E Recebereis Poder

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Mais caridade, 29 de Outubro

Então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e Ele dirá: Eis-Me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. Isaías 58:9, 10. RP 311.1

Todos os que afirmam guardar os mandamentos de Deus olhem bem para esta questão, e vejam se não há razões por que eles não têm mais do derramamento do Espírito Santo. Quantos têm alteado a alma com vaidade! Eles se consideram exaltados no favor de Deus, mas negligenciam os necessitados, fazem ouvidos moucos aos clamores dos oprimidos e proferem palavras ferinas e contundentes aos que necessitam de um tratamento completamente diferente. Assim eles ofendem diariamente a Deus por sua dureza de coração. Essas pessoas aflitas têm direito à simpatia e ao interesse de seus semelhantes. Têm o direito de esperar auxílio, conforto e amor semelhante ao de Cristo. Mas não é o que recebem. RP 311.2

Todo desprezo dos sofredores de Deus é registrado nos livros do Céu como se fosse demonstrado à própria pessoa de Cristo. Cada membro da igreja deve examinar minuciosamente o coração, e investigar seu procedimento, para ver se estão em harmonia com o Espírito e a obra de Jesus; do contrário, o que ele poderá declarar quando comparecer perante o Juiz de toda a Terra? Será que o Senhor poderá dizer-lhe: “Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”? Mateus 25:34. RP 311.3

Cristo identificou Seu interesse com o da humanidade sofredora; e enquanto Ele for negligenciado na pessoa de Seus aflitos, todos os nossos ajuntamentos, todas as nossas reuniões designadas, todo o mecanismo que é posto em funcionamento para o avanço da causa de Deus, será de pouco proveito. “Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.” Lucas 11:42. “Pesado foste na balança e achado em falta.” Daniel 5:27. RP 311.4

Todos os que hão de ser santos no Céu, primeiro serão santos na Terra. Não seguirão as faíscas que eles mesmos acenderam, não trabalharão para receber aplausos, não falarão palavras injuriosas, nem estenderão o dedo para condenar e oprimir; mas seguirão a Luz da Vida, difundindo luz, conforto, esperança e ânimo aos que necessitam de ajuda, e não de censuras e acusações. — The Review and Herald, 4 de Agosto de 1891. RP 311.5