Grande Movimento Mundial, 355-374. Para a apresentação da mensagem do segundo anjo, ver o capítulo “A Causa da Degradação Atual”, que começa à página 375. A descrição do Desapontamento é apresentada nos capítulos Profecias Alentadoras, 391-408; O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança, 409-422; e Quando Começa o Julgamento Divino, 423-432. A terceira mensagem angélica é apresentada no capítulo A Imutável Lei de Deus, 433-450; e A Restauração da Verdade, 451-460. PE 302.3

Página 238: Final da Mensagem do Segundo Anjo — Embora compreendamos claramente que as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos são aplicáveis aos dias de hoje, reconhecemos, não obstante, que em sua proclamação inicial, a anunciação da primeira mensagem angélica com sua declaração “é chegada a hora de seu juízo” está ligada à proclamação do esperado advento de Cristo no decênio de 1830 e início de 1840. A mensagem do segundo anjo foi inicialmente proclamada no princípio do verão de 1844, na forma do chamado dos crentes adventistas para saírem das igrejas nominais que haviam rejeitado a proclamação da primeira mensagem angélica. E embora seja verdade que a mensagem do segundo anjo permaneça uma verdade presente, seu cumprimento culminou no período que antecedeu imediatamente o dia 22 de Outubro de 1844. Quando as mensagens dos três anjos se tornarem proeminentes perante o mundo novamente, um pouco antes da segunda vinda de Cristo, o anjo de Apocalipse 18:1 se unirá à proclamação do segundo anjo, no que diz respeito à mensagem “caiu, caiu, Babilônia”. “Retirai-vos dela povo Meu”. Ver o capítulo “O Último Convite Divino”, em O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 603-612. PE 303.1

Página 254: Ver nota do Apêndice para as 232-240. PE 303.2

Página 276: Escravos e Senhor — De acordo com Apocalipse 6:15, 16 haverá escravidão por ocasião do segundo advento de Cristo. Ali encontramos as palavras “todo escravo e todo livre”. A afirmação de Ellen White em questão indica que lhe foram mostrados em visão o escravo e seu senhor por ocasião do segundo advento de Cristo. Nisso ela está em perfeita harmonia com a Bíblia. Tanto a João como à Sra. White foram reveladas condições que existirão na segunda vinda de nosso Senhor. Conquanto seja verdade que os escravos negros nos Estados Unidos foram libertos pela Proclamação de Emancipação, que entrou em vigor seis anos após a referida afirmação ter sido registrada, a mensagem não se tornou inválida, uma vez que nos dias de hoje existem milhões de homens e mulheres trabalhando praticamente ou efetivamente como escravos, em diversas partes do mundo. Não é possível fazer julgamento sobre uma profecia do futuro, até atingirmos o tempo de seu cumprimento. PE 303.3