Orientação da Criança

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Alguém que pediu orações para ser curado

Meu marido e eu assistimos uma vez a uma reunião em que nossas simpatias foram solicitadas para um irmão que sofria grandemente com a tuberculose. Achava-se magro e pálido. Ele pedia as orações do povo de Deus. Disse que a família estava doente, e que perdera um filho. Falava com sentimento acerca dessa perda. Disse que havia tempos esperava poder ver o irmão e a irmã White. Acreditava que, se orassem por ele, seria curado. Terminada a reunião, os irmãos chamaram-nos a atenção para o caso. Disseram que a igreja os estava ajudando, que a esposa estava doente, e lhe morrera o filho. Os irmãos se haviam reunido em sua casa, e orado pela família afligida. Nós estávamos muito fatigados, e tínhamos sobre nós a preocupação do trabalho durante a reunião, e desejávamos ser dispensados. ... OC 295.1

Curvamo-nos naquela noite em oração e apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que Deus fosse glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso com o Senhor e recolhemo-nos para descansar. Num sonho, o caso daquele homem me foi claramente apresentado. Foi mostrado o seu procedimento desde a infância, e que, se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois ele atendia à iniqüidade em seu coração. Na manhã seguinte, o homem veio para que orássemos por ele. Nós o tomamos de parte, e dissemos-lhe que sentíamos ser forçados a recusar o seu pedido. Contei-lhe meu sonho, que ele reconheceu ser a verdade. Ele praticava a masturbação desde a infância, e continuara nesta prática através de sua vida de casado, mas disse que procuraria romper com ela. Esse homem tinha um hábito longamente arraigado para vencer. Estava na metade da existência. Seus princípios morais estavam tão fracos que, quando postos em conflito com a condescendência há tanto arraigada, eram vencidos. ... OC 295.2

Ali estava um homem que se degradava diariamente, e todavia ousava arriscar-se a entrar na presença de Deus, e pedir um acréscimo da força que ele vilmente dissipara, e que, se concedida, consumiria em sua concupiscência. Que paciência a de Deus! Se Ele lidasse com o homem segundo os seus caminhos corruptos, quem poderia viver à Sua vista? Que seria se houvéssemos sido menos cautelosos e levado diante de Deus o caso desse homem, enquanto ele praticava iniqüidade, teria o Senhor ouvido e atendido? “Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à Tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade.” Salmos 5:4, 5. ... OC 295.3

Este não é um caso isolado. Mesmo as relações matrimoniais não foram suficientes para preservar esse homem dos hábitos corruptos de sua adolescência. Quisera poder convencer-me de que casos como o que apresento são raros; sei, porém, que são freqüentes. — Testemunhos Selectos 1:259-261. OC 296.1